Mãe denuncia escola particular de Campos e alega que filho sofreu maus-tratos
A mãe do pequeno Joaquim Galdino, de 2 anos e meio, esteve na 134ª Delegacia de Polícia (Centro), nesta sexta-feira (16), para prestar um novo depoimento sobre o caso ocorrido em setembro do ano passado, onde a mulher acusa uma escola particular de educação infantil, em Campos, de agressão contra a criança.
À época, no dia 4 de setembro de 2023, Ilena buscou o filho na escola, no final da tarde, e ao trocá-lo em casa, notou várias lesões nas pernas do menino. Ela entrou em contato com a escola e pediu as imagens das câmeras, mas, até hoje, a unidade escolar não cedeu as imagens, segundo relatou a mãe.
— É muito angustiante porque é um bebê que não sabe falar. Aguardei resposta, confiando na escola, mas nada aconteceu. O que eu quero é saber quem estava com o meu filho na hora das agressões, e saber cadê as câmeras, cadê o responsável pelas agressões — disse a mãe.
À época, no dia 4 de setembro de 2023, Ilena buscou o filho na escola, no final da tarde, e ao trocá-lo em casa, notou várias lesões nas pernas do menino. Ela entrou em contato com a escola e pediu as imagens das câmeras, mas, até hoje, a unidade escolar não cedeu as imagens, segundo relatou a mãe.
— É muito angustiante porque é um bebê que não sabe falar. Aguardei resposta, confiando na escola, mas nada aconteceu. O que eu quero é saber quem estava com o meu filho na hora das agressões, e saber cadê as câmeras, cadê o responsável pelas agressões — disse a mãe.
A mãe da criança contou que, das vezes em que foi na escola, sempre escutava que providências iriam ser tomadas, mas nada foi feito.
— Eles alegaram que as câmeras estavam com defeito, que providências iriam ser tomadas, que a coordenadora iria ser demitida, que a parte da tarde eles não teriam como me dizer ao certo quem estaria com o Joaquim, porque várias pessoas poderiam ter cuidado dele no dia e sempre me pedindo para que eu zelasse pelo emprego dos outros. O diretor mostrou-se muito solícito em tentar resolver, em tentar fazer com que tivéssemos mais confiança na escola, mas nada foi resolvido — comentou Ilena.
Ainda segundo a mulher, as marcas, no total de 22 manchas, teriam surgido no mesmo dia em que a escola iniciou o desfralde da criança.
Ainda segundo a mulher, as marcas, no total de 22 manchas, teriam surgido no mesmo dia em que a escola iniciou o desfralde da criança.
— As lesões eram iguais, nas duas pernas que dava a entender que eram de dedões segurando ele, em algum lugar sentado, para que fizesse força e projetasse ele sentado como se tivesse tentando inibir que ele levantasse e, coincidentemente, foi no mesmo dia que começou o desfralde dele na escola. Desfralde esse proposto pela escola, dizendo que era a única criança ainda que fazia uso da fralda — comentou.
A criança hoje, relata a mãe, está passando por um tratamento com terapia e tem medo de que outras pessoas o troquem.
A criança hoje, relata a mãe, está passando por um tratamento com terapia e tem medo de que outras pessoas o troquem.
— Meu filho está fazendo tratamento com terapeuta ocupacional, terapia pélvica, se encontra uma criança que não deixa ninguém trocar ele, mesmo familiares, só quem troca ele sou eu. Ele não entra em banheiro, relata fortes dores na barriga e não consegue evacuar porque ele sente medo de evacuar. É um processo difícil, doloroso, e estamos tentando vencer essa injustiça porque é um bebê que não sabe falar e para mim isso é maus-tratos, porque a partir do momento em que deixamos o nosso filho na escola, a gente espera que seja um braço da nossa família — falou a mãe.
O advogado da família, Marcelo Barreto, comentou que tudo está tudo sendo apurado e que as medidas já estão sendo tomadas.
O advogado da família, Marcelo Barreto, comentou que tudo está tudo sendo apurado e que as medidas já estão sendo tomadas.
— Agora, a gente espera a justiça para que nós tenhamos o desfecho da melhor forma possível — concluiu.
No início da noite desta sexta, a escola chegou a fazer uma postagem em suas redes sociais alegando ser inverdades as denúncias feitas pela mãe Ilena Galdino. Na publicação, a escola diz que "diante de toda polêmica envolvendo a nossa Escola e após a manifestação de certas pessoas, sem ter ouvido sequer o outro lado da história, tivemos que mapear minuciosamente o histórico da genitora, que acusa gravemente que o seu filho foi agredido em nossa escola, e dissecar as contradições relatadas pela mesma".
No início da noite desta sexta, a escola chegou a fazer uma postagem em suas redes sociais alegando ser inverdades as denúncias feitas pela mãe Ilena Galdino. Na publicação, a escola diz que "diante de toda polêmica envolvendo a nossa Escola e após a manifestação de certas pessoas, sem ter ouvido sequer o outro lado da história, tivemos que mapear minuciosamente o histórico da genitora, que acusa gravemente que o seu filho foi agredido em nossa escola, e dissecar as contradições relatadas pela mesma".
A escola também postou um vídeo, no Instagram, em que contrapõe cada acusação feita pela mãe da criança.