Fortes chuvas em Petrópolis, Região Serrana do Rio, deixaram ao menos cinco mortes e também pessoas soterradas na tarde de terça-feira (15), após um deslizamento no Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra. Diversos pontos da cidade ficaram inundados. A informação é da Defesa Civil, que atua nas ocorrências.
A força da correnteza arrastou carros e assustou pedestres e comerciantes. Também houve queda de barreiras. Devido ao grande volume de água, a Defesa Civil passou a cidade para Estágio Operacional de Alerta e acionou o primeiro toque das sirenes do primeiro distrito, situadas nos bairros Alto da Serra, 24 de Maio, Vila Felipe, Campinho, Chácara Flora e Dr. Thouzet.
Foram registradas pela Defesa Civil 49 ocorrências de deslizamentos em diferentes bairros. Em seis horas, choveu mais que o esperado para o mês inteiro, e o índice de chuva chegou a 259 milímetros.
O rio transbordou no Centro, e a velocidade com que a água subiu pegou motoristas de surpresa, que não tiveram tempo de escapar da inundação. Uma das imagens que circulam nas redes sociais mostra um carro sendo arrastado com os ocupantes dentro.
A Defesa Civil informou que os pontos de apoio para acolhimento de moradores em área de risco foram abertos.
"Agentes da Defesa Civil e CPTrans atuam em diversos pontos da cidade por conta de inundações e alagamentos em função da forte chuva que afeta a cidade no momento. As ruas Coronel Veiga (entre Duas Pontes e Ponte Fones), o Centro (nos acessos à rua General Osório e Silva Jardim), na Rua Bingen, na Praça Pasteur estão com trechos bloqueados para acesso", informou a Prefeitura em nota.
A história da Região Serrana é marcada por episódios marcantes de tragédias envolvendo temporais. Em 1988, após dias ininterruptos de chuva, 134 pessoas morreram em deslizamentos de terra, desabamentos ou levadas pelas águas da enchente em Petrópolis. Centenas de moradores ficaram desabrigados.
Já em 2011, chuvas torrenciais que causaram enchentes e deslizamentos de terra que tiraram a vida de 918 pessoas. Além disso, 30 mil moradores ficaram desalojados. No episódio, que é considerado um dos maiores desastres socioambientais do país, o impacto foi maior nas cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, mas Petrópolis também foi bastante castigada.