O Norte Fluminense se firma como principal hub de energia fluminense. No momento, são mais de 50 projetos de energia que correspondem a mais de R$ 600 bilhões em investimentos para os próximos anos. Os dados constam na atualização do Painel de Projetos de Energia da Firjan-SENAI-SESI. O mapeamento, divulgado em maio, reúne investimentos com previsão de conclusão já a partir de 2024, e ultrapassa o horizonte do ano de 2030, considerando projetos em andamento, confirmados e potenciais.

Ao todo são 99 projetos nos mercados de Óleo, Gás, Energias e Naval no estado, num total de mais de R$ 1 trilhão. A região reúne 60% do investimento mapeado no estado, com predominância em iniciativas desenvolvidas no Porto do Açu, em São João da Barra, Campos e Macaé.

“O Projeto Piloto de Eólicas Offshore, desenvolvido pelo Governo do Rio e que será implementado no Porto do Açu, será um passo fundamental para estimular este mercado na região. Com isso, soluções tecnológicas e de capacitação poderão ser desenvolvidas e a indústria e os governos poderão se preparar melhor para este novo mercado”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

No estado, destacam-se os projetos no mercado de Gás Natural, representando 27% do total, e somam mais de R$ 150 bilhões. Os projetos relacionados à infraestrutura da malha de distribuição do gás no estado, usinas de geração termelétrica e outras plantas industriais estão distribuídas em 11 diferentes municípios, sendo um deles Macaé.

Já os projetos de Exploração e Produção de Óleo e Gás mantêm a relevância no cenário energético do Rio, alcançando cerca de R$ 500 bilhões, correspondendo a mais de 40% dos projetos mapeados.
Reforçando o Rio como hub de integração energética do país, as novas energias alcançam mais de 22% dos projetos para o horizonte da próxima década – incluindo eólicas offshore, hidrogênio e plantas de fertilizantes. Os 14 projetos de eólica offshore em licenciamento ambiental aumentaram o destaque, somando mais de R$ 300 bilhões em potencial de inves-timento no mar fluminense, desconsiderando as áreas sobrepostas.

O mercado naval também conta com novas iniciativas de desenvolvimento, revitalização e dragagem de portos. Destaque ainda para os projetos em descomissionamento como de grande potencial para a indústria, correspondendo a 16% dos projetos mapeados.

O governo do Estado do Rio, por meio da Secretaria de Energia e Economia do Mar, da APEX BRASIL e ONIP participam deste painel. Esses dados, inclusive, já foram apresentados neste ano pela federação na OTC Houston 2024, nos Estados Unidos, maior conferência de tecnologias offshore do mundo.
Na região - Mesmo sem nenhum projeto de eólica onshore atual, o município de São Francisco de Itabapoana, desde 2010, tem uma usina de produção de energia através dos ventos na praia de Gargaú. O Parque Eólico de Gargaú, desde então, também passou a ser referência turística e virou um marco da energia eólica no Norte Fluminense e de toda a região Sudeste do país.