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Um projeto para reconstrução de 40 pontes no interior de Campos está há 10 meses em curso, mas, embora tenha sido anunciado com um prazo de conclusão máximo de dois anos, até o momento, não houve início prático de nenhuma obra. O secretário municipal de Agricultura, Almy Junior, explica que entraves burocráticos e licitatórios já estão sendo solucionados e, também, que as pontes devem começar a sair do papel até o final do ano.

A secretaria de Agricultura de Campos enfrenta uma difícil tarefa: fazer com que os moradores do interior de tenham seu direito de ir e vir respeitado e proporcionar estradas capazes de garantir o escoamento do que é produzido em regiões mais afastadas.

— As pontes estão em licitação, mas houve demanda judicial e algumas pessoas pediram explicações, outras recorreram, mas tudo está para sair. Espero que até o final do ano todas elas saiam. Mas, em concreto, nenhuma das obras foi iniciada ainda, pelo fato de o processo licitatório ainda se encontrar em curso. Isso depende também de licenças ambientais — explicou Almy, que informou, ainda, que as construções estão divididas em dois lotes.

Na época em que o projeto foi anunciado, em julho de 2022, Almy destacou que as pontes representam “um adianto para a população que mora nessas áreas mais afastadas e, por vezes, tem que dar voltas absurdas para conseguir exercer seu direito de ir e vir”.

Ao participar do Folha no Ar da Folha FM 98.3 dessa sexta-feira, o vice-prefeito de Campos também falou sobre o atraso nas obras das pontes e disse que não cabe mais o município ter estruturas de madeira.

— Campos com o orçamento invejável até por algumas capitais do Brasil, ter ponte de pau no interior do município, isso é um absurdo (...) É uma vergonha para o nosso município. O produtor precisa escoar sua produção e tem muita gente morando nessas comunidades. São 40 pontes, dezenove estão em licitação. Eu acredito que em 30 ou 60 dias, se não tiver mais problema, essas licitações estão acontecendo com recursos da Prefeitura. Pelo menos até o final do ano a gente já esteja liberando algumas áreas e, pasmem, tem locais que estão isolados e que as pessoas têm que dar uma volta, às vezes, aumentando o percurso 20 e 30 quilômetros na Baixada Campista — disse Frederico, que também é produtor rural.