Fogo e fumaça em terreno abandonado
Jane Ribeiro 28/08/2017 21:11 - Atualizado em 29/08/2017 18:43
Um terreno abandonado na área central de Campos voltou a ser alvo de reclamações de pedestres e comerciantes próximos da esquina da rua Saldanha Marinho com a rua 13 de Maio, no entorno conhecido como quadrilátero da saúde. O local está tomado de lixo, entulho e muita vegetação. Nesta segunda, chegaram a colocar fogo no terreno que se alastrou e a fumaça assustou quem passava pela calçada. O local já abrigou um casarão histórico, construído na segunda metade do século XIX e demolido, sem autorização, em 5 de janeiro de 2013.
Para o comerciante Antônio Luís Serafim, o espaço está se tornando esconderijo para marginais, usuários de droga e depósito de lixo. Ele acredita que se não fosse uma briga judicial nada disso estaria acontecendo. “O espaço poderia ser melhor utilizado, mas hoje está assim tomado de lixo e trazendo muito perigo para quem passa pelo local. E para completar, colocaram fogo que se alastrou e incomodou muito a fumaça que permaneceu por muitas horas. A noite ninguém tem coragem de vir aqui. E estamos numa área central, próximo a um Shopping. Isso é um absurdo”, disse.
Segundo o ambientalista e professor, Aristides Sofiatti, na época em que o prédio foi demolido, muitas discussões foram travadas e nenhuma solução. “Lembro muito bem e até participei desse processo e o Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam) procurou o Ministério Público Estadual (MPE) uma semana após a demolição do imóvel e formalizou uma ação civil pública buscando a reparação do dano com a reconstrução do prédio nas exatas condições em que se encontrava, além da aplicação de multa aos sete proprietários e a proibição de explorar o imóvel comercialmente, devido a estar incluído em uma Área de Interesse Cultural. Só que isso foi há quatro anos e até hoje nada foi feito. Acredito que ainda está nas mãos da justiça”, pontuou.
Em nota, a Prefeitura informou que a área está em processo judicial, em virtude de demolição do prédio histórico, sem a devida autorização de órgãos competentes. “O município, através da Superintendência de Postura, já notificou o proprietário quanto à limpeza e manutenção do terreno”.
A equipe tentou ouvir o Coppam, mas ainda não foi instituída uma nova diretoria. O promotor Marcelo Lessa também foi procurado, sem êxito.

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