Força tarefa identifica graves irregularidades em fábricas de farinha de mandioca, em SFI
18/09/2023 10:48 - Atualizado em 18/09/2023 16:06
Fábricas foram vistoriadas
Fábricas foram vistoriadas / Divulgação
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou, na semana passada, operação em mais de dez fábricas de farinha de mandioca no município de São Francisco de Itabapoana, nas quais foram encontradas graves irregularidades relacionadas ao meio ambiente do trabalho, além da ausência de formalização de vínculos de emprego.
A equipe foi composta por auditores-fiscais do Trabalho, vinculados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e por membros do MPT, da Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No dias 12 a 13 de setembro, os auditores notificaram as empresas para que regularizassem as situações de inconformidade com a legislação. "Além disso, interditaram máquinas das linhas de produção de estabelecimentos fiscalizados, diante dos graves e iminentes riscos à vida e integridade física dos trabalhadores e trabalhadoras, notadamente em razão da falta de proteção nas zonas de perigo do maquinário e da fiação elétrica exposta, o que poderia ocasionar amputações, lacerações, choques elétricos e mortes", informou o MPT.
Nas fiscalizações também se constatou a presença de riscos à saúde e segurança por ausência de programa de gestão de riscos (PGR) e de programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO). "Esses programas são necessários para avaliar os riscos existentes nos ambientes de trabalho e indicar as proteções adequadas, evitando, assim, acidentes e adoecimentos", explicou o órgão.
O MPT informou também que a equipe ainda está levantando o total de autos de infração a serem lavrados pela Auditoria Fiscal do Trabalho, frente às irregularidades constatadas. "Haverá também a negociação, pelo MPT, de termos de ajuste de conduta (TACs) com as empresas para que passem a cumprir a legislação. Em caso de não aceitação dos TACs, serão ajuizadas ações civis públicas", concluiu.
Fonte: Ascom MPT-RJ

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