Produção de petróleo continua importante
Dora Paula Paes - Atualizado em 15/06/2024 12:50
Plataforma PNA-1
Plataforma PNA-1 / Divulgação
“É inevitável o fim do ciclo do petróleo. Mas, isso não quer dizer que vai acontecer assim em pouco tempo”. A afirmação é do superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, quando questionado se a matriz energética do petróleo estaria ameaçada pelas novas. Importante destacar, que a Bacia de Campos já representou mais de 80% da produção total nacional do Brasil e, hoje, tem situação inversa. Está dentre dos 20% restantes da produção, onde a Bacia de Santos é a produtora com o Campo de Tupi (Lula), seguido pelos campos de Búzios, Sapinhoá e Mero. Um misto de produção sob o sistema de Concessão, Partilha e Cessão Onerosa.

- A transição energética passa primeiro por uma reestruturação do setor de óleo e gás, com adequações das atuais empresas que operam no setor do petróleo para novas matrizes energéticas. Essas empresas permanecerão no setor de energia, seja ela qual for. Um exemplo claro é a gigante norueguesa Statoil que mudou seu nome para Equinor, ampliando seu leque de operação em exploração e investimentos, que antes eram apenas petróleo, para um leque amplo de energia - diz Wellington.

O mercado também tem, segundo ele, apostado que a Petrobras - empresa estatal - ganhará novo fôlego com a nova presidente que assumiu recentemente o cargo, Magda Chambriard e, com isso, um novo rumo na política energética do País.

O analista ressalta que o Brasil passa por um “boom” no setor de óleo e gás, jamais visto no País. Sendo que não mais concentrado na Bacia de Campos, mas na Bacia de Santos, Bacias do Nordeste e Sul.
“Assim como passamos por outros ciclos exploratórios no âmbito econômico/energético, como pau-brasil, cana-de-açúcar, café, ouro, algodão e borracha, estamos vivenciando a passagem do ciclo exploratório do petróleo, passando pelo gás. Os efeitos do aquecimento global, inegáveis por todos e incontestáveis por relatórios de diversas instituições científicas de renome mundial, constatam que chegamos a uma situação climática de difícil retorno”, disse.

Ao falar dos cenários - País, Estado do Rio e a região norte fuminense - é inegável que são altamente privilegiados, para a expansão de energia limpa a partir de ações. O território da Amazônia é o “pulmão” do mundo.

Além de uma matriz energética 88% limpa, Wellington destaca o agro abundante que pode ser melhor explorado, principalmente na região norte fluminense. O vento pode ser melhor aproveitado em energia eólica, além do sol abundante que também está sendo aproveitado e pode ser também muito ampliado. “Tudo isso, passando por nossa grande reserva petrolífera que pode ser ampliada e precisa ser explorada por questões econômicas, e chegando ao potencial de produção de energia elétrica a base de termoelétricas e produção do ideal e tão cobiçado hidrogênio verde”, finaliza.

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