Marcão Gomes: Lula e o capacitismo
- Atualizado em 27/09/2023 11:33
Marcão Gomes
Marcão Gomes / Foto - Rodrigo Silveira
O capacitismo é uma forma de discriminação que muitas vezes passa despercebida, mas que afeta profundamente a vida das pessoas com deficiência.
Assim como o racismo e o sexismo, o capacitismo se baseia em estereótipos prejudiciais e suposições sobre as capacidades das pessoas, criando barreiras sociais e estruturais que dificultam a plena participação na sociedade.
Muitos estereótipos negativos em relação às pessoas com deficiência persistem, como a ideia de que elas são dependentes, incapazes de trabalhar ou viver de forma independente.
A falta de acessibilidade em espaços públicos, transporte, edifícios e na internet cria barreiras significativas para a participação das pessoas com deficiência na sociedade.
O capacitismo pode levar à exclusão social, isolando as pessoas com deficiência e privando-as de oportunidades educacionais, de emprego e de participação cívica. A conscientização sobre o capacitismo é fundamental.
Tornar espaços físicos e digitais acessíveis a todos é essencial, isso inclui a construção de rampas, instalação de sinais em braille, legendas em vídeos e outros ajustes. Incluir ativamente pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida social, desde o trabalho até atividades de lazer, é vital.
Desafiar estereótipos negativos e representar pessoas com deficiência de maneira autêntica nos meios de comunicação é importante para combater o capacitismo. Apoiar políticas e legislações que promovam a igualdade e a inclusão é fundamental.
Em relação às falas capacitistas de Lula, muitos acreditam que está gasto o argumento de que seria pior se fosse no governo Bolsonaro, pois as dores da discriminação não se aliviam com o comparativo, a fala de Lula que associa andador e muleta à vergonha e à feiura é o mais claro preconceito contra pessoas com deficiência, o capacitismo aberto.
Não foi a primeira vez que Lula invocou o que pensa a respeito de gente mal-acabada em suas falas públicas, é uma sequência de absurdos desmedidos diante de uma promessa de construir um mandato voltado ao diverso, às pessoas plurais, à realidade que abraça a todos.
O presidente perde a oportunidade de sinalizar para a nação que enfrentamentos físicos, mentais, sensoriais e intelectuais forjam a identidade brasileira e do mundo.
Sempre admirei os atos inclusivos ao ver Lula passando a mão com quatro dedos na cabeça de pessoas com lutas simbólicas, duras e legítimas.
Está na hora de o presidente se comprometer e fazer diferente pelas diferenças. Sigamos em frente.

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