A longa greve dos servidores da educação, iniciada em março, e a ocupação de 70 escolas estaduais - pontuada por episódios de violência - levaram à lona o secretário estadual de Educação, Antônio Neto.
O decreto com a sua exoneração será publicado no Diário Oficial de amanhã. O novo secretário será o atual presidente da Faetec, Wagner Victer.
A crise, que vem crescendo nas últimas semanas, chegou ao ponto mais alto nesta segunda-feira (16), quando o chefe de gabinete da Secretaria, Caio Castro Lima, pediu exoneração do cargo.
Caio havia seguido, de manhã, para o Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, onde iria anunciar a desocupação. Mas, no momento do anúncio, aconteceu uma confusão e uma professora grevista o chamou de fascista. Caio respondeu com o dedo em riste. Saiu da escola quase que expulso e, em seguida, pediu a exoneração.
Há duas semanas, sentindo-se desautorizado pelo secretário Antônio Neto, Caio já havia pedido para sair. O próprio governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), chamou-o ao Palácio Guanabara e convenceu-o a ficar.
A maior crítica a Antônio Neto é justamente a falta de habilidade para conduzir as negociações com os grevistas, tanto com os profissionais de educação em greve, quanto com os estudantes que ocupam as escolas.
Wagner Victer, o substituto, é presidente da Faetec desde o início do governo Pezão, em janeiro. Nas duas gestões de Sérgio Cabral, foi presidente da Cedae. É considerado um bom gestor e um trator no trabalho.
(Da coluna Extra, Extra - Berenice Seara)