Repasses a Campos crescem 97% em 2021
31/12/2021 08:59 - Atualizado em 31/12/2021 08:59
Plataforma PNA-1
Plataforma PNA-1 / Divulgação
Depois de um ano de sucessivas quedas em sua principal receita e recordes negativos, Campos encerra 2021 com alívio aos cofres. O município recebeu neste ano R$ 576.297.952,94 em royalties e participação especial (PE) sobre a produção de petróleo, quase o dobro do valor pago em 2020 (R$ 291.553.244,80).
Somente de royalties, o município recebeu em 2021 R$ 460.502.071,62, enquanto no ano anterior o valor repassado foi de R$ 284.565.976,11, um aumento de 61,8%.
A alta nos depósitos trimestrais de PE é ainda mais generosa, de 1.557%. Foram R$ 115.795.881,32 depositados neste ano contra R$ 6.987.268,69 pagos em 2020, quando Campos recebeu apenas dois repasses de participação especial, com valores muito abaixo do que o município estava acostumado a receber.
O aumento nos repasses foi uma realidade de todos os municípios produtores. São João da Barra registrou uma alta de 57% dos depósitos de 2021 (R$ 130.557.137,85) sobre o valor do ano passado (R$ 83.169.862,64). Quissamã recebeu R$ 160.760.760,27 neste ano e R$ 125.742.209,16 em 2020, o que representa um aumento de 27,8%. Município da região que recebe as maiores receitas do petróleo, Macaé teve uma alta de 24,7% nos repasses de 2021, quando recebeu R$ 661.082.902,27, enquanto no ano anterior os depósitos somaram R$ 530.313.664,75.
— Quanto às arrecadações dos royalties e participações especiais para municípios, estados e União, temos a tarefa de analisar os preços do petróleo, a produção, o câmbio e o ritmo dos descontos de investimentos. Quanto ao preço do petróleo tipo Brent, que é utilizado para o cálculo dessas receitas, não podemos deixar de lembrar que o mundo vive essencialmente de energia e o petróleo ainda é a principal commodity negociada globalmente. Começamos o ano com todas esperanças depositadas nas vacinas e na expectativa de voltarmos ao normal, e assim o mercado reagiu operando, em média, acima dos US$ 65. Quanto à produção, o pré-sal vem se destacando, batendo recordes de produtividade. E a Bacia de Campos, mesmo com mais de 40 anos de produtividade, vem sendo altamente lucrativa. O câmbio oscilou o ano inteiro com as enormes instabilidades políticas e econômicas advindas de Brasília e manteve uma média de R$ 5,45. Os descontos de investimento diminuíram e as paradas programadas não provocaram grandes variações na produção. Para 2022, há ótimas expectativas para um ano, não só de retomada, mas de grandes avanços quanto às receitas de royalties e participações especiais para o Estado do Rio de Janeiro e nossos municípios, pois temos pré-sal na Bacia de Campos. Com o avanço da vacinação no mundo, a demanda tende a subir e creio que ainda tenhamos um ciclo do petróleo acima dos US$ 100 por vir — ressaltou o consultor na área de petróleo e gás Wellington Abreu.

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