O deputado estadual Bruno Dauaire aproveitou a visita do presidente Jair Bolsonaro e de sua comitiva a Campos e São João da Barra nesta segunda-feira (31) para pedir pessoalmente a Bolsonaro e entregar um ofício protocolado no ministério do Meio Ambiente por uma intervenção do governo federal em Atafona para barrar o avanço do mar.
“Vamos encaminhar essa documentação aos órgãos competentes para dar prosseguimento à ação”, disse Bolsonaro ao deputado.
No documento, Bruno anexa um estudo realizado pela Unidade de Estudos Costeiros da Universidade Federal Fluminense (UFF-Campos) em 2019 e que recomenda uma obra de mitigação da erosão com a transposição artificial e aumento da faixa de areia da praia. Com isso, o projeto prevê o aumento da proteção da área costeira, que ficou fragilizada com a redução da vazão do Rio Paraíba do Sul nos últimos anos.
— Esse estudo completo feito pelo professor Eduardo Bulhões foi feito em 2019 e entregue à prefeitura de São João da Barra, que não fez nada neste sentido. Desde então, outras várias pessoas tiveram de sair de suas casas e nosso mandato não parou de trabalhar para levar essa demanda ao governo federal e apoiar quem também atua por amor a nossa querida Atafona, como o grupo SOS Atafona — afirmou Bruno.
Junto ao documento, também está o texto “Atafona além do tempo”, produzido pela presidência da associação SOS Atafona. O ofício já foi protocolado junto ao Ministério do Meio Ambiente e entregue em mãos à comitiva presidencial.
“Na qualidade de representante da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e considerando que o distrito de Atafona, no município de São João da Barra, na região Norte Fluminense, vem sofrendo desde a década de 1960 com o avanço do mar e a erosão costeira que já causou a destruição de mais de 500 casas, desabrigando centenas de famílias, e dezenas de quarteirões foram para o fundo do oceano, dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que sejam adotadas as medidas necessárias para retardar o avanço da destruição com a execução de ações para a defesa e recuperação daquela localidade”, diz um trecho do documento.