Durante a acareação da morte de Letycia Peixoto Fonseca, que aconteceu nesta semana no Ministério Público, em Campos, Diogo Viola de Nadai foi colocado diante de Gabriel Machado Leite, o Polar, suspeito de ter intermediado o crime. Gabriel afirmou ter sido contratado pelo professor, de acordo com Natália Patrão, titular da 134ª DP, que investiga o caso.
Diogo, que é professor de química do IFF, manteve-se em silêncio durante a acareação da morte da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, com quem mantinha um relacionamento. Os familiares da vítima fizeram um protesto em frente ao prédio do MP e pediram justiça.
O procedimento ocorreu a pedido da delegada Natália Patrão, que apontou inconsistências na investigação, segundo uma reportagem do jornal O Globo. Diogo negou ter envolvimento com a morte de Letycia, primeiramente, e, após depoimento de Gabriel Machado Leite, suspeito de ter intermediado o contato entre mandante e os executores, o professor se manteve em silêncio na delegacia, segundo a titular da 134ª DP (Campos). A acareação é um procedimento quando os acusados são perguntados para explicar pontos de divergências, segundo o Código de Processo Penal.
O crime Letycia, grávida de sete meses, estava no carro da empresa em que trabalhava conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel. O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, correu em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda.
Na hora do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue, e agora está em estado de choque.
Mãe e filha foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o HFM, onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Os corpos de Letycia e do filho foram sepultados no dia 3, no Cemitério Campo da Paz, onde Diogo chegou a carregar o caixão do bebê. Nessa quinta-feira (9), foi realizada missa de 7º dia.