Onde estão os livros doados pela escritora Arlete Sendra para a Biblioteca Municipal?
A professora e escritora Arlete Sendra faz uma confidência. Admite que teve a ingenuidade de doar livros para a Biblioteca Municipal Nilo Peçanha, quando funcionava no Palácio da Cultura.
Segundo Sendra, foram aproximadamente 300 livros, ligados à filosofia, ficção, história universal, geografia dos tempos, ensaios sobre a vida, “livros hoje só encontráveis em sebos especiais”, diz.
Com doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Arlete Sendra resume em poucas palavras o seu inconformismo: “A história de nossos ontens foi jogada no lixo”.
Nome admirado e respeitado na intelectualidade de Campos, Arlete Sendra admite que o seu relato, sobre a doação dos livros, vale como denúncia. “Omito, por ética, quem os recebeu e a data do recebimento”.
PERDA DE MILHARES DE LIVROS
Não se sabe se a doação de Sendra está na leva. Mas a Biblioteca Municipal teve perda de cinco mil livros, pelo menos, quando, no governo Rosinha Garotinho, deixou o Palácio da Cultura, e foi colocada em casa alugada.
Não se sabe se a doação de Sendra está na leva. Mas a Biblioteca Municipal teve perda de cinco mil livros, pelo menos, quando, no governo Rosinha Garotinho, deixou o Palácio da Cultura, e foi colocada em casa alugada.
A constatação, sobre a perda, está no site da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura, em diferentes matérias. Antes da mudança da Biblioteca o acervo é citado contendo 30 mil livros.
Depois, há uma menção de 25 mil livros.A propósito, que fim levou a Biblioteca Municipal Nilo Peçanha? Há muito não está em uma casa na rua Salvador Corrêa, nº 117, e muito menos no Palácio da Cultura, desativado de qualquer atividade desde o segundo governo Rosinha.
A Biblioteca Municipal, dotada de rico acervo — parte dele doado pela família de Nilo Peçanha, o campista que alcançou a Presidência da República —, ficou sem sede. Deixou inacreditavelmente de existir.