Julgamento de acusado de mandar matar Carlão acontece nesta segunda-feira (21)
21/08/2023 14:40 - Atualizado em 21/08/2023 18:48
Fórum de Campos
Fórum de Campos / Genilson Pessanha
Acontece desde às 10h da manhã desta segunda-feira (21), no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, o julgamento de Wagner de Souza Silva Junior, acusado de ser o mandante do assassinato do assessor parlamentar Carlos Roberto Rocha Ritter, o Carlão. Também está sendo julgado Matheus Oliveira da Conceição, apontado como o condutor da motocicleta utilizada no crime. Pelo menos 20 testemunhas foram convocadas para prestar depoimentos no julgamento que acontece nesta segunda-feira. O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Campos e está sendo conduzido pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira. Outro envolvido no homicídio, Douglas de Souza da Silva, acusado de ter sido o executor de Carlão, foi condenado a 19 anos de prisão em julgamento realizado no dia 22 de novembro de 2022. 
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que a sessão do júri segue em andamento nesta noite. Há pouco, por volta das 18h30, foi iniciada a fase de debates entre o Ministério Público e as defesas. Ainda de acordo com o TJRJ, não há previsão de término.
O assessor Carlão foi morto a tiros, aos 47 anos, na tarde de 28 de maio de 2020, no portão de casa, no Parque Nova Brasília, em Campos. Ele atuava como assessor parlamentar do deputado estadual Bruno Dauaire e chegou a ser socorrido por populares para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu aos ferimentos. Na ocasião do crime, Carlão era pré-candidato a vereador pelo PSD em Campos. Ele também era ex-jogador do Goytacaz e Rio Branco, além de pai do goleiro Patrick Ritter e irmão do músico Serginho Pagodinho.
Wagner e Matheus foram presos em junho de 2020. Na ocasião da prisão, a delegada Natália Patrão informou que Wagner e Matheus eram amigos há três anos e o acusado de mandar matar Carlão conheceria o executor do bairro onde mora, em Guarus. Já o condutor da motocicleta teria conhecido o autor dos disparos apenas no dia do crime. A delegada também chegou a informar que a motivação do crime foi passional e envolveria uma mulher.
Ainda segundo Natália, Matheus disse que recebeu R$ 200 para fazer o transporte e que Wagner o teria levado no mesmo dia do crime, mais cedo, em frente à casa de Carlão em um carro para reconhecer o local.
A Folha tenta contato com a defesa dos acusados. 
 
 

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