1822, um grito mudou o Brasil; 200 anos depois precisaremos de outro
- Atualizado em 29/12/2021 23:25
Reprodução/Istoe
 
 
Embora haja alguma controvérsia entre os historiadores sobre a forma do “Grito do Ipiranga”, é esse gesto que marca a independência do Brasil, proclamada pelo príncipe d. Pedro, às margens plácidas daquele rio.
“Independência ou morte!”, gritava o jovem monarca. Alguns afirmam que ele estava com problemas intestinais na ocasião.
No próximo sábado entraremos no ano do bicentenário brasileiro. Em 7 de setembro de 1822 o país declarava sua independência de Portugal. Não temos uma ‘Declaração da Independência’, como tem os Estados Unidos da América, que editaram um documento no qual as chamadas Treze Colônias declararam independência da Grã-Bretanha. Mas o “grito” representou um ato, uma manifestação de vontade; uma ruptura com o regime anterior.
No novo ano que se aproxima, o Brasil precisará extirpar, da sua jovem nação independente, um personagem autoritário, antidemocrático e que despreza a vida humana. Se fosse o comandante supremo em uma monarquia, seria certamente chamado de déspota, tirânico e louco, e seria encaminhado aos seus aposentos. Como vivemos em uma democracia presidencialista, é preciso esperar — caso não se decida por remédios constitucionais amargos — as próximas eleições.
Bolsonaro é resultado de nossa democracia, assim como são as opções que temos para escolher nas urnas, no ano que completamos 200 de independência. É o que temos. Porém, um novo grito é preciso ser dado contra o bolsonarismo. Se vamos voltar ao modelo petista, ou se outro modelo ganhe corpo, no tempo que falta para o pleito de 2022, não há como afirmar. As pesquisas indicam, mas não é ciência exata, são fotografias de momentos.
O que sabemos com clareza é o modelo da “monarquia” de Bolsonaro: divisão, ódio, morte, fome e patrimonialismo. E contra isso, é preciso gritar.
 
 

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    Edmundo Siqueira

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