A declaração acontece no momento em que a Uenf tem parados em suas contas, há um ano, R$ 20 milhões de recursos transferidos pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para a reforma do Solar do Colégio – onde fica o Arquivo – e a digitalização do acervo histórico. O anúncio do acordo foi feito em 29 de outubro de 2021, após a intermediação de Bruno Dauaire na negociação com o prefeito Wladimir Garotinho e o presidente da Alerj, André Ceciliano.
— Está faltando do reitor Raul Palacio mais responsabilidade e vontade de salvar o nosso Arquivo Público. Não é possível que, depois de um ano, não tenha sido movido um centímetro por parte dele para tirar do papel esse sonho tão antigo do nosso setor cultural. Nós fizemos nossa parte, eu e o prefeito Wladimir conseguimos junto ao André Ceciliano esse recurso, mas não estamos vendo vontade do reitor de colocar em prática essa obra. O período de chuvas está chegando e o Raul não tem o direito de deixar a nossa memória, a nossa história em perigo novamente — afirmou Dauaire.
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O Solar do Colégio foi construído pelos jesuítas, entre 1652 e 1690, e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). O local foi desapropriado pelo Governo do Estado em 1977 e, posteriormente, cedo à Prefeitura de Campos. Desde 2001, o local abriga o Arquivo Público Municipal, com o maior acervo histórico do interior do Rio de Janeiro.