Ingrid Silva (estagiária)
04/08/2023 20:23 - Atualizado em 05/08/2023 11:00
Interditado desde dezembro de 2022, após queda de barreiras, o Morro do Itaoca, em Campos, vai entrar na segunda fase da obra de reestruturação do acesso. Depois de críticas ao abandono do local e reivindicações de reparos, a previsão da Prefeitura é que o ponto turístico volte a receber visitantes no mês de setembro.
Em fevereiro, houve uma liberação parcial do local, que voltou a ser frequentado para alguns tipos de atividades, como trilhas. Nas duas últimas semanas, entretanto, as atividades voltaram a ser suspensas por conta das obras, que exigiram uma interdição mais rigorosa para garantir a segurança das pessoas.
Instrutor de voos na área, Ronaldo Parapente afirma que está há duas semanas sem dar aulas e sem fazer voo duplo por conta da interdição. “Antes, eu estava fazendo normalmente. Na minha opinião, houve um pouco de descaso da Prefeitura, porque o desmoronamento ocorreu em dezembro de 2022 e já estamos em agosto de 2023. E o morro é um ponto turístico da cidade, que tem também atividades esportivas e atrai visitantes. Isso acaba afetando financeiramente tanto a mim como também pessoas que trabalham na base do morro vendendo para os visitantes água de coco, água, açaí, doces”, ressaltou.
A interdição do Morro do Itaoca chegou à Câmara Municipal nesta semana, quando, na sessão de terça-feira (2), o vereador Raphael Thuin criticou o abandono do local e ressaltou a necessidade de a Prefeitura resolver a situação o mais rápido possível. “O Morro do Itaoca é um dos poucos pontos turísticos que temos em Campos, onde muita gente faz atividade esportiva, de lazer, e está literalmente abandonado, fechado. Tudo isso por descaso total da Prefeitura. Então, a gente pede, com uma certa urgência, que a Prefeitura faça os reparos”, disse.
Na primeira fase da obra, a construção de um muro de arrimo nos trechos que foram afetados pelas intensas chuvas já foi concluída, o que traz mais segurança para a Área de Proteção Ambiental (APA) do morro. Dessa maneira, o local não fica completamente desprotegido, como estava antes. Também foi concluída a construção de guarda-corpos com pilares de concretos reforçados e tubos galvanizados; a remoção de árvores caídas; as podas de galhos adernados sobre a via de acesso e a construção de calçadas nos pontos estreitos para proporcionar segurança aos visitantes que optam por subir a pé.
A segunda etapa das obras será focada na remoção dos paralelepípedos que foram revirados pela força das águas, para fazer a recomposição da base da via e a recomposição dos paralelos. (I.S.)