Homem que atirou em advogada em shopping é submetido a internação psiquiátrica
04/11/2024 18:20 - Atualizado em 05/11/2024 19:05
Reprodução
O réu Diego Dourado Borgerth, que tentou matar a advogada Nayara Acha Prestes a tiros dentro do Shopping Avenida 28, em Campos, em 26 de janeiro de 2022, foi sentenciado na última quarta-feira (30). A Justiça determinou sua internação em um Hospital de Custódia para tratamento psiquiátrico, após laudo que diagnosticou esquizofrenia paranoide. Além disso, Diego, que usará tornozeleira eletrônica, foi condenado a pagar R$ 15 mil de indenização à vítima e deverá arcar com as custas judiciais e a taxa judiciária. Dada a periculosidade, o direito de recorrer em liberdade foi negado.
O advogado da vítima, Márcio Marques, explicou que a sentença que absolveu o réu de forma imprópria baseou-se no entendimento de sua inimputabilidade devido a um transtorno mental diagnosticado em exame pericial. Segundo ele, a decisão levou em conta a condição psiquiátrica do acusado, excluindo sua culpabilidade pelo ato. “Para o réu ser absolvido de forma imprópria, é porque foi constatado uma exclusão da culpabilidade. E a exclusão da culpabilidade é essa, que foi por meio da inimputabilidade que foi reconhecida naquele exame de insanidade mental, no qual foi constatado que o réu era esquizofrênico”, finalizou.

Na tarde de 26 de janeiro de 2022, Diego, que era cliente de Nayara e possuía uma dívida com a advogada, foi até o shopping para confrontá-la sobre um processo de inventário. Ao encontrá-la em seu escritório, ele colocou uma mochila sobre a mesa, sacou um revólver e disparou quatro vezes contra Nayara, que é também proprietária de uma loja de telefonia no local.

As câmeras de segurança do shopping registraram o ataque e a reação corajosa de Nayara, que, mesmo baleada, conseguiu se defender e imobilizar o agressor. Durante a luta corporal, a advogada arremessou a arma do suspeito pela escada e correu em busca de ajuda, enquanto os seguranças do shopping intervieram e conseguiram imobilizar Diego até a chegada da Polícia Militar.

A vítima foi baleada no tórax, braço e mão, e precisou ser socorrida e internada em um hospital particular, onde ficou em estado estável. Posteriormente, a defesa de Diego alegou que ele era portador de esquizofrenia paranoide, o que foi confirmado por um exame de insanidade mental, levando à absolvição imprópria e à aplicação de uma medida de segurança com internação psiquiátrica.

A sentença, além da internação por tempo indeterminado, determinou a indenização de R$ 15 mil à vítima, em resposta a um pedido do Ministério Público e da assistência de acusação.

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