Washington Reis é alvo de operação da PF sobre falsificação de carteira de vacinação de Bolsonaro
04/07/2024 08:54 - Atualizado em 04/07/2024 11:02
Washington Reis
Washington Reis / Tomaz Silva - Agência Brasil
O secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), é alvo da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (4), da 2ª fase da Operação Venire, que apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.
Os sistemas do Ministério da Saúde indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria recebido 2 doses de vacinas contra a Covid no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022. Os dados teriam sido inseridos no sistema e depois apagados, sob alegação de "erro". A suposta fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
Na atual fase são cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias/RJ, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 naqueles sistemas. A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento.

Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias.
A 1ª fase da Operação Venire foi deflagrada pela PF em maio do ano passado. Os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid , e outros cinco suspeitos.
A operação investiga a adulteração no cartão de vacina de Bolsonaro, da filha do ex-presidente, Laura, e de Mauro Cid. A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, apesar de haver registro no sistema com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca atendeu o ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou na unidade mencionada.

Ainda à época, o Ministério da Saúde informou que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Segundo a pasta, não houve relato de invasão externa ou de acesso sem cadastro ao sistema no período investigado pela PF.
Com informações da Comunicação da PF, Agência Brasil e G1

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