Procuradoria-Geral Eleitoral pede cassação de Castro, Pampolha e Bacellar
A Procuradoria-Geral Eleitoral proveu parcialmente o recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral favorável à cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) Rodrigo Bacellar (União). Eles são investigados por abuso de poder político e econômico e condutas vedadas envolvendo desvios de finalidade nos projetos/programas da Fundação Ceperj e Uerj, nas eleições de 2022.
No documento de mais de 100 páginas, o vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, pede ainda a inelegibilidade por oito anos de Castro, Pampolha e Bacellar e do ex-presidente do Ceperj, Gabriel Rodrigues Lopes.
“A prova dos autos autoriza o reconhecimento da prática do abuso de poder político e econômico, com gravidade suficiente para conspurcar a legitimidade do pleito, de modo a se determinar a cassação do diploma dos investigados Cláudio Castro, Thiago Pampolha Gonçalves – diante do princípio da unicidade de chapa (art. 91 do Código Eleitoral) – e Rodrigo da Silva Bacellar, declarando-se a inelegibilidade, pelo prazo de oito anos, a contar da eleição em que ocorreu o abuso, para os investigados Cláudio Castro, Rodrigo da Silva Bacellar e Gabriel Rodrigues Lopes”, afirmou o vice-procurador.
Em maio deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu, por 4 votos a 3, absolver os investigados. Já em junho, o MPE contestou a decisão do TRE-RJ alegando que a decisão majoritária (4 votos a 3) teria omissões, contradições, obscuridades e premissas equivocadas a serem reapreciadas. O recurso foi negado em julho deste ano.
Já em agosto, o MPE entrou com um novo recurso, desta vez no TSE. Embargo este provido parcialmente pela Procuradoria-Geral Eleitoral.
A Coligação “A Vida Vai Melhorar” e o ex-deputado Marcelo Freixo também recorreram, mas o recurso foi negado.
O governador Cláudio Castro afirmou que se mantém tranquilo e confiante na Justiça, já que o recurso diz respeito a um caso já decidido pelo TRE a seu favor, devido à total inconsistência das acusações e falta de provas.
Rodrigo Bacellar também disse que segue confiante na Justiça e destaca que a decisão favorável no TRE se deu de acordo com a realidade dos fatos.
O vice, Thiago Pampolha, nega qualquer irregularidade.
Rodrigo Bacellar também disse que segue confiante na Justiça e destaca que a decisão favorável no TRE se deu de acordo com a realidade dos fatos.
O vice, Thiago Pampolha, nega qualquer irregularidade.
Ação foi movida em 2022
Em dezembro de 2022, a Procuradoria Regional Eleitoral propôs ação contra Cláudio Castro,Thiago Pampolha e outras 10 pessoas, incluindo Bacellar que à época exercia o cargo de secretário estadual de Governo. A Procuradoria acusa os políticos de abuso de poder político e econômico e conduta vedada pelo uso de “folha de pagamento secreta” com 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil nomes, na Uerj.
Na ação de investigação judicial eleitoral, a PRE comprovou “folhas de pagamento secretas” na Ceperj e Uerj. Ela traz mais de 18 mil cidadãos contratados sem concurso público para suposta atuação em projetos à revelia da Constituição e leis como a de Responsabilidade Fiscal. O custeio de projetos da Ceperj e Uerj teve alta notável com recursos obtidos no leilão da Cedae.
A PRE destacou na ação duas frentes do esquema ilegal: (1) utilização abusiva e eleitoreira da Ceperj (desvios de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos); e (2) uso abusivo e eleitoreiro da Uerj, que incluiu projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente. A PRE e os órgãos de controle viram que projetos como esses em vários municípios foram desvirtuados por candidatos beneficiados pelo dispêndio vultoso de recursos públicos neste ano eleitoral.
Na ação de investigação judicial eleitoral, a PRE comprovou “folhas de pagamento secretas” na Ceperj e Uerj. Ela traz mais de 18 mil cidadãos contratados sem concurso público para suposta atuação em projetos à revelia da Constituição e leis como a de Responsabilidade Fiscal. O custeio de projetos da Ceperj e Uerj teve alta notável com recursos obtidos no leilão da Cedae.
A PRE destacou na ação duas frentes do esquema ilegal: (1) utilização abusiva e eleitoreira da Ceperj (desvios de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos); e (2) uso abusivo e eleitoreiro da Uerj, que incluiu projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente. A PRE e os órgãos de controle viram que projetos como esses em vários municípios foram desvirtuados por candidatos beneficiados pelo dispêndio vultoso de recursos públicos neste ano eleitoral.