Eleição — “Isso foi muito resultado das minhas visitas antes da campanha. Não estava fazendo campanha antes do período permitido, mas eu ia nas regiões conversar com as pessoas. Porque eu queria ter uma gama maior de informações e que essas informações não fossem só vistas no computador, mas que fossem no olho, no bate-papo com as pessoas. E foi inclusive fazendo esses tipos de reuniões, esse tipo de bate-papo que consegui entender melhor do que olhando pelo computador e por dados, a realidade das pessoas. Eu entrava em casa, inclusive, que era na casa da pessoa mesmo, que ia fazer uma reunião pra mim. Mas as pessoas, elas ficavam com vergonha muitas vezes de me deixar entrar na casa delas pra usar o banheiro, porque às vezes não tinha um piso, não tinha uma infraestrutura adequada. Mas é aquele negócio, eu sei que essa é a realidade de muitas pessoas e eu nunca julguei isso e nunca vou julgar. Mas eu sei que muitas pessoas passam por isso. E é vivendo mesmo, é compartilhando esse momento com as pessoas que a gente tem uma noção maior da nossa situação aqui em Campos.”
Apoio do pai — “Nunca ouvi ninguém falar, pelo menos não comigo, que votou em mim por causa do meu pai ou que não votou em mim por causa do meu pai. Mas eu sei que muitas pessoas me deram credibilidade pela porta que o meu pai abriu para mim. Porque você dar espaço para um jovem falar, principalmente eu quando estava com 17 anos ainda, depois com 18, é um pouco complicado de as pessoas que têm a idade mais avançada, olharem para mim e pensar, nossa, será que ela realmente sabe o que ela está fazendo? Então essa porta que ele abriu, essa oportunidade que ele me deu de conversar com as pessoas primeiro de dentro do nosso grupo. Que primeiro a gente tem que conversar com as pessoas que são mais próximas para depois a gente expandir o nosso trabalho. Foi essencial, sem dúvidas, e me ajudou muito.”
Visão das ruas — “Acredito também que as pessoas perdem muito a esperança, principalmente aqui na nossa cidade. Porque a gente vê muitas reclamações, que é comum, todo governo vai ter reclamações. Mas eu acho que as pessoas, com o tempo, elas vão se desgastando e até perdendo um pouco da vontade de inserir na política.”
Diálogo — “Eu sei conversar com as pessoas, sei ouvir as pessoas, graças a Deus. Mas essa parte mais técnica é o que eu estou desenvolvendo e acredito que estou indo bem”.
Futuro — “Eu quero fazer Direito e vou fazer. Por isso que eu vou conciliar a faculdade com o meu mandato. E era uma coisa que eu já tinha decidido antes de querer me candidatar à política. E agora não vai ser diferente, porque eu acho que a gente não pode deixar o nosso estudo de lado, principalmente com os jovens que tendem, no ensino médio, a ter uma evasão escolar maior. Eu busco dar exemplo e continuar os meus estudos, porque eu sei que isso no futuro pode me trazer uma gama maior.”
Mulher na Câmara — “Tenho a ideia da responsabilidade que eu tenho e da vontade que eu tenho também de deixar esse grupo mais aparente. Não digo que os homens que já ocuparam a cadeira como vereadores e agora também estão não veem as questões das mulheres. Mas eu acho que ter uma mulher traz uma visão diferente justamente por causa desse exemplo que você deu, que é o que eu gosto de utilizar muito, porque ele deixa bem explícito. O caso da pobreza menstrual. É um tema que às vezes as pessoas, principalmente os homens, eles têm vergonha de tratar ou não sabem tratar da forma mais correta possível. Mas tenho completa noção da posição que o ocupo justamente por representar um grupo de mulheres, as mulheres. E não quero fazer diferente, eu quero realmente executar o meu trabalho de uma forma limpa e ter um diálogo com elas.”
Wladimir — “É um número realmente histórico. E a reeleição dele foi o que a população quis e não cabe a mim contrariar o que a população quer. Mas eu reconheço o trabalho dele, reconheço que ele fez, trouxe coisas positivas para nossa cidade. Mas também reconheço que é preciso investir mais em outras, principalmente na causa do transporte, na causa da saúde, que nós temos muitas repercussões negativas. Sempre houveram, mas existem períodos que elas ficam mais acentuadas. Avalio que o trabalho dele foi bom, foi aceitável e as pessoas gostaram disso. Tanto é que votaram nele, teve uma votação expressiva, mas que a gente não pode só ceder o nosso voto e não cobrar. Nós temos que estar dispostos a pesquisar mais sobre os assuntos. Se ele disse tal informação no site, vamos pesquisar se é verdade pra gente confirmar isso mesmo, porque eu acho que a gente sempre tem que ouvir os dois lados de uma mesma moeda. Então eu não tenho nada contra ele, contra a pessoa dele, mas eu acho que existem pontos de melhora sim.”
Madeleine — “O desempenho dela eu considero que foi bom. Durante a campanha, inclusive, eu compartilhei momentos com ela e ela é uma pessoa muito gentil, muito simpática também. Mas em relação ao decorrer, não ganhou. E a gente sabe que, como eu disse, eu não vou contrariar a vontade do eleitor. A maioria do eleitor quis que realmente o Wladimir ganhasse e ele ganhou. Mas a desenvoltura dela foi um pouquinho menor do que a gente esperava, o que não minimiza o trabalho dela.”
Independente — “Eu sou independente. Ainda me coloco como independente porque eu me identifico como tal. Eu ouço sempre, tenho uma visão mais aberta pra escutar os dois grupos, mas eu sigo mais o meu ideológico mesmo. Eu não tenho vaidade de não votar só porque é Wladimir. Se fosse qualquer outro prefeito ou prefeita, e o projeto fosse bom, eu iria votar com toda certeza.”
Influência paterna — “Eu sou independente por ter um ideológico e o meu ideológico, claro que tem influência do meu pai, tem influência da minha mãe, assim como dos meus amigos e tudo mais, do grupo que eu convivo. Mas o senso crítico é o meu. O meu pai é essencial para mim, porque ele tem uma experiência já na vida pública e na vida política. Mas eu não vou seguir à risca tudo que ele quer, até porque eu tenho a minha própria opinião.”
Articulações — “A política é muito conflitante nesse sentido, porque a gente pode fazer acordos uma hora, porque o que a gente tem que considerar é o resultado que a população vai ter. Então partindo desse princípio, fica um pouco difícil de dizer o que que vem pela frente. Mas agora eu não me interesso. Inclusive o meu pai, nessa situação que ele desmentiu do apoio de Wladimir sobre a candidatura dele a deputado. É verdade, ele realmente não ajudou. Na verdade, a gente costuma dizer que as pessoas atrapalham e dizem que ajudam.”
Transporte — “Espero que realmente ocorra um incentivo sobre essa questão, porque tem que fazer um estudo melhor, que é o que eu estou reconhecendo agora. Tem que contratar profissionais que realmente saibam melhorar a situação de como está a nossa cidade, porque está terrível. Mas eu não sei se o ponto é só esse. Acredito também que falta investimento e aceitar o investimento que vem de fora. Inclusive sobre essa situação do PAC que teve agora. A gente tem que visar sempre o melhor para a nossa população e esse PAC, diferente do que foi alegado nas redes sociais pelo prefeito, não houve a mudança pelo governo federal dos termos. E os termos já existiam antes, já estavam lá. Era só acessar que você ia saber que era um empréstimo e não estava cedendo, como foi dito. Eu não acredito na ingenuidade da pessoa não saber que era o empréstimo, porque para mim ficou bem explícito, inclusive no manual do PAC está. É só dar uma checada.”
RPAs — “É uma situação a se investigar, porque foram realmente muitas demissões e eu recebo muita reclamação, inclusive deles. Porque no período de campanha foram feitas muitas promessas que a gente vê que agora, aliás, está no começo do ano, mas a gente vê que não tem uma iniciativa muito certa.”
Linha de trabalho — “A minha linha de trabalho, eu sempre digo que é pela população como um todo. Mas eu tenho um olhar acentuado para causa das mulheres também, para causa jovem. E uma vontade ainda de trabalhar mais na causa pet. Mas essa é uma vontade que eu ainda tenho que desenvolver melhor o meu conhecimento mesmo. Já protocolei dois projetos de leis, que foi para o empreendedorismo feminino, para incentivar o empreendedorismo feminino. Porque nós vemos que tem muitas mulheres que elas poderiam ter uma oportunidade de uma gama maior, de conseguir um emprego, de sustentar a família. Temos que facilitar o acesso dessas mulheres a tal. E seria o quê? Mulheres que ofereceriam um emprego para mais mulheres. Por exemplo, se for uma empresa, você cadastra a empresa, você vai ter um acesso a esse projeto de lei. E o que seria? 50% dos funcionários tem que ser mulheres, necessariamente mulheres, para a gente garantir que o benefício realmente vai ser para tais. E que iria incentivar realmente o empreendedorismo na nossa cidade. Porque a gente vê que a cidade de Campos, ela ainda é muito carente de diversificações de forma de trabalho. Nós vemos muito trabalho irregular e tudo mais. Mas a empresas, mesmo sendo incentivadas sobre essa questão das mulheres, não tem. Acho pouca.”
Autismo — “Eu até me empolguei falando sobre o meu projeto sobre o empreendedorismo feminino, mas eu esqueci do outro que eu também protocolei, que é uma causa muito importante dos autistas, que foi sobre a adaptação dos sinais das escolas. Quando a gente está na escola, quando está o sinal do intervalo, por exemplo, é uma coisa estridente, costuma ser uma coisa muito estridente. E os autistas, como eles têm uma hipersensibilidade auditiva, é uma coisa que atrapalha demais. Então você tem um sinal que seja um pouco mais suave, uma canção mais suave, seria essencial pra que essas pessoas sejam mais inseridas na nossa sociedade. E o projeto que eu protocolei fala justamente disso. Eu já convivi dentro de sala de aula com pessoas que têm autismo. E elas viviam sempre com fone, fone normal mesmo, não é fone mais elaborado não. E quando batia o sinal, eu percebia uma agitação maior, assim mesmo com fone.”
2026 — “Sobre o futuro mais distante, eu não posso garantir. Mas agora eu não tenho nem idade para isso. Vamos dar tempo ao tempo também. Eu entrei agora na política. E sobre o futuro, só Deus sabe. Então, não tenho uma decisão final. Eu até comento algumas coisas, mas a decisão final mesmo eu não sei, sendo sincera. Sobre a decisão do meu partido, o PMB, ainda não tem uma definida e é uma coisa que ainda está a discutir. Não está muito bem definido. Bacellar foi quem apoiou Madeleine e agora eu não tenho um contato muito firme.”
Mesa Diretora — “Foi a opinião que eu tive mesmo justamente por não ter conversado, não ter sido procurada mesmo pelo pelos candidatos e não vi justificativa para votar contra ou a favor. Mas já estava decidido, já estava encaminhado a maioria. Eu sigo o meu ideológico e foi o que eu fiz na votação sobre a Mesa Diretora.”
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