Sem a presença da oposição, a sessão desta quarta-feira (16) na Câmara de Campos não teve quórum novamente para deliberações. Durante a tarde, os vereadores do grupo estiveram no Legislativo e se reuniram com representantes do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) e do Sindicato dos Servidores Públicos de Campos (Siprosep) para discutir as propostas de reajuste salarial das categorias, mas não compareceram ao plenário.
Desde 15 de fevereiro, o grupo de 13 vereadores tem adotado a estratégia de esvaziar as sessões em protesto contra a decisão da Mesa Diretora em anular a eleição do líder da oposição Marquinho Bacellar (SD), que chegou a ser proclamado como novo presidente para o biênio 2023/2024.
O argumento acolhido pela maioria da Mesa Diretora é de que Nildo Cardoso (PP) não foi chamado e não votou, o que seria contrário ao regimento interno, que prevê o voto nominal e expresso. Os vereadores de oposição entraram com uma ação na Justiça e uma representação no Ministério Público questionando a condução da eleição por parte do atual presidente Fábio Ribeiro (PSD). O grupo quer que o pleito continue com a escolha dos demais cargos da Mesa, mas Fábio entende que a decisão interna de anular o pleito é soberana.
Sem um entendimento, a Câmara ainda não votou nenhum projeto no ano e o governo aumenta a pressão, enviando projeto de reajuste salarial para profissionais da Educação e falando sobre importância de se votar a reforma previdenciária até o final de março, mas a oposição não tem mudado a estratégia.