O caso “Meninas de Guarus”, em Campos, teve uma nova decisão na Justiça nessa terça-feira (20). O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou recurso e manteve a condenação pelos crimes de estupro de vulnerável, exploração sexual de crianças e adolescentes, cárcere privado, quadrilha armada e coação no curso do processo. Catorze réus, entre eles políticos, empresários e policiais, foram condenados em 2016, mas apenas um está preso e um outro morreu em 2020. A Justiça ainda determinou que os condenados entreguem seus passaportes. O processo segue em segredo de Justiça.

Os crimes aconteceram entre 2008 e 2009 e o julgamento aconteceu em 2016, quando no dia 9 de junho, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza condenou 14 pessoas pelos crimes. Desde então, todos os recursos apresentados pelas defesas foram rejeitados tanto em Campos quanto pelo Tribunal de Justiça.

Embora as sentenças tenham sido mantidas pelo Tribunal de Justiça, ainda há a possibilidade de novos recursos, que podem ser apresentados no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo o processo, os denunciados exploravam sexualmente crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos de idade, que eram mantidas em uma casa em Guarus, com as janelas e portas trancadas, com vigília armada. A denúncia apontava, ainda, que as vítimas eram obrigadas a consumir drogas para não oferecer resistência.