Historiadora avalia exploração do ouro nos séculos XVIII e XIX
Jhonattan Reis 26/06/2017 16:50 - Atualizado em 29/06/2017 13:25
Museu de Campos
Museu de Campos / Folha da Manhã
Nesta terça-feira (27) tem palestra com entrada gratuita no Museu Histórico de Campos, às 18h. O tema: “Caminhos e descaminhos da exploração do ouro das minas de Castelo pela capitania da Paraíba do Sul — séculos XVIII e XIX”. A palestra será ministrada pela historiadora e paleógrafa do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, Rafaela Machado. O Museu Histórico fica localizado à praça São Salvador, no Centro.
— Este assunto é, também, tema do meu projeto de doutorado. O único historiador que falou sobre a exploração das minas de Castelo, no Sul do Espírito Santo, foi Alberto Lamego. E Lamego cita no livro dele que esse ouro poderia estar sendo contrabandeado pela vila do Paraíba do Sul. Este meu projeto é justamente uma tentativa de analisar as chamadas entradas em Castelo pelos jesuítas, inclusive pelos nossos jesuítas de Campos, e os descaminhos do contrabando desse ouro aqui pela capitania da Paraíba do Sul — explicou Rafaela.
Ela contou que já apresentou palestra com esse tema na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória.
— Porém, em Campos esses apontamentos são inéditos. Ninguém nunca trabalhou o tema para a região. É uma oportunidade de o público saber mais sobre sua história. Acho muito importante isso. Espero que as pessoas cada vez mais entrem em contato com esses aspectos da nossa história que não são muito conhecidos. Todo mundo já ouviu falar no levante de Benta Pereira, por exemplo, mas há outras questões importantes na nossa história e que pouca gente tem conhecimento.
A palestra é uma realização do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, com apoio da Fundação Jornalista Oswaldo Lima e do Museu Histórico de Campos. Segundo Rafaela, haverá certificados.
— O Instituto Histórico fornecerá certificados de horas acadêmicas aos ouvintes, e ele é entregue na hora. Não é preciso fazer inscrição. A palestra contará com a presença de vários professores, mas qualquer um pode participar. É um assunto que com certeza é relevante para todos nós — falou.
Historiadora
Historiadora / Divulgação
A historiadora e paleógrafa ressaltou, ainda, a diversidade das fontes de pesquisa do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, localizado no distrito de Tocos, na Baixada Campista.
— São diversas. É importante que a gente mostre aos pesquisadores em geral e aos estudantes que o Arquivo Público Municipal tem muitas possibilidades de pesquisa e muita fonte inédita a ser trabalhada. Fiz meu mestrado, que foi sobre o movimento abolicionista em Campos, utilizando as fontes de lá e estou para dar início ao meu doutorado também com fontes do Arquivo, sendo muitas inéditas e que não foram exploradas. Isso demonstra que Campos dos Goytacazes tem muito assunto ainda a ser abordado e que é desconhecido — relatou Rafaela, que ainda convidou a população para visitar o Arquivo Público, que fica aberto entre segundas e sextas-feiras, de 9h às 15h.

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