O ano vivido entre o 44º e o 45º aniversário da Folha da Manhã, este prestes a ser comemorado no domingo (8), foram marcados pelo reencontro. Além do retorno da equipe da redação ao expediente presencial, tradicionais eventos promovidos pelo Grupo Folha voltaram a acontecer após dois anos. O retorno da Feijoada da Folha, do show de fim de ano, do Troféu Folha Seca e da Torcida Folha na Copa simbolizou a retomada das atividades sociais e culturais, ocorrida não apenas em Campos, mas em todo o mundo, devido aos avanços no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

No dia 7 de agosto, centenas de convidados passaram pela Usina do Queimado durante a 29ª Feijoada da Folha, que reuniu cerca de mil pessoas, entre políticos, empresários e representantes de outros setores da sociedade civil. O evento teve como tema “Começar de novo”, título de música de Ivan Lins e Vitor Martins escolhido pela diretora-presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, justamente para enfatizar a virada de chave necessária no pós-pandemia.

— Desde o princípio (da Feijoada), reinam a democracia, a parceria de tantas empresas fortes de nossa região, representantes de diversos da sociedade, os amigos que acompanham a nossa história, e por aí vai. Todos vestindo o preto e branco da Folha da Manhã e oferecendo, através das cestas básicas doadas, o seu gesto social para alimentar os mais necessitados através de entidades assistenciais. Por isso mesmo, vai valer a pena recomeçar de novo, vestindo o sentido verdadeiro da nossa Feijoada — disse Diva na oportunidade.

Entre as presenças ilustres, destaque para o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano; os prefeitos de Campos, Wladimir Garotinho; São João da Barra, Carla Caputi; e Cardoso Moreira, Geane Vincler; bem como o vice-prefeito campista, Frederico Paes, além de secretários municipais e ex-prefeitos.

No dia 9 de novembro, veio o 22º show de fim de ano da Folha, protagonizado pelo cantor e compositor Leoni, e com ele, a entrega do 21º Troféu Folha Seca. Destinado a homenagear campistas com destaque nacional e/ou internacional em suas áreas de atuação, o prêmio foi concedido este ano ao cineasta Noilton Nunes, premiado por diversos filmes e ex-presidente da Associação Brasileira de Documentaristas. Estiveram na plateia assinantes e parceiros da Folha, além de estudantes convidados por meio do projeto Folha vai à Escola.

— Eu sou um sobrevivente. Realmente, os últimos tempos foram de estrangulamento. A maior parte dos meus amigos está em crise total, eles estão totalmente desamparados. Os últimos anos causaram um trauma profundo na cultura, especialmente no cinema. Mas, em 2023 nós vamos dar o troco — prometeu Noilton Nunes em entrevista no evento, falando sobre projetos para este ano.

A noite também marcou um reencontro do carioca Leoni com o público de Campos. Fundador das bandas Kid Abelha e Heróis da Resistência, e em carreira solo desde 1993, ele matou a saudade da planície goitacá.

— Eu adoro, sempre gostei muito de me apresentar aqui em Campos — comentou Leoni, que naquela noite homenageou a cantora e compositora Gal Costa, falecida horas antes.

Para a anfitriã, Diva Abreu Barbosa, foi mais um momento marcante. “É um renascer. Passamos por um período de pandemia, com dois anos, quase três anos de fechamento de tudo, as pessoas sem se falarem, usando máscaras. Acho que isso afetou muito a alma das pessoas. Poder voltar é como um renascimento. Que venham muitos novos anos e, mesmo depois que eu me for, que a Folha continue a fazer essa obra”, desejou Diva.

Por fim, nos dias 24 e 28 de novembro e 2, 5 e 9 de dezembro, veio o projeto Folha na Copa. Enquanto os jornalistas realizavam a cobertura da Copa do Mundo de Futebol, inclusive com colaboração do advogado Fábio Bastos enviando flashes diretamente do Catar nas fases decisivas, convidados se reuniram na Pousada Cravo e Canela para torcer pela Seleção Brasileira. O hexacampeonato não veio, mas os cinco jogos do Brasil motivaram momentos de confraternização.

Novidade entre as iniciativas do Grupo Folha em 2022, o projeto Folha Vai à Escola levou 100 alunos do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (Censa) e dos Institutos Superiores de Ensino do Censa (IseCensa), e 100 do Centro Escola Riachuelo, ao show de Leoni no Trianon, no dia 9 de novembro. A iniciativa teve como proposta promover a cultura paralelamente à educação.

— Demos convites para 200 jovens poderem participar do evento, cumprindo a bandeira cultural tradicionalmente levantada pela Folha. Foi um grande show, e os estudantes participaram bastante, conhecendo ou relembrando clássicos da nossa música popular brasileira, além de terem tido acesso à trajetória do cineasta Noilton Nunes, homenageado da noite com o Troféu Folha Seca — comenta a diretora-presidente, Diva Abreu Barbosa.

Gestores das unidades de ensino participantes elogiaram o projeto. “O Grupo Folha marcou mais um gol de placa, não só pelo maravilhoso show de fim de ano com o cantor e compositor Leoni, mas por toda a iniciativa atrás do evento, que foi um verdadeiro brinde à cultura. Me senti muito honrado em fazer parte dessa iniciativa, que visa a valorizar a cultura nacional”, afirma o diretor-geral do Centro Escola Riachuelo, Fabiano Rangel.

— A Folha da Manhã sempre foi uma grande disseminadora de cultura em Campos e região, seja pelo espaço destinado à divulgação de nossos artistas, seja pela oportunidade de oferecer ao público espetáculos do mais alto nível. O tradicional show de fim de ano é um desses acontecimentos, e em 2022, através de uma exitosa parceria, tivemos a oportunidade de levar ao show do cantor Leoni alguns dos nossos alunos, num claro gesto de democratização da cultura, item tão relevante na formação de todos os estudantes. Parabenizo o jornal e desejo que nossa parceria se fortaleça ainda mais em 2023 — reforça a vice-diretora do Censa e do IseCensa, Beth Landim.