O secretário de Estado de Educação, Comte Bittencourt, mantém o dia 1 de março para o retorno dos 700 mil alunos nas 1.200 unidades da rede, no modelo híbrido (remoto e presencial, com turmas em sala de aula em dias alternados) ou somente remoto, dependendo das orientações do Comitê Científico e das autoridades de saúde. As escolas estão abertas desde o último dia 8, num processo de acolhimento aos estudantes. Por outro lado, desde o dia 29 de janeiro, parte dos profissionais da Educação estão em "greve pela vida".
"O modelo híbrido é importante para 10% do nosso alunado que não têm nenhuma condição. Vai priorizar os 70 mil alunos em situação de maior vulnerabilidade social, por não possuírem dispositivo eletrônico que dê a eles condições de acompanharem as aulas remotas. Esses estudantes poderão ir à escola em sistema de revezamento, para tirar suas dúvidas e ter acesso a recursos de áudio e vídeo produzidos para este período. Temos que ter responsabilidade, o Brasil é o país que mais tempo as escolas ficaram fechadas. O momento é de pensar qual a prioridade: praia, chopp com os amigos ou a educação dos filhos", disse o secretário.
Na segunda-feira (22), Comte estará em Varre-Sai, Natividade e Porciúncula visitando escolas e se reunindo com diretores e secretários municipais da pasta. Segundo ele, sua agenda nas segundas é dedicada a essas visitas, quando apresenta o planejamento da Seeduc para o novo ano letivo e alinha estratégias para o retorno seguro das atividades em tempo de pandemia do Covid-19. A vinda a Campos ainda não tem data, mas irá acontecer no momento oportuno, de acordo com ele.
O mês de fevereiro está sendo dedicado ao acolhimento dos alunos nas escolas estaduais e 70% dos estudantes matriculados já passaram pelas unidades. Nesse período, os jovens de todo o estado estão comparecendo às unidades para retirar o plano de estudos e responder ao questionário socioemocional. Comte Bittencourt ainda enfatiza: "Pais e responsáveis também poderão optar pelo ensino exclusivamente remoto, caso desejem".
Para os que vão optar por ficar em casa, no estudo remoto, o governo do Estado disponibilizará um aplicativo, inclusive, com acesso à internet, 24h por dia e 7 dias da semana. "Se existir apenas um aparelho para a aula remota, numa casa com três filhos, será possível organizar e todos terão acesso", explica o secretário de Educação.
Sobre a "greve pela vida" dos professores da rede, aprovada no dia 29 de janeiro último, o secretário disse respeitar. No entanto, lembra que todos os professores que se autodeclaram com comorbidades vão ficar no ensino remoto. "Estamos propondo um retorno seguro, com o acompanhamento sistemático dos dados dos municípios em relação ao vírus semanalmente, protocolos de segurança já usados desde o final do ano passado, escolas equipadas e a ação da vigilância sanitária que vai fiscalizar", disse.
A categoria é contra a volta do trabalho presencial enquanto não houver a vacinação contra Covid-19 e defende a manutenção das atividades remotas.