Fábio tira votação de mesa diretora da pauta e sessão é encerrada por protesto da oposição
Matheus Berriel e Aldir Sales 22/02/2022 17:36 - Atualizado em 22/02/2022 20:28
Vereadores de oposição querem votar a mesa nesta terça
Vereadores de oposição querem votar a mesa nesta terça / Foto: Aldir Sales
A sessão desta terça-feira (22) na Câmara Municipal de Campos foi encerrada devido a protesto de vereadores de oposição contra o presidente da Casa, Fábio Ribeiro (PSD). Eles reclamam da decisão de Fábio de tirar da pauta a eleição dos demais cargos da mesa diretora. A única votação que aconteceu foi para presidente, na última terça (15), quando o líder da oposição Marquinho Bacellar chegou a ser proclamado como vencedor por 13 votos a 12, mas teve o resultado suspenso por Ribeiro.
No entendimento de Fábio, a eleição não poderá ser levada ao plenário até análise de um recurso protocolado por vereadores da base governista que pedem a anulação do resultado. O argumento é de que o vereador Nildo Cardoso (PSL) não votou e não foi chamado para votar no pleito da última terça. Primeiro vice-presidente, o vereador Juninho Virgilio (Pros) ressaltou que, como há a suspensão da eleição a presidente, a votação dos demais cargos também precisaria ficar suspensa.
Por outro lado, a oposição contesta a decisão de Fábio e diz que o pedido de anulação é apenas para a votação a presidente e que a escolha dos demais cargos deveria continuar normalmente, dando prosseguimento à pauta. Mais cedo, a mesa diretora rejeitou outro pedido de anulação protocolado por Juninho Virgílio (Pros) e que alegava que ele não teve tempo para preparar uma candidatura à presidência.
Durante a confusão, Fábio Ribeiro chegou a iniciar a sessão desta terça e pediu para que o primeiro secretário Leon Gomes (PDT) fizesse a chamada dos vereadores. Com os oposicionistas afirmando que não haveria outra discussão no dia a não ser a eleição, Fábio encerrou a sessão. 
Além dos protestos dos vereadores oposicionistas dentro da Câmara, acontece simultaneamente duas manifestações do lado de fora. Um dos protestos foi feito por correligionários do prefeito Wladimir Garotinho (PSD), que colocaram um mural com as fotos dos vereadores de oposição como traidores. Maicon Cruz (PSC) – que chegou a assinar um termo de compromisso para votar em Fábio e mudou para Marquinho na hora da eleição – foi representado com um boneco de Judas.
A segunda manifestação, também na escadaria da Câmara, profissionais da Educação pediram reajuste salarial e o pagamento do piso nacional. O grupo informou não ter ligação com entidades sindicais ou políticos.
Não houve presença do público dentro do Legislativo por decisão da presidência por questões de segurança.
Pedido de Juninho indeferido — Em reunião nesta terça, a atual mesa diretora da Câmara de Campos seguiu o parecer da procuradoria da Casa e indeferiu o pedido do vereador Juninho Virgílio para anular a eleição de Marquinho Bacellar a presidente. No processo, Juninho disse que pretendia se candidatar ao cargo, mas teria sido prejudicado, pois a Câmara não publicou em Diário Oficial o aviso da eleição. Contudo, segue sendo analisado o processo aberto por vereadores da base governista sobre a falta de voto no pleito de Nildo Cardoso, que integra a oposição.  
Correligionários do governo chamam oposicionistas de traidores
Correligionários do governo chamam oposicionistas de traidores / Foto: Aldir Sales
Profissionais da Educação protestam em frente à Câmara
Profissionais da Educação protestam em frente à Câmara / Foto: Aldir Sales

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