Goytacaz: 112 anos de história, paixão e luta
Goytacaz chega aos seus 112 anos de história nesta terça-feira (20). A data poderia ser marcada por festas, homenagens e celebrações que lembrassem os dias de glória do clube, mas o que se ouve nas arquibancadas do Aryzão é o silêncio de um estádio vazio e o eco de uma torcida que luta para manter viva a chama de sua paixão.
Fundado em 20 de agosto de 1912, o Goytacaz construiu uma trajetória de conquistas para os torcedores campistas. O clube é sinônimo de tradição no futebol fluminense, possui a maior torcida da cidade e é a quinta maior do estado do Rio de Janeiro. No entanto, os últimos anos têm sido de dificuldades. Dentre todas as decisões tomadas pela antiga gestão, formada por Reinaldo Ribeiro e Rodolfo Laterça, a tentativa de venda do estádio Ary de Oliveira e Souza, que aconteceu em 2022, foi a decisão que mais abalou a torcida. Para os alvianis, o Aryzão não é apenas um campo de futebol, é um local onde memórias foram construídas e onde gerações de torcedores viveram grandes emoções. Além da proposta de venda, o pedido de licenciamento junto à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que afastou o clube das competições oficiais, foi mais um complicador.
Fundado em 20 de agosto de 1912, o Goytacaz construiu uma trajetória de conquistas para os torcedores campistas. O clube é sinônimo de tradição no futebol fluminense, possui a maior torcida da cidade e é a quinta maior do estado do Rio de Janeiro. No entanto, os últimos anos têm sido de dificuldades. Dentre todas as decisões tomadas pela antiga gestão, formada por Reinaldo Ribeiro e Rodolfo Laterça, a tentativa de venda do estádio Ary de Oliveira e Souza, que aconteceu em 2022, foi a decisão que mais abalou a torcida. Para os alvianis, o Aryzão não é apenas um campo de futebol, é um local onde memórias foram construídas e onde gerações de torcedores viveram grandes emoções. Além da proposta de venda, o pedido de licenciamento junto à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que afastou o clube das competições oficiais, foi mais um complicador.
Insatisfeitos, um grupo de torcedores se reuniu na porta do clube para protestar contra as ações da antiga diretoria, no dia 8 de junho de 2024. Essa ação deu origem ao Movimento Resistência Alvianil e esse movimento culminou na indicação judicial de uma nova diretoria, que, apesar das dificuldades, conseguiu dificultar o processo de venda do estádio após a aprovação de um projeto de lei do vereador Raphael Thuin (PTB) na Câmara de Campos. Esse status foi uma vitória significativa para os alvianis, que desejam preservar o estádio contra possíveis vendas ou demolições. O que ajudou também a interromper essa venda foi uma reunião on-line realizada entre membros do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (COPPAM), da gestão do Goytacaz e a presença de 45 torcedores, que resultou na decisão de tombamento do estádio. Com 11 votos a favor e uma abstenção, a decisão foi unânime em preservar o patrimônio histórico do clube.
No dia 2 de julho foi realizada uma Assembleia Geral onde a chapa “Resistência Alvianil”, liderada por Sérgio Alves como presidente e Leandro Nunes como vice. Essa foi a única chapada inscrita e com 59 votos, eleita. Após essa decisão, a nova diretoria reabriu os portões do Aryzão e o gramado do estádio começou a ser recuperado. O contato com a Ferj foi restabelecido e também houve o pedido de retorno às competições.
Dois dias depois, dia 4 de julho, uma decisão judicial exigiu que Sérgio apresentasse a documentação referente à Assembleia Geral que destituiu a antiga gestão. No dia 29 de julho, uma nova decisão judicial reconduziu Reinaldo Ribeiro Filho ao cargo de presidente do Goytacaz, tirando Sérgio Alves do comando do time campista. A liminar foi concedida pela juíza Helenice Rangel Gonzaga Martins, da 3ª Vara Cível de Campos. Em sua decisão, a juíza alegou a falta de quórum.
Uma nova Assembleia foi realizada no dia primeiro de agosto e a chapa “Resistência Alvianil” conseguiu o quórum necessário de 120 assinaturas, onde sócio do clube votaram. Até o momento, há uma espera na decisão judicial para avaliar se o quórum foi aprovado e o destino do comando do Goytacaz.
Jornalista e torcedor, Léo Puglia expressou seu amor pelo clube e destacou a importância da resistência dos torcedores diante dos empecilhos. "A torcida alvianil tem muito a comemorar nesse dia 20 de agosto. Graças à nossa luta, podemos celebrar os 112 anos do Goytacaz com o Aryzão de pé, em plena recuperação. Se não fosse pela mobilização popular nas ruas e nas redes, nosso clube estaria hoje destruído. Juntos, conseguimos reabrir os portões, aprovar lei na Câmara de Vereadores e tombar o estádio no Coppam, mostrando que ninguém pode destruir nossa paixão enquanto tivermos coragem para lutar. É com esse espírito dos índios Goytacazes que seguiremos unidos no trabalho coletivo de reconstrução para garantir mais 100, mais mil anos de glória para o Azul do Povo. Parabéns, Goytacaz", finalizou Puglia.