Professores da rede estadual entram greve a partir desta quarta-feira
Éder Souza
Greve foi aprovado em assembleia
Greve foi aprovado em assembleia / Foto: Divulgação
Os professores e profissionais administrativos da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro vão iniciar, a partir desta quarta-feira (17), uma greve por tempo indeterminado. A decisão da paralisação foi tomada em assembleia realizada na semana passada. Os profissionais do estado reivindicam do governador Cláudio Castro a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos tendo como referência o salário mínimo nacional. Será a primeira greve da categoria após sete anos, sendo a última realizada em 2016 que teve duração de cinco meses.

Em Campos, o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) está visitando escolas estaduais e diz que está encontrando muitas declarações de adesão ao movimento, tendo expectativa de crescimento amanhã, dia da greve.

Além da greve, a categoria aprovou, também, a realização de assembleia na quinta-feira, dia 18, às 14h, no Largo do Machado (Zona Sul da capital), e uma passeata ao Palácio Guanabara, logo após a assembleia.

Piso
Em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, na quarta-feira (10), o governo apresentou ao Sepe seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, o projeto do governo, segundo a categoria, não incorpora o piso a todas as carreiras. “Na verdade, o governo quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste – segundo a Seeduc, apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste”, informa o Sepe.

Segundo os professores, o governo apresentou, na verdade, um reajuste sob a forma de abono. Para o Sepe, o correto é que o piso seja implementado a partir do vencimento inicial da carreira e que seja adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria – exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer. “O projeto do governo, além de ser ilegal, é um ataque ao Plano de Carreira dos profissionais de educação”, informam os profissionais.

Além disso, pelo projeto do governo, os salários dos funcionários administrativos das escolas (merendeiras, porteiros, agentes etc), que em sua maioria recebem menos do que um salário mínimo de piso, não seriam reajustados.


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