Wladimir quer concurso de 180 vagas à Educação
O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), candidato à reeleição, foi o terceiro prefeitável a ser entrevistado no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Entre suas propostas de governo, ele destaca a realização de concurso público para a Educação, que deverá ter cerca de 180 vagas, também fala sobre melhorias na Saúde e no Transporte Público. Wladimir ressaltou, ainda, investimentos para o município, como o interesse de um grupo em investir US$ 1 bilhão para fazer um complexo de apoio a plataformas em Barra do Furado, faltando apenas uma licença do Inea para as negociações avançarem. O atual prefeito também apontou acertos e erros de sua gestão e disse que, para o eleitor, a comparação de seu governo com o mandato do ex-prefeito Rafael Diniz é inevitável. O candidato, que diz trabalhar para vencer as eleições em primeiro turno, também projetou que seu grupo deve fazer 18 cadeiras na Câmara.
Avaliação de governo — “Eu queria avaliar o sucesso do governo e agradecer a toda a equipe da Prefeitura, tanto os secretários quanto as suas equipes, quanto ao servidor público, porque são muitos servidores públicos. E eles acreditaram no governo e o governo tem dado certo até aqui por conta de um trabalho em equipe. Obviamente você tem quem lidera a equipe, lidera o município. Os secretários, cada um deles, dentro das suas atribuições, também lideram as suas equipes. Então a gente tem que agradecer e dar mérito e crédito a todos os funcionários, secretários, servidores que ajudam no governo. A gente não chegou até aqui, segundo a última pesquisa, com 76% de aprovação popular por apenas uma pessoa. Então é um trabalho em equipe. Temos problemas. Ninguém aqui está escondendo os problemas que ainda existem. Não é só a gente, mas também é muito claro para população pelos números das pesquisas que Campos hoje é um lugar muito melhor para se viver do que era quatro anos atrás”.
Futuro — “Ninguém está dizendo que a cidade é perfeita, muito pelo contrário. Existem desafios a serem superados e nós estamos aqui para nos comprometer com o cidadão em superar esses desafios que ainda temos pela frente. Mas vivemos numa cidade melhor do que vivíamos há quatro anos atrás. Isso não é só o prefeito aqui falando, é número oficial, é pesquisa. Tem gente que prefere não acreditar em pesquisa. Pesquisa é fotografia de momento. E eu tenho uma convicção muito profunda dentro de mim que um possível segundo governo vai ser melhor do que o primeiro, porque a gente encontrou uma casa bagunçada, conseguimos organizar, conseguimos avançar em muitos pontos. Aquilo que a gente não conseguiu avançar devido à casa bagunçada, devido ao tempo de governo, porque tivemos também pandemia aí durante praticamente dois anos de governo, nós vamos conseguir agora com a casa organizada fazer muito mais. Então, eu tenho uma convicção muito profunda e forte dentro de mim que o segundo governo vai ser ainda melhor do que o primeiro”.
Erros — “É difícil a gente falar dos nossos erros. Erros, geralmente, a gente deixa para o adversário falar. Esse é o papel da oposição. Mas também somos humildes para reconhecer alguns erros. Podemos avançar em algumas áreas. Começamos o governo. Naquele período, eu novo, vindo de Brasília, eu tinha tido um mandato de dois anos como parlamentar ainda. O Executivo é muito diferente. E eu decidi que eu tinha que assumir a rédea. Então, naquele primeiro momento, foram momentos difíceis, foram momentos de apreensão. Eu que sou cristão, momentos de muita oração, muita lágrima derramada e, com certeza, cometi equívocos, principalmente no início de governo, tanto equívocos administrativos quanto equívocos políticos. Tive ali um embate muito precoce com a Câmara de Vereadores, porque entendia ser necessário algumas questões para o município naquele momento, e a Câmara não queria o desgaste, naquele primeiro momento, de ter que tomar medidas duras. Mas eu achei que precisava ter feito, mas ali talvez eu tenha cometido um equívoco, um erro, um cálculo político errado. Mas na questão administrativa, e eu já disse isso aqui em outra entrevista, em algum momento esse assunto vai precisar voltar à mesa. Seja lá quem for o prefeito, seja lá quem sejam os vereadores. O assunto de revisão de muitas questões da Prefeitura precisa ser revisto, precisa ser colocado de maneira muito sensata em pauta”.
Atual realidade — “Hoje, Campos vive uma realidade de um orçamento um pouco mais elástico por dois motivos. Primeiro, por conta do recurso novo, que a gente consegue sempre. E aí tem adversário que me critica por eu fazer o que eu disse que faria. Eu acho isso muito engraçado. Eu dizia na eleição passada que Campos tinha que conseguir dinheiro novo para conseguir cumprir as suas obrigações. E eu tenho conseguido isso desde o início, com o governo do Estado, com o governo federal, com os deputados, com os senadores. E segundo, por conta dos investimentos, sejam eles públicos ou privados, que acontecem no município, a receita própria do município cresceu muito. Para você ter uma ideia, já foi 70% dependente de royalties o nosso orçamento total. No ano passado, a dependência foi de apenas 28%. Então, se eu tivesse que apontar um erro, eu apontaria esse início de governo que tivemos ali uma condução talvez um pouco equivocada política. Mas, repito, era necessário um enfrentamento naquele momento, mas talvez a condição possa ter sido diferente do que aconteceu e eu não precisaria ter rompido com a Câmara naquele momento”.
Ideb — “Campos não tinha nota no Ideb. O governo anterior sequer inseriu os dados municipais no Sistema Nacional, então o Campos não tinha nota. Você tinha lá o ranking dos 92 municípios, 91 com as suas notas e o Campos era um asterisco. Não inseriram os dados porque sabia que o resultado seria vergonhoso. Então nós partimos do zero e assumir em plena pandemia com escolas e creches fechadas. Você ter a melhor nota da história no Ideb, vindo de um período onde não tinha nota e de pandemia, é uma recuperação do ciclo educacional extraordinário. Então a gente não pode aqui ficar desmerecendo uma nota, porque os adversários querem apontar um problema que só existe na cabeça deles. E diferente do nome, desculpa aqui insistir nisso, aprovação automática, o que existe é a progressão continuada estabelecida pelo MEC. A pior coisa que existe na educação é a distorção de idade-série. Então, o que diz o MEC? Alunos que têm distorção de idade-série, que não alcançaram a nota por muito pouco, o MEC recomenda a sua aprovação para que se corrija a distorção de idade séria. Quase todos os municípios do Brasil usaram isso. Não é aprovação automática”.
Gestão na Educação — “Eu vou manter aquilo que está dando certo. A educação está no caminho certo. Eu dizia em todas as reuniões, mais importante do que a velocidade é a direção. A gente não pode errar na direção da Educação de Campos, no caminho que a gente quer para a Educação de Campos. Acertamos na direção, o resultado está vindo”.
Concurso — “Teremos concurso público para professor num possível segundo governo, porque é necessário para a rede. Vai depender da secretaria de Administração fechar o número. Estão fazendo esse estudo para poder fechar o número, mas terá concurso público. Pelo que me foi falado, estou falando aqui o número agora por alto, em torno de 180 vagas”.
Saúde — “Das 50 fechadas, nós já reabrimos 40 e tem mais três ou quatro para abrir. A do Jardim Aeroporto já está com a obra finalizada, apenas esperando a Enel ligar a luz. A de Serrinha está em obra, a de Ibitioca está em obra e a de Guandu está em obra, para elas serem reabertas. São áreas do município que ainda tem buraco de assistência. Os hospitais superlotados, exatamente porque você não tinha as unidades básicas de saúde abertas, as pessoas buscavam o hospital até para o que não precisava ir para o hospital. Então, os hospitais superlotados e caindo aos pedaços. Vocês devem lembrar que eu dizia na campanha passada que nós precisávamos recuperar os dois grandes hospitais de Campos e reativar as UBS com Estratégia de Saúde da Família, que é outro ponto importante. É a diretriz do SUS nacional. Como funciona a atenção básica? O posto de saúde, ele tem que ser dotado de equipes de estratégia de saúde da família, que campo tinha apenas oito equipes credenciadas. Hoje nós temos 67 equipes. Então saímos de 8 para 67 e agora estamos acabando de fechar um acordo com a Defensoria Pública. Lembra aquele concurso antigo do PSF, lá de 2009? Então, estamos fechando um acordo com a Defensoria para chamar os aprovados. Então nós vamos aumentar ainda mais as equipes de Estratégia de Saúde da Família”.
Rede hospitalar — “Hospital é para emergência vermelha, é para caso grave. Quando uma pessoa com algum sintoma, ela procura direto o hospital, acaba gerando muita fila, muita demanda e muita reclamação. E aí tem outro problema ali em Guarus grave, que a UPA não funciona. Eu tenho relatos de pessoas que chegam na UPA, são diretamente encaminhadas para o Hospital Geral de Guarus. A UPA virou apenas uma porta de passagem. As pessoas procuram a UPA e encaminham para o Hospital Geral de Guarus. Então, também falta um apoio ao primeiro atendimento em Guarus, porque a UPA não funciona. Eu, inclusive, já pedi que o Governo do Estado passe a gestão da UPA para o município, para poder ser integrado à nossa rede”.
Atendimento humanizado — “A gente está lidando com vida, a gente está lidando com dor, com sofrimento. Quando a pessoa procura uma unidade de saúde, ela procura para ser atendida. O que nós precisamos avançar é no fluxo, na melhora do fluxo e na melhora da humanização do atendimento. A gente precisa humanizar mais o atendimento. É um treinamento da nossa rede, dos nossos profissionais, para que aquele paciente que busca, seja a UBS, a policlínica, o hospital, ele possa ter um atendimento melhor”.
Cartão SUS — “É tão absurdo que nós temos 500 mil habitantes e temos 750 mil cartão SUS. Nós temos 50% a mais de cartão SUS do que temos de habitantes, porque o cidadão do entorno tira o cartão SUS por Campos, porque ele quer ser atendido aqui. Então, é complexo realmente. A Saúde em Campos gasta muito. Se você pegar qualquer cidade de média para grande, a gente gasta o mesmo percentual do orçamento, 32%, 33%. Porque somos regionais, porque temos demandas regionais, então a Saúde é mais custosa”.
Avanços — “Negar avanços na Saúde, nós não podemos negar. Melhorou muito a atenção. Temos ainda pontos de gargalo, principalmente no fluxo e na humanização do atendimento. Mas que a gente já está ciente, estamos buscando resolver e já temos o caminho do treinamento para poder resolver”.
Transporte público — “Transporte público é um problema, nunca neguei. Em todas as entrevistas que dei aqui, ao longo do governo, eu sempre disse isso, você não muda uma realidade pré-estabelecida de maneira rápida. O planejamento que foi feito dependia do que nós temos agora, que é o financiamento de toda a renovação da frota. Não adiantava eu ter estações novas, como estamos construindo, com uma frota do jeito que estava, porque não ia resolver o problema. Então hoje nós temos tudo o que precisamos em mãos para fazer um novo modelo de transporte em Campos que funcione e atenda ao cidadão. Depois que está eleito você tem que sentar, conversar, dialogar e buscar resultado, eu consegui o maior projeto de renovação de frota do Brasil em Campos. Isso não é por acaso. A Prefeitura preparou um projeto, esse projeto foi apresentado e ele foi aprovado na sua totalidade. Então, é mérito dos técnicos da Prefeitura que prepararam o projeto e aqui eu queria agradecer aos técnicos por terem preparado um projeto tão robusto”.
Ônibus x vans — “Contextualizando, em 2021, assim que eu assumo, sai uma decisão judicial, que foi ingressada em 2019, determinando que as vans deixassem de circular imediatamente, porque a concessão dada em 2013, foi uma licitação. Houve uma concessão, dividida em três áreas, três consórcios, a concessão da área era exclusiva do consórcio vencedor da empresa de ônibus. Não era mais a linha. A decisão dizia em área. E que eu tinha que tirar as vans de circulação. Aquilo foi o caos. As vans foram para porta da prefeitura, fizeram manifestação por semanas, até que eu consegui reunir com os empresários de ônibus e mediar um acordo em juízo. Tem um acordo assinado em juízo. Então isso é importante contextualizar. Porque pelo acordo em juízo, as vans não podem operar no mesmo território do que os ônibus. E como os ônibus, os empresários, tinham uma decisão em suas mãos favorável, eles quiseram ditar a regra do jogo, que a decisão cabia a eles. Se os empresários batessem o pé, não queremos mais vans, vamos operar a cidade inteira, é nosso. Acabavam as vans desde 2021. Eu que sentei a mesa, costurei um acordo, e hoje as vans, os trabalhadores que dependem da van para sua sobrevivência, estão tendo o direito de trabalhar desde 2021 porque eu mediei esse acordo. O acordo ainda está vigente”.
Novo financiamento — Isso é um leasing. A Prefeitura vai tomar o financiamento e através da bilhetagem eletrônica vai descontar da empresa de ônibus. E ao final o bem vai pertencer à empresa de ônibus. Eles não sabem o que falam. A Prefeitura toma o financiamento, mas quem paga não é a Prefeitura. Quem paga são os empresários de ônibus. É um leasing. A Prefeitura toma o financiamento, precisa de lei autorizativa da Câmara para isso. Então já fica aqui o recado aos vereadores que se eles não quiserem aprovar a lei autorizativa, a população não vai ter um novo modelo de transporte. Depois não adianta querer reclamar, falar mal, subir na tribuna. Depende da Câmara aprovar pra eu poder assinar o contrato com a Caixa. O prazo para assinar o contrato com a Caixa é até fevereiro de 2025”.
Melhorias no transporte — “Nós teremos três estações de integração, duas delas já em fase bem avançada de obra. A terceira um pouco mais atrasada, porque a população de Ururaí fez um pedido para que mudasse o local, e nós atendemos a comunidade e mudamos o local, então essa estação está um pouco mais atrasada. Teremos o financiamento dos veículos novos e teremos um novo modelo de transporte, com muito mais veículo na rua, com novas linhas. Os novos ônibus modernos que virão terão GPS e câmeras internas, para que a Prefeitura possa monitorar. Tanto o trajeto quanto a rota, tanto o que acontece dentro do ônibus. Possíveis assaltos, possíveis assédios. A Prefeitura vai estar ali com uma central monitora. Teremos um transporte de qualidade na próxima gestão, porque temos hoje todas as condições para lhe oferecer um novo modelo de transporte. Não se preocupem porque tudo que precisamos já está à nossa disposição para que vocês tenham transporte melhor. Por que não fez antes? Porque eu não tinha condição de trocar a frota”.
Guarda armada — “Agora fechamos os detalhes com a Prefeitura de Vila Velha que é quem vai dar o treinamento para os nossos guardas. Já aprovamos o novo estatuto da Guarda, já publicou em diário oficial a possibilidade do armamento e vamos começar muito em breve o treinamento. E não vai ser a Guarda inteira de uma vez. Nós vamos armar primeiro o grupamento de operações especiais. Não é simplesmente entregar uma arma na mão de um guarda, não é isso. Eles vão passar para o treinamento. Tem autorização da Polícia Federal para que ele possa ter o porte de arma e vai ser por etapa. Primeiro o grupamento a ser armado é o grupamento de operações especiais da guarda. Exatamente porque, por lei federal, o guarda já é um agente de segurança pública e a Prefeitura não pode ficar olhando, esperando somente que o Estado faça o seu papel”.
Monitoramento — “A Prefeitura criou um Centro de Controle Operacional, que tem mais de 300 câmaras em funcionamento. Todas as forças de segurança da cidade têm acesso a essas câmaras. Foi deixado lá um espaço para cada um, cada um tem a sua senha. E nós vamos aumentar as câmaras porque, na aprovação da nova reforma tributária, se possibilitou usar a Cosip, que é a taxa de iluminação pública, para monitoramento. Então nós vamos agora ampliar o monitoramento na cidade para que a gente possa ter uma cidade ainda mais segura, onde todas as forças de segurança trabalhem em conjunto”.
Trânsito — “Mais de 90% dos acidentes são imprudências do motorista. Quando a gente quer punir, reclama. Se tem acidente, o povo reclama. Então a gente tem que entender em que cidade a gente quer viver. Se o cara ultrapassa o sinal, se o cara está em alta velocidade, se o cara para no lugar errado, se o cara anda no lugar errado, a Guarda vai e cumpre o seu papel de multar, de repreender. Aí estão reclamando porque está multando muito. Aí se você não multa, vira uma bagunça e tem acidente o tempo todo. Então a gente precisa decidir, enquanto sociedade, em que cidade a gente quer viver. Ou deixar a Guarda trabalhar, fazer o seu papel, e a médio prazo vai diminuir o número de acidentes, ou a gente tem que escolher aí que cidade a gente vai viver”.
Ciclofaixas — “Eu sou favorável (às ciclofaixas) e queria dizer aqui. Você tem o direito de opinar. Foi feita uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Foi convocada a sociedade civil a participar sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Campos. Foi aprovado o Plano de Mobilidade Urbana de Campos em audiência pública e depois aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores. Todos os 25 aprovaram. Dentro do Plano de Mobilidade estavam as ciclofaixas. E algumas pessoas querem reclamar. É um direito do cidadão reclamar, mas ele também tem o direito de opinar. E nós demos essa oportunidade”.
Revitalização do Centro — “O principal ponto apontado pela população e pelos comerciantes é a insegurança do Centro a partir das 16h. Os moradores preferem estar nos centros dos seus bairros a vir para o Centro de Campos. Isso é um dado levantado em diversas pesquisas. Inclusive, é citado que o programa Segurança Presente foi um programa exitoso, mas que, porém, de um tempo para cá, e é citado em pesquisa, não sou eu que estou falando, eles veem um certo relaxamento do programa, mas é um programa exitoso. O que é que nós vamos fazer? Primeira atitude que já foi tomada: revitalização do Cais da Lapa. E a gente levou a secretaria de Turismo para o Cais da Lapa. Nós vamos levar agora, já está prestes a inaugurar, estava em fase final de obra, a secretaria de Qualificação e Emprego. Só a Secretaria de Qualificação e Emprego, por si só, de pessoas atrás do Espaço da Oportunidade, de pessoas que buscam se regularizar como microempreendedor, enfim, diversas ações que a secretaria faz, gera uma movimentação de 300 pessoas por dia nessa secretaria. E estamos estudando levar algum tipo de serviço de Saúde também para o Centro, para poder movimentar toda aquela região”.
Repovoar o Centro — “A gente precisa repovoar o Centro. Como é que a gente vai repovoar o Centro? Levando secretarias municipais para lá, onde vão ter pessoas circulando e trabalhando. Permitindo que os edifícios que antes eram 100% comerciais sejam residenciais, dando isenção de ISS para as construtoras, isenção de IPTU para as construtoras, isenção do ITBI para a transmissão do imóvel. Nós estamos dando benefícios nessa primeira etapa do Retrofit. E vamos fazer a revitalização de toda a orla do Paraíba do Sul, do lado do Centro. Já estamos fazendo do lado de Guarus, a obra já iniciou, e vamos fazer também a revitalização de toda a nossa orla aqui do Centro. E eu vou, podem me cobrar, botar um gabinete do prefeito no Centro. Eu vou ter um gabinete ali, vou despachar do Centro Histórico de Campos pelo menos duas vezes por semana, provavelmente no Hotel Gaspar”.
Agronegócio — “Temos vocação da pecuária de leite, temos vocação da cana-de-açúcar e temos vocação também do gado-de-corte. São as vocações mais predominantes aqui na região. Temos outras culturas menores, mas essas são as principais vocações aqui da nossa cidade. E agora, muito fortemente, porque nós alteramos a lei municipal, está permitido a plantação de eucalipto aqui na nossa cidade. Um grupo grande do Espírito Santo comprou uma área enorme de terra na região norte do município, ali na região de Morro do Coco, e também soube que estava comprando uma outra área na região da Caxeta para plantação de eucalipto em larga escala aqui na nossa cidade. Quando assumimos, a secretaria de Agricultura não tinha nem sede, não tinha uma máquina sequer. Nós já temos muitos equipamentos adquiridos. Nós estamos dando treinamento para o produtor, tem qualificação para o produtor, tem curso para o produtor aprender o que ele quiser aprender para que ele possa potencializar a sua produção. O que a gente quer é investir mais, fazer mais”.
Pontes — “As pontes de concreto no interior, eu coloquei em licitação, demorou mais de 1 ano e meio para o Tribunal de Contas liberar, por conta de denúncias, brigas de licitação, aquelas coisas normais do trâmite burocrático de licitação. Quando o Tribunal liberou, após 1 ano e meio, já havia passado o mês de maio deste ano e por orientação do Controle Interno da Prefeitura, tem a Lei de Responsabilidade Fiscal, não era prudente eu assinar o contrato depois de maio. Porque quando você assina o contrato depois de maio, você é obrigado pela Lei de Responsabilidade a deixar 100% do dinheiro em caixa. Então, infelizmente, o tempo passou, demorou por conta de judicialização do processo, mas nós retomaremos no próximo governo e fica aqui o meu compromisso com os produtores, com quem sabe produzir, com quem gosta de produzir, com quem vive do campo, que nós vamos construir ponte de concreto por todo o interior na próxima gestão”.
Geração de emprego — “A gente formalizou 9 mil microempreendedores, chamados MEIs, no nosso governo, um dado oficial da secretaria de Desenvolvimento Econômico. Então, só a secretaria, porque nós temos uma área específica para dar instrução e qualificação para essas pessoas se formalizarem, nós formalizamos 9 mil MEIs. Campos gerou, de saldo acumulado, 15 mil empregos formais com carteira assinada durante o nosso governo até aqui, até o mês de julho, que é o último dado oficial do Caged. Então assim, a cidade está com a economia aquecida. Como fazer mais? Investindo mais. O investimento público e privado gera emprego. O investimento público, eu posso afirmar que ele vai continuar. Campos não tinha investimento público. Se você pegar o saldo acumulado da gestão Rafael, o saldo é negativo, é menos 1.200 empregos. O saldo dos 4 anos. Quando você tem investimento público, você gera emprego e gera renda e o dinheiro circula. Quando uma cidade está estável, o empresário também investe. Se o empresário também investe, também circula dinheiro, também gera renda e também gera emprego”.
Cidade premiada — “A cidade de Campos está ganhando prêmio. Ganhamos agora um prêmio da Caixa de Cidade Sustentável. Ganhamos um prêmio na Secretaria do Tesouro Nacional. Porque a nossa Capag, que é a capacidade de pagamento, era nota C, quando eu assumi. Hoje é nota A. Então, assim, que o empresário campista tenha certeza que vive numa cidade estável, uma cidade equilibrada. Ele pode investir tranquilamente, que não vai ter solavanco. A Prefeitura honra os seus compromissos em dia. Então, podem investir. Campos está aqui para ser terra de oportunidades e, com os investimentos públicos e privados, terão novos empregos que vão surgir”.
Barra do Furado — “Queria falar um dado sobre emprego e sobre industrialização. Campos só tem uma oportunidade, não vai ter outra, que é Barra do Furado, divisa de Campos com Quissamã. E nós estamos brigando há dois anos pela liberação de uma licença do Inea. Essa licença já existiu, ela expirou em 2014. E agora a gente está tentando lutar para que consiga novamente essa licença. Tem um grupo disposto a investir 1 bilhão de dólares em Barra do Furado para fazer ali um complexo de apoio às plataformas, reparo de embarcações e também descomissionamento de plataformas de petróleo. Uma plataforma para ser descomissionada leva cinco anos. Nós temos mais de 30 plataformas em frente ao Farol de São Tomé. O ponto em terra mais próximo é o Farol de São Tomé das plataformas. Então, nós estamos tentando a liberação dessa licença, esperamos conseguir em breve, para que a gente possa ter ali investimentos naquela região e gerar uma industrialização novamente de Campos”.
Cidade de serviços — “Campos está se tornando uma cidade cada vez mais de serviços e de apoio logístico. E vai se tornar. Esse é o nosso caminho. Serviços e apoio logístico. Então, a única oportunidade que nós ainda temos de industrialização forte é em Barra do Furado, e eu vou lutar insistentemente para que o Inea libere essa licença e a gente possa ter um investimento privado importante para Campos poder ter o seu parque industrial”.
Projeções econômicas — Barra do Furado é a nossa possibilidade de industrialização e o agronegócio é o outro caminho. Segundo, nós vamos fazer, já temos o dinheiro inicial, que é o novo Ceasa municipal, que é o Ceascam. Já temos o recurso da emenda de bancada, ele não foi depositado esse ano ainda por conta das eleições, passadas as eleições ele será depositado para a Prefeitura esse ano. Para começar, é um investimento de R$ 60 milhões, nós já temos R$ 12 milhões para começar. Então, nós vamos ter, se Deus quiser, a lei aprovada do semiárido, nós vamos lutar por isso, nós vamos ter os produtores tendo condição de pegar crédito e vamos ter uma central de abastecimento, onde o Brasil inteiro vai comprar daqui”.
Dependência dos royalties — “Historicamente, os royalties do petróleo já chegaram a representar 70% do orçamento municipal. No ano passado, 2023, foi apenas 28% do orçamento municipal. A cidade já está deixando de ser dependente aos poucos. Não vai ser de uma vez só. Mas o caminho a gente está trilhando”.
Comunicação — “Eu acho que a comunicação pessoal do Wladimir, ela é uma comunicação forte. Não estou falando nem comunicação de governo em si, estou falando da comunicação do prefeito e do Wladimir pessoa física. Mas é uma característica minha. A comunicação, quem faz a minha comunicação sou eu, uma agência contratada por mim. O governo tem outra dinâmica, o governo tem a sua comunicação. A minha comunicação é uma comunicação de um cara que é formado em publicidade, pós-graduado em marketing esportivo, porque foi nisso que eu comecei a minha vida profissional. Até mandar aqui um recado para outra candidata que vive falando em carteira de trabalho que eu posso mostrar a minha. Eu comecei com marketing esportivo, trabalhando numa empresa no Rio de Janeiro. E eu tenho a minha comunicação porque eu gosto disso. Eu não sou um personagem de comunicação, eu sou o que eu sou”.
Pesquisas — “São dois institutos de renome nacional. O método de cada um, um método é diferente do outro. Mas mesmo com dois métodos diferentes, o número deu o mesmo. Deu 63% do voto total, do bruto, e 73%, se eu não estiver enganado, dos válidos. E isso eu acho que é reflexo do governo e hoje a gente pode ter oscilado esse número positivamente ou negativamente porque começou de fato a campanha de televisão, de rádio, de rua, os impulsionamentos de internet, enfim, a gente tem que aguardar uma nova rodada de pesquisas oficiais. Obviamente nós temos as nossas pesquisas internas, mas que não podemos divulgar e não cabe divulgar porque tem que ter o registro oficial. O que eu pretendo é continuar estando nas ruas, conversando com as pessoas, fazendo reunião todos os dias, caminhando todos os dias. É estar nas ruas, mostrando propostas, abraçando, falando com as pessoas, para que a gente possa vencer a eleição”.
Primeiro turno — “Obviamente nós queremos vencer no primeiro turno, mas isso não cabe a nós candidatos, isso cabe ao eleitor decidir. Eu fico muito feliz e satisfeito com a aprovação de governo, com a intenção de voto, mas a intenção, a gente tem que esperar o jogo acabar. O jogo só acaba quando o juiz apita, é 6 de outubro, 5 da tarde. Então, até lá, nós estaremos na rua. Eu ainda sou prefeito, continuo prefeito, e as minhas agendas internas a fazer na Prefeitura. Estou na Prefeitura praticamente todos os dias despachando, atendendo secretários, resolvendo demandas que são importantes, mas todos os dias também faço agenda de campanha, agenda eleitoral, e pretendo vencer a eleição, se possível no primeiro turno”.
Aprovação x favoritismo — “Não (é regra), mas mostra que o povo não quer arriscar. Se o governo é bem avaliado, mudar para quê? Não é uma regra, mas é a lógica. Se o governo é bem avaliado, a maioria da população diz que o governo é bom, para que o eleitor vai arriscar? É uma lógica, não é que seja uma regra, é uma lógica. E aí eu não sei, não entendo da realidade dos outros municípios, porque eu não vivo nos outros municípios, mas vamos falar do nosso município. Em Campos, na eleição de 2016, o eleitor arriscou numa coisa nova, num candidato novo, e o eleitor se decepcionou profundamente. Tanto que o ex-prefeito disputa a reeleição e chega em quase quinto lugar, sentado na cadeira de prefeito. Assim, o povo arriscou e não deu certo. Então, hoje, na cabeça do eleitor campista, se o governo é bem avaliado, ele vai mudar para quê? Ele vai arriscar para quê? Então, é uma lógica difícil de se quebrar. Repito, o governo tem desafios, a cidade ainda tem desafios, mas não dá para negar que a cidade é melhor do que era quatro anos atrás e que os serviços funcionam melhor do que funcionavam há quatro anos atrás. (...) O eleitor não quer correr risco, não quer ter solavanco, porque toda mudança gera solavanco. Toda mudança de gestão gera ruído, porque muitas das vezes, pelo período eleitoral, os candidatos de oposição fazem críticas e apontamentos infundados, mas fazem para querer mostrar defeitos, que eles enxergam que são defeitos. Se eles ganharem, a tendência é de que eles queiram mudar o que está dando certo. Então, o eleitor também enxerga isso com uma certa desconfiança. Então, a margem que a oposição tem para trabalhar é em quem não aprova o governo. Mas como hoje o governo tem uma aprovação boa, a gente espera que se mantenha assim, é difícil se quebrar essa lógica”.
Comparação com antecessor — “Eu não acho que Rafael Diniz seja o maior cabo eleitoral, mas Rafael Diniz é, na cabeça do eleitor, a referência imediata. O eleitor lembra do que ele vivia, o cidadão lembra de como era ruim, e, obviamente, ele faz uma comparação imediata de que ele não quer arriscar. Então, a comparação é inevitável. Não que a gente ache que o Rafael Diniz é nosso melhor cabelo eleitoral, até porque ele apoia a candidata Madeleine, então ele é cabo eleitoral dela. Se é bom, se é ruim, o eleitor que tem que dizer. Mas ele é cabo eleitoral dela. Então, aí vai caber o povo avaliar agora. A comparação, ela é inevitável. Mas eu acho que hoje, no final desse ciclo de primeiro governo, a comparação é conosco mesmo agora. A gente tem um governo que realizou e agora o sarrafo subiu. Meu vice Frederico Paes costuma dizer isso nas nossas reuniões internas. O eleitor agora quer mais. O cidadão quer mais”.
Teto — “Sobre o teto, se você reparar nas pesquisas, você tem uma média que separa a aprovação da intenção de 10 pontos. Alguns são um pouco menores, alguns um pouco maiores. Então, se for por essa média, eu hoje estou dando 63 de intenção de voto e uma média de 75 de aprovação. Eu teria aí dois pontos a crescer pela média. Eu quero ganhar. Eu quero ser prefeito de novo para continuar o meu trabalho. Óbvio que a gente tem internamente o nosso número. A gente trabalha com o número. Não quero aqui falar para não parecer prepotência ou parecer arrogância. Nós queremos vencer a eleição no primeiro turno. Trabalhamos para isso. Temos o nosso número interno. Estamos nos dedicando a isso, fazendo uma campanha propositiva, estando nas ruas, apresentando as possíveis soluções para os problemas que Campos ainda enfrenta. Mas eu estou muito otimista, não estou aqui sendo prepotente, arrogante, nada disso. Estou aqui dizendo que o nosso governo é um governo exitoso, a maioria da população aprova, então nós vamos trabalhar para vencer a eleição no primeiro turno. Quanto ao número, quanto ao teto, eu acho que não cabe aqui dizer”.
Oposição — “Nós temos seis candidatos de oposição. Então é natural que todos eles ataquem o governo. O que eu acho até, olha eu dando dica para oposição aqui agora, que quem quer chegar a um possível segundo turno, se é que ele vai existir, não deve atacar só o candidato a prefeito. Ele tem que mirar em quem ele tem que tirar voto. Se você tem uma margem de voto para oposição e uma aprovação de governo consolidada, você não vai tirar voto do prefeito atacando o prefeito. Você tem que brigar para conseguir o voto daquele que não gosta do governo. Mas a estratégia dos outros seis candidatos de oposição é atacar o governo. Então, eu sou mais atacado nessa eleição. Vão continuar me atacando. É normal, faz parte do processo político. Se eu achar que extrapolaram, que excederam, eu vou à Justiça, vou pedir direito de resposta, vou entrar com alguma ação judicial que seja cabível”.
Teto da oposição — “A gente sempre teve uma média histórica de 30% de eleitor de oposição ao nosso grupo político e a gente conseguiu furar essa bolha. Então, eu entendo, posso estar equivocado que esse número tende a ser menor nessa eleição, mas vamos esperar as urnas abrirem, vamos esperar as novas pesquisas saírem, para que a gente possa ter uma noção mais exata. Quanto mais tempo vai passando e mais a eleição vai se aproximando, mais vai ficando claro e definido o cenário”.
Projeção ao Legislativo — “Eu já dei esse número aqui uma outra vez. Vou repetir e eu acredito que o nosso grupo fará 18 vereadores. Eu digo isso baseado em pesquisa, baseado em número. Tem gente que quer brigar com o número, tem gente que quer chutar para cima, como se a Câmara tivesse mais do que 25 cadeiras. Eu já disse isso aqui em outro programa, que a gente trabalharia para fazer 18. E as pesquisas que a gente tem feito e tem tido acesso, eu acho que nós vamos ter êxito no nosso número. Acho que nós vamos ter uma renovação total na Câmara, em torno de seis cadeiras. Em torno de 20% da Câmara, vai haver uma renovação de nomes, de quadros”.