
A história, de gênero tragédia, se passa numa época que os Engenhos de Açúcar dominavam a economia. Um lugar pacato que foi abalado por um crime que deu nome a uma rua que se chamava Rua da Cabeças, depois Rua Aquidabã e hoje se chama Rua Comendador José Francisco Sanguedo, no centro.

O espetáculo é mais uma produção do Núcleo de Pesquisa Cênica “Letras em Movimento”, criado em 2018, e realiza um trabalho que une história e teatro. A estreia aconteceu com o espetáculo “A.SAL.ARIADOS”, onde encenaram a história do cortador de cana contextualizado nos trabalhadores informais da atualidade, tendo como pano de fundo o Jongo. Na sequência, vieram “O Assassinato de Donana Pimenta”, “O Trem da História” (esse uma adaptado do texto de Maria Helena Gomes), além das radionovelas: “A Roda dos Expostos” e “Olha para o Céu Frederico!”.

“Escrevi este texto em junho de 2022, mas só agora conseguimos montá-lo. Estamos desde março envolvidos com a análise de texto, pesquisa individual, preparação dos atores, ensaios, etc. Voltarmos a Villa de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, é um grande desafio, temos muito poucas referências desta época, como a linguagem, a postura, as vestimentas. É um período muito distante e de poucos registros”, conta. Guilherme pontua que montar uma grande produção, e com poucos recursos, é uma grande batalha, porém, o grupo é agraciado por estar em um Museu e utilizar o ambiente histórico já existente.
Na ficha técnica, os atores: Taiane Santos, Estefany Nogueira, Pedro Gasparini, Lais Larissy, Ruan Trindade, Pedro Ivo Oliveira, Valdiney Mendes, Alessandro Martins, Cleidymara Santos, Glaucier Arly, Matheus Nakamura, Bárbara Laurindo e Paulo Victor Santana. A direção dos atores Paulo Victor Santana.
Como punição pelo crime bárbaro, Joaquim Aranha e Adão foram enforcados fora da vila, em uma execução pública. Após o enforcamento, suas cabeças foram trazidas de volta para a vila e colocadas em estacas na entrada da rua, que posteriormente ficaria conhecida como Rua das Cabeças. Esse ato era parte de uma tradição brutal da época, em que se expunham partes dos corpos dos criminosos em locais públicos para servir de exemplo à população.
As execuções eram comuns durante o período colonial, e em casos de crimes graves, como esse, as partes dos corpos dos condenados eram enviadas para o local onde o crime havia sido cometido. Essa prática reforçava o controle e a punição severa imposta às classes subalternas, como os negros libertos e escravizados, na tentativa de manter a ordem social da época.
A rua ganhou esse nome devido à exposição macabra das cabeças dos criminosos, marcando um momento violento da história local e da repressão a qualquer forma de insurreição ou resistência, em um contexto de forte controle das autoridades coloniais.
No tempo do Brasil Colônia, as execuções eram, quase sempre, no Rio de Janeiro, de forma que Aranha e Adão para ali seguiram, escoltados. Levantou-se a forca na praia de Santa Luzia, dando força para o quadrado o 1° Regimento de Artilharia. (Citação do livro do Gastão Machado)
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
BLOGS - MAIS LIDAS
De acordo com a PM, a vítima foi encontrada nua e pedindo socorro em uma rua da cidade
Técnico foi apresentado na semana passada, no dia 25 e não chegou nem a estrear
De acordo com a decisão da Assembleia, Laila Póvoa, vice-presidente, assume a presidência do clube, embora a confirmação burocrática ainda dependa de formalidades
As inscrições podem ser feitas até 25 de abril.; Entre os benefícios disponíveis estão bolsa auxílio competitiva, vale refeição, vale transporte, entre outros
Segundo testemunhas, alguns pontos do centro estão sem luz já que o veículo também atingiu fios do local