O Governo do Estado do Rio de Janeiro e a TotalEnergies assinaram, no dia 26 de maio, o Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) uma atuação em conjunto para o desenvolvimento da geração eólica offshore no estado. O acordo, fixado em dois anos, foi para marcar a colaboração entre o estado e a empresa nos estudos relacionados aos incentivos fiscais, tributários e à expansão para futuros projetos. Alguns projetos de eólicas em alto mar estão sendo pensados, inclusive, para o Norte Fluminense.
Durante a assinatura do documento, o governador Cláudio Castro manifestou a sua satisfação pelo avanço de ações sustentáveis no Rio de Janeiro, o que ele classificou como uma vocação. O acordo foi celebrado com Charles Fernandes, diretor-geral da empresa TotalEnergies EP Brasil e presidente da marca no país. Participou também o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal.
– É uma honra a assinatura deste memorando. É mais uma importante conquista para o conjunto de ações que estamos realizando nos últimos anos para recuperar o protagonismo do Estado do Rio de Janeiro, especialmente na pauta da transição ecológica. O Rio tem vocação energética, um hub do Brasil e o nosso objetivo é transformar o nosso estado na Capital Verde da América Latina – declarou Castro.
O secretário Hugo Leal destacou as vantagens competitivas do Rio de Janeiro para a implantação de usinas eólicas offshore.
– O Estado do Rio, além dos ventos constantes na região Norte Fluminense, tem como diferencial a infraestrutura logística e portuária adequada para a implantação de eólicas offshore. Temos portos localizados estrategicamente que facilitam o transporte das turbinas, torres e todos os componentes das usinas eólicas da terra para o mar. Além disso, temos mais de 40 anos de experiência em atividades offshore, adquiridas com a exploração de petróleo nas águas profundas, mão de obra qualificada e empresas especializadas no segmento offshore – afirmou.
No Brasil há quase 50 anos, a TotalEnergies avalia áreas desde o ano passado para licenciamento ambiental de projetos eólicos offshore. No final de 2022, a empresa anunciou a assinatura de um MoU com Prumo Logística, holding controlada pelo EIG e responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, para estudos que visam a instalação de bases de apoio logístico no Açu para apoiar projetos eólicos que venham a ser desenvolvidos pela TotalEnergies.
– Estamos entusiasmados com esta parceria com o Governo porque reforça a sinergia da TotalEnergies com o movimento de expansão do mercado das eólicas offshore. A Companhia tem reconhecida experiência no segmento. A assinatura está alinhada com a nossa estratégia de alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e com o nosso compromisso de investir a longo prazo no país – afirma Charles Fernandes, diretor Geral da Total-Energies EP Brasil e Coun-try Chair da Companhia no Brasil.
A TotalEnergies opera no Brasil há quase 50 anos, através de seis subsidiárias, e hoje emprega mais de 3.500 pessoas em seus segmentos de negócios, em atividades de exploração e produção, gás, energias renováveis (solar e eólica), lubrificantes, produtos químicos e distribuição.
Ativos - O portfólio de Exploração & Produção da empresa inclui atualmente dez licenças, das quais quatro são de ativos operados. Adicionalmente, a TotalEnergies arrematou, em dezembro de 2022, um novo bloco não-operado de exploração em águas profundas, na bacia de Campos (Água Marinha, 30%), cujo Contrato de Partilha de Produção deverá ser assinado no primeiro semestre de 2023.
Potencial do Rio em feira internacional
No início de maio, a Firjan participou da OTC Houston, nos Estados Unidos, uma das maiores feiras do segmento de petróleo, gás e energia renovável do mundo. Na ocasião, a Firjan SENAI SESI lançou o Painel de Projetos de Energia no Rio de Janeiro, em parceria com a própria Apex, Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e secretaria de Energia e Economia do Mar do estado do Rio de Janeiro.
O levantamento destaca projetos em território fluminense que ultrapassam US$ 160 bilhões em investimentos nos mercados de óleo, gás natural, renováveis e naval. O mapeamento considera projetos em andamento, confirmados e potenciais para além de 2030.
“O Norte Fluminense é um polo de energia nacional que reúne todas as condições para receber projetos na área renovável, e parte do trabalho da federação é destacar essas iniciativas e atrair novos atores para esse mercado. Os investidores privados já sinalizam investimentos nessa área, mas é preciso também que os agentes públicos melhorem a infraestrutura da região, como a duplicação da BRs 101 e 356, a Estrada do Contorno e a Estrada de Ferro 118, além da aprovação do Marco Legal de Energia Eólica que dará segurança jurídica aos novos investimentos. Com essas iniciativas, vamos atrair uma série de indústrias que vão transformar radicalmente a economia da região”, ressalta o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Os projetos apresentados no painel foram categorizados conforme o mercado principal de óleo e gás, ressaltando aqueles que apresentam oportunidades para ambos os energéticos: Óleo, com foco maior apenas em petróleo e seus derivados; Gás Natural, dedicados ao gás, incluindo projetos de consumo em plantas industriais; Renováveis, fontes não fósseis; e Naval, projetos voltados para essa indústria.
Do total, os projetos de óleo e gás representam mais de 65% dos investimentos mapeados. Destacam-se, também, os projetos renováveis, que – puxados pelas eólicas offshore -, representam pouco mais de 30% dos investimentos. Esses projetos possuem maior prazo de concretização, se estendendo para além do final da década. A divulgação do Painel foi promovida no estande da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), dentro do Pavilhão Brasileiro.
“A ferramenta tem como objetivo fomentar novos projetos no estado do Rio de Janeiro e seus efeitos positivos na geração de empregos e desenvolvimento econômico. A iniciativa renova e agrega valor ao mapeamento de projetos de energia lançado também pela Firjan SENAI SESI em 2022, agora na forma de um Painel interativo online”, explica a gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação, Karine Fragoso.