De acordo com Natália, o suposto pai da criança é o suspeito, embora não possa cometer o erro de antecipar a culpa de qualquer pessoa envolvida. Apesar disso, o passaporte do homem foi retido e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz o monitoramento das rodovias para interferir em qualquer possível fuga de pessoas envolvidas na investigação.
Seguindo os detalhes explicados pela delegada, o pai da criança teria um relacionamento estável (apesar de conturbado) com a Letycia. Juridicamente, ele era casado com outra mulher, mas que não é suspeita de envolvimento.
O confronto de paternidade, que poderia ser realizado com o material do suposto pai do bebê e com o retirado do feto, entretanto, foi negado pelo homem durante depoimento realizado na delegacia, junto a Natália Patrão, "sem apresentar nenhum motivo", como ressaltou a delegada.
Já o atirador, que foi preso hoje, em Ururaí, se manteve em silêncio durante as oitivas e no processo da prisão preventiva. Com ele, a arma utilizada não foi encontrada. O homem, que não teve a identidade divulgada, será encaminhado para a Casa de Custódia na manhã desta terça-feira (7).
A tese de defesa do condutor, em outra ponta da investigação, não é verdadeira, segundo a apuração policial. Ele foi preso no Centro da cidade durante o final de semana e se declarou culpado. De acordo com o condutor, outra pessoa teria contratado o atirador e que ele não teria contato com esse terceiro envolvido.
Outra pessoa que esteve presente na delegacia foi o proprietário da motocicleta utilizada na execução. Ele reconheceu o veículo nas filmagens e imagens que se espalharam pelas redes sociais.
— Nós ouvimos o proprietário da motocicleta que foi utilizada no crime. Em sua defesa, ele alegou que sua motocicleta não precisava de chave e estava parada na rua. O condutor teria pegado a motocicleta e a utilizado no crime, sem ela aparecer até hoje — explicou Natália.
Um dos principais pilares da investigação são as quebras de dados tecnológicos em aplicativos atípicos encontrados no celular da vítima. Ainda ontem, domingo (5), a delegada responsável já havia abordado a questão da dificuldade para a quebra desses dados — que ainda hoje não tem prazo para ser concluída.
Um último ponto importante abordado na coletiva foi a cooperação entre as forças policiais da cidade. Policiais civis, militares e rodoviários federais que, desde a noite do crime, estão nas ruas para elucidar a execução bárbara o mais rápido possível.