O fotógrafo Rodolfo Lins morreu aos 58 anos, no Rio de Janeiro, onde morava atualmente, vítima de um mal súbito. Ele foi encontrado pelo genro, Maycon Vidal, em casa, no início da manhã desta terça-feira (21) e, segundo a perícia, já estava sem vida pelo menos desde as 4h. Rodolfo deixa duas filhas e uma neta. O velório será na Igreja São Benedito, em Goitacazes, e o sepultamento acontece nesta quarta-feira (22), no cemitério de São Sebastião.
Rodolfo teve passagens pelos principais jornais da cidade. Também atuou pela Comunicação da Prefeitura algumas vezes, tendo sua última passagem no governo de Rosinha Garotinho. Atualmente, Rodolfo atuava como fotógrafo do secretário estadual de Governo, Rodrigo Bacellar, quem acompanhava desde 2018.
— Um amigo que escolhi para estar ao meu lado aqui no Rio e que acompanha minha família há muito tempo. Ficam as muitas lembranças da nossa jornada juntos, com ele retratando tantos momentos especiais com seu bom humor característico. Um dia muito triste — lamentou Bacellar.
O projeto mais conhecido do fotógrafo foi o “Fotos pela paz”, onde personalidades de todo o Brasil foram fotografadas fazendo o gesto de uma pomba com as mãos. O projeto foi reconhecido internacionalmente e Rodolfo planejava retomá-lo em 2022.
O colega de profissão Antônio Cruz também lamentou a morte de Lins. “Mais uma perda no nosso meio da fotografia”.
— Marcou época em nossa imprensa. Fez sucesso com o projeto Fotos Pela Paz, iniciada em 2002, que quase foi parar no Livro dos Recordes. Outro sucesso dele foi o Jornal Magazine, que teve sua última circulação em 2008, com edições das quais tive a honra de fazer parte, falando sobre arte. Rodolfo era um descobridor de talentos e sempre abria espaço para os colegas. Fica a saudade — lembrou o jornalista Antônio Filho.
A Associação de Imprensa Campista divulgou uma nota de pesar. “A Associação de Imprensa Campista registra com profundo pesar o falecimento do fotógrafo Rodolfo Lins, ocorrido nesta terça-feira (21). Foi professor do Curso de Fotografia do Senac, revelando diversos profissionais que militaram na imprensa local. Foi diretor do jornal alternativo Magazine, que circulou até o ano de 2008. Atualmente trabalhava em assessoria de imprensa na cidade do Rio de Janeiro, onde aconteceu o óbito. A AIC expressa solidariedade e as mais sinceras condolências a seus familiares e amigos”.