A imprensa de Campos pelo avesso. Repórter questiona médico legista
Anos 70. J. Porto, repórter de polícia do jornal Monitor Campista, chega para o médico legista Nilson Cardoso e pergunta:
— Quantas autópsias o senhor já fez em pessoas mortas?
Pacientemente, Nilson responde.
— Todas as autópsias que eu faço são em pessoas mortas.
Anos 70. J. Porto, repórter de polícia do jornal Monitor Campista, chega para o médico legista Nilson Cardoso e pergunta:
— Quantas autópsias o senhor já fez em pessoas mortas?
Pacientemente, Nilson responde.
— Todas as autópsias que eu faço são em pessoas mortas.
J. Porto gosta da conversa. E manda outra pergunta:
— A que horas o senhor começou a autópsia do cadáver de Seniltz Gomes da Paixão (comerciante, assassinado, vítima da chacina da rua Dr. Beda)?
—Às 8 horas e 30 minutos.
— E Zeniltz já estava morto naquele momento?
— Não. Estava sentado sobre a mesa e se perguntava o porquê de estar lhe fazendo uma autópsia.
— A que horas o senhor começou a autópsia do cadáver de Seniltz Gomes da Paixão (comerciante, assassinado, vítima da chacina da rua Dr. Beda)?
—Às 8 horas e 30 minutos.
— E Zeniltz já estava morto naquele momento?
— Não. Estava sentado sobre a mesa e se perguntava o porquê de estar lhe fazendo uma autópsia.
Outra de J.Porto. Ele vira para Nilson Cardoso e pergunta:
— Doutor, antes de ter começado a autópsia o senhor verificou o pulso?
— Não.
— Verificou a pressão sangüínea, a pressão arterial?
— Não.
— Tinha certeza de que o paciente não respirava?
— Não.
— É possível que o paciente ainda estivesse vivo, enquanto o senhor fazia a autópsia?
— Não.
— E como pode ter tanta certeza, doutor?
Nilson Cardoso, tolerante, responde:
— Porque o que restou do cérebro estava dentro de uma vasilha sobre a minha mesa.
— Não obstante o paciente poderia estar ainda vivo? — insistiu J. Porto
— Sim, é possível que estivesse vivo e praticando a profissão de repórter em algum lugar...
— Doutor, antes de ter começado a autópsia o senhor verificou o pulso?
— Não.
— Verificou a pressão sangüínea, a pressão arterial?
— Não.
— Tinha certeza de que o paciente não respirava?
— Não.
— É possível que o paciente ainda estivesse vivo, enquanto o senhor fazia a autópsia?
— Não.
— E como pode ter tanta certeza, doutor?
Nilson Cardoso, tolerante, responde:
— Porque o que restou do cérebro estava dentro de uma vasilha sobre a minha mesa.
— Não obstante o paciente poderia estar ainda vivo? — insistiu J. Porto
— Sim, é possível que estivesse vivo e praticando a profissão de repórter em algum lugar...