Morreu Alcir Lima, Craque do Goytacaz nos Anos 70/80
Nino Bellieny 20/08/2024 19:29 - Atualizado em 22/08/2024 13:36
Faleceu na segunda-feira 19/8, aos 72 anos, e foi sepultado nesta terça-feira 20/8 no Campo da Paz, em Campos dos Goytacazes, o ex-jogador de futebol Alcir Paes de Lima, craque de passagem mais longa e brilhante no Goytacaz Futebol Clube.
Último agachado à direita, Alcir, já em final de carreira
Último agachado à direita, Alcir, já em final de carreira / YFC
Ao final dos anos 1960, chegou a Morro do Coco, 12º distrito de Campos dos Goytacazes, onde casou-se com uma jovem local, fez muitos amigos dentro e fora do esporte, conciliando o futebol amador nas horas de folga com o profissional, algo possível naquela época.
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No distrito participou ativamente do Ypiranga F.C., empolgando a torcida em todos os jogos, e ainda reforçando o clube com os muitos amigos campistas.  Alcir jogou também pelo Americano F.C., e pelo Esporte Clube Cambaíba.
Foi dentre outros títulos, campeão da Taça Cidade de Campos, do Campeonato Norte Fluminense, e amador campista. Jogou o Carioca várias vezes e marcou um histórico gol de cabeça contra o Clube de Regatas Vasco da Gama, no Ari de Oliveira e Souza, em um empate com o seu Goytão.

Era um jogador de domínio fácil, mas também muito raçudo, e durante anos um poster em cores foi destaque na extinta Lanchonete Rodoviária no Centro de Morro do Coco, estampando uma imagem de um Alcir ensanguentado, síntese da raça que possuía, em choque contra um zagueiro do Tamandaré FC , de Santa Maria de Campos, no tempo em que o futebol era levado aos extremos no interior.
 
Fez dupla de ataque inesquecível com Gilson Sarlo, ambos tinham enorme facilidade para tabelarem do meio até o gol, quando um dos dois finalizava sempre com alto índice de acerto. Deixa mais do que saudades, deixa firme a marca de uma época e de um lugar, como se lá ele tivesse nascido, de tanto que amava Morro do Coco.
Em sua última ida a um vestiário, o do Campo da Paz, desceu com a camisa do Ypiranga, e uma bola de futebol. Vai chegar bem aonde chegar, vai levando os objetos que mais alegrias lhe deram.
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