Projeto NeuroAção da Prefeitura garante mutirão de atendimento à crianças atípicas
O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, e o vice-prefeit, Frederico Paes, lançaram o Projeto "NeuroAção", nesta quinta-feira (21), no auditório da Prefeitura. O programa acontece em conjunto com outras secretarias municipais, como de Educação e Saúde.
Com 1 ano e 5 meses do início da Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI) sendo lembrado no lançamento, o evento teve como abertura uma apresentação dos alunos da escola, junto com a presença das mães atípicas. Devido à crescente demanda dos transtornos do neurodesenvolvimento com uma fila de duas mil crianças esperando para serem atendidas, um Centro Especializado de Reabilitação (CER) será implantado em Campos. Contando com um ambulatório ampliado de atendimento e monitoramento, o CER faz parte do projeto, assim como mutirões de atendimentos às crianças e famílias, com início no dia 2 de abril, quando é lembrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
O ambulatório terá como objetivos: trazer um diagnóstico precoce e monitoramento permanente; tratamento padronizado em toda rede; definição do fluxo de atendimento por nível de complexidade; capacitação continuada (Assistência, Saúde e Educação) e comitê de apoio aos pais e responsáveis. Para alta complexidade, estarão disponíveis as instituições Hospital Plantadores de Cana (HPC), Apape e Apoe. De baixa complexidade, temos a Cidade da Criança, em que será o maior polo, também por ser onde está integrada a escola inclusiva. Outras policlínicas também estarão disponíveis, como as de Baixa Grande, Penha, Tapera, Travessão e o Centro de Saúde de Guarus.
“Vai ter laudo do médico, neuro, psiquiatra, neuropsicologo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, todo um conjunto multidisciplinar para atender, para dar laudo, para encaminhar... Dia 2 de abril começa um mutirão (...) Temos 2 mil crianças em fila, aguardando. E muitas vezes porque falta de profissional (...) E o nosso objetivo é atacar essa fila para conseguir, se Deus quiser, zerar essa demanda e ter um lugar para onde essas pessoas podem ir, podem frequentar, ter uma referência, que não é só um consultório, é um espaço lúdico, belo, bonito, espaçoso, arejado, para que as crianças e as famílias tenham um atendimento adequado”, explicou o prefeito durante lançamento do projeto.
Para iniciar todo o processo, é preciso que as famílias entrem no Censo de Transtornos Neurológicos da Infância para se inscrever através deste link ou pessoalmente na Cidade da Criança. Dessa maneira, identificando a criança atípica, mesmo se não tiver o laudo, a equipe multidisciplinar do mutirão fará o laudo necessário ou não. Ainda segundo o prefeito Wladimir Garotinho, não há necessidade de ser aluno da rede pública municipal e, sim, qualquer criança.
A neuropediatra Manuela Siqueira foi quem apresentou mais sobre o programa, em conjunto com as profissionais Gesika Amorim e Mariana Gambini, neuropsiquiatria e psicopedagoga, respectivamente. Durante a apresentação, Manuela falou sobre não ter cuidadores em escolas estaduais do município, ressaltando sobre sua felicidade do município estar oferecendo todo o programa.
“Na escola estadual, eu fiquei muito surpresa de descobrir que a escola estadual não tem mediador. Então, o Estado não fornece mediação. Eu fiquei muito chocada porque eu não sabia. Só quando a gente vai ao local, a gente descobre a realidade. E eles têm cuidadores, que não são pessoas, tecnicamente, capazes de lidar com aquelas situações. E, assim, muita gente exige da escola, né? A gente precisa de um mediador, a gente precisa de adaptação de material. Mas qual o incentivo que a gente dá para os professores, para que eles façam esse tipo de adaptação? Qual o treinamento? Então, eu fico muito feliz da prefeitura estar oferecendo isso. Espero que todos aproveitem esse treinamento para os profissionais”, relata a médica.
Depois da apresentação das crianças atípicas da EAI, a mãe do Davi, Marli Sabino, falou sobre as conquistas do filho e sobre a importância de ter um lugar para contar. “Quando ele foi encaminhado para a Escola inclusiva, o meu Davi começou a dar alguns passos a mais. E a escola regular faz uma provinha e aquele mesmo que não parava em sala de aula, que eu tinha medo que não conseguisse se alfabetizar, ganhou com o aluno de melhor nota da escola (...) E poder contar com um lugar em que podemos buscar um diagnóstico por todos os tratamentos adequados que traga para nossos filhos mais autonomia e nos enche de esperança de um futuro digno para eles. E isso, não tem preço”, disse, emocionada.
A assessora técnica da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, Cátia Mello, falou sobre a questão dos cuidadores e mediadores nas escolas “Isso faz parte do compromisso de uma gestão, faz parte do compromisso de uma legislação que se tem realmente de ter esse suporte nas escolas, e esse compromisso ele está sendo mantido. Ele não tem estagnação, porque as crianças atípicas precisam do suporte, tanto do mediador, no processo de aprendizagem, quanto do cuidador”.
O ambulatório terá como objetivos: trazer um diagnóstico precoce e monitoramento permanente; tratamento padronizado em toda rede; definição do fluxo de atendimento por nível de complexidade; capacitação continuada (Assistência, Saúde e Educação) e comitê de apoio aos pais e responsáveis. Para alta complexidade, estarão disponíveis as instituições Hospital Plantadores de Cana (HPC), Apape e Apoe. De baixa complexidade, temos a Cidade da Criança, em que será o maior polo, também por ser onde está integrada a escola inclusiva. Outras policlínicas também estarão disponíveis, como as de Baixa Grande, Penha, Tapera, Travessão e o Centro de Saúde de Guarus.
“Vai ter laudo do médico, neuro, psiquiatra, neuropsicologo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, todo um conjunto multidisciplinar para atender, para dar laudo, para encaminhar... Dia 2 de abril começa um mutirão (...) Temos 2 mil crianças em fila, aguardando. E muitas vezes porque falta de profissional (...) E o nosso objetivo é atacar essa fila para conseguir, se Deus quiser, zerar essa demanda e ter um lugar para onde essas pessoas podem ir, podem frequentar, ter uma referência, que não é só um consultório, é um espaço lúdico, belo, bonito, espaçoso, arejado, para que as crianças e as famílias tenham um atendimento adequado”, explicou o prefeito durante lançamento do projeto.
Para iniciar todo o processo, é preciso que as famílias entrem no Censo de Transtornos Neurológicos da Infância para se inscrever através deste link ou pessoalmente na Cidade da Criança. Dessa maneira, identificando a criança atípica, mesmo se não tiver o laudo, a equipe multidisciplinar do mutirão fará o laudo necessário ou não. Ainda segundo o prefeito Wladimir Garotinho, não há necessidade de ser aluno da rede pública municipal e, sim, qualquer criança.
A neuropediatra Manuela Siqueira foi quem apresentou mais sobre o programa, em conjunto com as profissionais Gesika Amorim e Mariana Gambini, neuropsiquiatria e psicopedagoga, respectivamente. Durante a apresentação, Manuela falou sobre não ter cuidadores em escolas estaduais do município, ressaltando sobre sua felicidade do município estar oferecendo todo o programa.
“Na escola estadual, eu fiquei muito surpresa de descobrir que a escola estadual não tem mediador. Então, o Estado não fornece mediação. Eu fiquei muito chocada porque eu não sabia. Só quando a gente vai ao local, a gente descobre a realidade. E eles têm cuidadores, que não são pessoas, tecnicamente, capazes de lidar com aquelas situações. E, assim, muita gente exige da escola, né? A gente precisa de um mediador, a gente precisa de adaptação de material. Mas qual o incentivo que a gente dá para os professores, para que eles façam esse tipo de adaptação? Qual o treinamento? Então, eu fico muito feliz da prefeitura estar oferecendo isso. Espero que todos aproveitem esse treinamento para os profissionais”, relata a médica.
Depois da apresentação das crianças atípicas da EAI, a mãe do Davi, Marli Sabino, falou sobre as conquistas do filho e sobre a importância de ter um lugar para contar. “Quando ele foi encaminhado para a Escola inclusiva, o meu Davi começou a dar alguns passos a mais. E a escola regular faz uma provinha e aquele mesmo que não parava em sala de aula, que eu tinha medo que não conseguisse se alfabetizar, ganhou com o aluno de melhor nota da escola (...) E poder contar com um lugar em que podemos buscar um diagnóstico por todos os tratamentos adequados que traga para nossos filhos mais autonomia e nos enche de esperança de um futuro digno para eles. E isso, não tem preço”, disse, emocionada.
A assessora técnica da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, Cátia Mello, falou sobre a questão dos cuidadores e mediadores nas escolas “Isso faz parte do compromisso de uma gestão, faz parte do compromisso de uma legislação que se tem realmente de ter esse suporte nas escolas, e esse compromisso ele está sendo mantido. Ele não tem estagnação, porque as crianças atípicas precisam do suporte, tanto do mediador, no processo de aprendizagem, quanto do cuidador”.
Cátia expressou ainda sobre a importância do projeto NeuroAção para familiares de crianças atípicas, relatando que, agora, é ter um lugar para ir, para além do diagnóstico.
“Essas famílias terão um lugar para ir. A corrida que se tem é quanto tempo, quem vive essa realidade como eu vivo. E muitas vezes, o que você precisa, para começar, é ter um laudo, o diagnóstico, para que você possa correr atrás daquilo que é necessário, correr atrás também dos direitos que te amparam nessa questão. Mas, mais do que você ter um laudo na mão, é o que fazer em uma situação como essa. E muitas vezes, a gente tinha que ficar peregrinando, ir para um lugar, ir para outro, você tendo toda uma rotina, toda uma vida pela frente. Ter essa estrutura dentro da cidade, com esse projeto NeuroAção, é você ter um lugar para ir, é você não estar perdido e peregrinando num vale de lágrimas”, relata.
O Centro Especializado de Reabilitação acontecerá na antiga Unidade Básica de Saúde Alair Ferreira, no Jardim Carioca. O CER será de reabilitação física, psicológica, intelectual e auditiva, esperando apenas decisão do Governo Federal.
O Centro Especializado de Reabilitação acontecerá na antiga Unidade Básica de Saúde Alair Ferreira, no Jardim Carioca. O CER será de reabilitação física, psicológica, intelectual e auditiva, esperando apenas decisão do Governo Federal.
“Nós conseguimos, no novo PAC do Governo Federal, o Centro Especializado de Reabilitação (CER), que vai também, junto de todo o nosso projeto, integrar ainda mais. Já é uma conquista oficial da cidade de Campos, mais um passo gigantesco, com a inclusão rumo ao tratamento que as pessoas precisam. Já está anunciada, inclusive, com verba carimbada e destinada, só aguardando o Governo Federal decidir se vai ser fundo a fundo para a gente licitar ou se ele vai licitar e vai fazer a obra”, explicou o prefeito Wladimir. (I.S.)