O distrito de Santo Amaro, na Baixada Campista, já está no clima da festa do padroeiro Santo Amaro. Nesta quinta-feira (6), terá início o novenário, com missa às 19h30, celebrada pelo Pe. Antônio Marcelo, da Paróquia São Gonçalo, em Goitacazes. Neste ano, a tradicional cavalhada, folguedo de origem lusa que une fé e cultura, volta a acontecer após o cancelamento no ano passado por conta da pandemia da Covid-19. O espetáculo acontecerá com todos os cuidados sanitários.
No dia 15, serão celebradas missas desde a meia-noite para acolher os peregrinos que percorrem o Caminho de Santo Amaro desde o centro da cidade, caminhando 30 km, uma expressão de fé, que reúne centenas de fiéis. O bispo de Campos, Dom Roberto Francisco, destaca que a festa de Santo Amaro, a mais importante da Baixada Campista e patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro, faz reavivar e celebrar um significativo e inestimável legado espiritual, religioso e cultural.
— Em primeiro lugar, nos ensina que a fé para o cristão é um caminho, por isso, os cristãos da primeira geração eram conhecidos como “os do caminho “, aqueles que seguiam uma pessoa que consideravam o Caminho. Santo Amaro evoca essa experiência pela longa travessia de Monte Casino a Glandfeuil, onde tomou posse da Abadia. Esse empenho de fé e solidariedade tornou-o um homem mediador de paz e reconciliação. Segundo a tradição de São Bento, a paz é um construto resultante e consequência da paz e harmonia com Deus, na filiação amorosa, da paz e convívio fraterno com os irmãos, criando laços de comunhão e partilha e finalmente de paz com as coisas, vivenciando a justiça e equidade, colocando os bens a serviço do bem comum — destaca Dom Roberto.