Mulher trans, assistente social da Associação Irmãos da Solidariedade vence barreiras
“Eu sou uma sobrevivente”. A pequena frase afirmativa, mas cheia de significados, é de Renata Melila, mulher transexual e assistente social da Associação Irmãos da Solidariedade, entidade campista que acolhe pessoas que vivem com o vírus HIV. Renata, que é formada em serviço social, agora celebra a sua aprovação, neste mês, na pós-graduação em Políticas Públicas, Gestão e Serviços Sociais.
No país que mais mata que mais mata pessoas transexuais no mundo, Renata, de fato, é uma sobrevivente. Em 2023 foram 55 mortes de pessoas trans em todo o Brasil, sendo 145 casos de assassinatos e dez que cometeram suicídio após sofrer violências ou devido à invisibilidade trans. Um outro dado alarmante mostra que 90% da população trans no Brasil tem a prostituição como fonte de renda e única possibilidade de subsistência.
“A expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos. Nós, mulheres trans, não temos oportunidade de trabalho e somos jogadas a prostituição. Eu sou uma sobrevivente”, disse a assistente social.
“Eu trabalhava com declaração de festa, mas tinha um sonho de carteira assinada. Eu sou do Jardim Carioca, praticamente vizinha da Associação. A Fátima Castro me deu uma oportunidade de emprego na limpeza, que mudou minha vida. E hoje sou assistente social da instituição com muito orgulho. Minha transição não foi fácil, por questões com escola, amigos, vizinhos e alguns parentes. Porém, encontrei no meu lar, no aconchego da minha família, um apoio de um pai maravilhoso e de uma mãe super amiga que sempre esteve ao meu lado. Sei que essa não é a realidade de muitas, pois tenho amigas que foram expulsas de casa por conta da sexualidade. Esse apoio fez toda diferença na minha vida”, conta.
“Eu sou uma sobrevivente”. A pequena frase afirmativa, mas cheia de significados, é de Renata Melila, mulher transexual e assistente social da Associação Irmãos da Solidariedade, entidade campista que acolhe pessoas que vivem com o vírus HIV. Renata, que é formada em serviço social, agora celebra a sua aprovação, neste mês, na pós-graduação em Políticas Públicas, Gestão e Serviços Sociais.
No país que mais mata que mais mata pessoas transexuais no mundo, Renata, de fato, é uma sobrevivente. Em 2023 foram 55 mortes de pessoas trans em todo o Brasil, sendo 145 casos de assassinatos e dez que cometeram suicídio após sofrer violências ou devido à invisibilidade trans. Um outro dado alarmante mostra que 90% da população trans no Brasil tem a prostituição como fonte de renda e única possibilidade de subsistência.
“A expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de 35 anos. Nós, mulheres trans, não temos oportunidade de trabalho e somos jogadas a prostituição. Eu sou uma sobrevivente”, disse a assistente social.
O tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da pós-graduação de Renata foi “Mulheres trans no mercado de trabalho e a falta de oportunidade”. Ela conta que a ideia do tema surgiu do desejo de abrir portas para outras mulheres transexuais, que ainda encontram grandes barreiras para conseguir um emprego e entrar na universidade.
“Meu objetivo é quebrar as barreiras do preconceito, fazendo com que as pessoas entendam de uma vez que todo ser humano é capaz e que uma oportunidade muda a vida das pessoas, pois eu sou prova viva disso. Espero que a porta que eu abri seja exemplo para outras, porque todas somos capazes de sonhar. Como todo cidadão, nós pagamos nossos impostos, temos deveres e direitos constitucionais”, disse.
Contrariando a história de muitas pessoas transexuais que, além do preconceito que sofrem em diversas esferas da sociedade, ainda encontram a transfobia dentro da própria família, Renata teve o apoio dos familiares na sua transição. Com o incentivo, ela resolveu buscar o sonho por uma carteira assinada, que foi concretizada após conseguir um emprego na Irmãos da Solidariedade.
“Meu objetivo é quebrar as barreiras do preconceito, fazendo com que as pessoas entendam de uma vez que todo ser humano é capaz e que uma oportunidade muda a vida das pessoas, pois eu sou prova viva disso. Espero que a porta que eu abri seja exemplo para outras, porque todas somos capazes de sonhar. Como todo cidadão, nós pagamos nossos impostos, temos deveres e direitos constitucionais”, disse.
Contrariando a história de muitas pessoas transexuais que, além do preconceito que sofrem em diversas esferas da sociedade, ainda encontram a transfobia dentro da própria família, Renata teve o apoio dos familiares na sua transição. Com o incentivo, ela resolveu buscar o sonho por uma carteira assinada, que foi concretizada após conseguir um emprego na Irmãos da Solidariedade.
“Eu trabalhava com declaração de festa, mas tinha um sonho de carteira assinada. Eu sou do Jardim Carioca, praticamente vizinha da Associação. A Fátima Castro me deu uma oportunidade de emprego na limpeza, que mudou minha vida. E hoje sou assistente social da instituição com muito orgulho. Minha transição não foi fácil, por questões com escola, amigos, vizinhos e alguns parentes. Porém, encontrei no meu lar, no aconchego da minha família, um apoio de um pai maravilhoso e de uma mãe super amiga que sempre esteve ao meu lado. Sei que essa não é a realidade de muitas, pois tenho amigas que foram expulsas de casa por conta da sexualidade. Esse apoio fez toda diferença na minha vida”, conta.
Hoje, com 16 anos de atuação na Casa Irmãos da Solidariedade, Renata foi idealizadora do projeto "Mães Solidárias", que acolhe e oferece orientação para gestantes do município, falando sobre todas as infecções sexualmente transmissíveis, reforçando a importância do pré-natal.
“Que outras mulheres e meninas trans lutem pelos seus sonhos, pois com força e determinação todas nós temos o direito de ser felizes. Sei que muitas coisas mudaram para melhor, mas ainda temos muito a evoluir. Nunca perca as esperanças, pois se eu consegui, todas podem também”, finalizou.
“Que outras mulheres e meninas trans lutem pelos seus sonhos, pois com força e determinação todas nós temos o direito de ser felizes. Sei que muitas coisas mudaram para melhor, mas ainda temos muito a evoluir. Nunca perca as esperanças, pois se eu consegui, todas podem também”, finalizou.