Em Campos, o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) está visitando escolas estaduais e diz que está encontrando muitas declarações de adesão ao movimento, tendo expectativa de crescimento amanhã, dia da greve.
Além da greve, a categoria aprovou, também, a realização de assembleia na quinta-feira, dia 18, às 14h, no Largo do Machado (Zona Sul da capital), e uma passeata ao Palácio Guanabara, logo após a assembleia.
Piso
Em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, na quarta-feira (10), o governo apresentou ao Sepe seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, o projeto do governo, segundo a categoria, não incorpora o piso a todas as carreiras. “Na verdade, o governo quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste – segundo a Seeduc, apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste”, informa o Sepe.
Segundo os professores, o governo apresentou, na verdade, um reajuste sob a forma de abono. Para o Sepe, o correto é que o piso seja implementado a partir do vencimento inicial da carreira e que seja adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria – exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer. “O projeto do governo, além de ser ilegal, é um ataque ao Plano de Carreira dos profissionais de educação”, informam os profissionais.
Além disso, pelo projeto do governo, os salários dos funcionários administrativos das escolas (merendeiras, porteiros, agentes etc), que em sua maioria recebem menos do que um salário mínimo de piso, não seriam reajustados.