Fora dos muros das escolas, três frentes seguem mobilizadas na área de Educação, na defesa do que acreditam: Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de 1º e 2º Graus (Sinepe), Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e a Associação de Pais de Alunos de Escolas Particulares de Campos (Apaep). A rede Estadual Ensino acabou com o ensino híbrido e levou 100% dos alunos de volta às salas em 26 de outubro, o município de Campos, por decreto na sequência também liberou o retorno das aulas, mas sem acabar com o híbrido; a decisão ficou para escolas e pais.
Para o representante legal do Sinepe, Bruno Lannes, o retorno foi recebido com muita satisfação. “Entendemos que a estabilização da pandemia, as adequações e protocolos sanitários desenvolvidos pelas escolas e a experiência na modalidade híbrida garantiria segurança para flexibilizar as atividades escolares. É importante manter cautela, continuar cumprindo os protocolos sanitários e incentivar a vacinação, para trazer ainda mais segurança e confiança no trabalho desenvolvido pelas escolas particulares”, destaca Lannes.
Ainda segundo ele, lei federal estabeleceu normas educacionais excepcionais e flexibilizou o cumprimento da carga horária mínima e dos dias letivos obrigatórios, somente até o fim do ano de 2021. A expectativa é que o ano letivo de 2022 volte à normalidade.
Presidente da Apaep, Hanania Mongin, disse que as escolas particulares possuem uma comissão composta por pais, professores e diretores que fiscalizam o funcionamento. “Na verdade, a retomada do ensino presencial integral já era defendida pela Associação desde que passamos a ostentar a bandeira verde no município. Com o uso dos protocolos, vacina e distanciamento (esse menor que um metro, como preconizado pela OMS)”, defende.
Já os dirigentes do Sepe, que representam profissionais que atuam nas redes Estadual e Municipal, não baixam a guarda. Pelo contrário, mantêm a política de denunciar os casos de Covid dentro das unidades, assim como a estrutura das escolas que abriram para receber o alunado. Um dos casos que chamou atenção foi o fechamento do Colégio Estadual Benta Pereira, no dia 5 de novembro. Uma estudante de 18 anos foi internada com Covid.
“Teremos o aprofundamento das diferenças entre escolas particulares e públicas em nosso município e isso não é justo já que é legítimo que todos os alunos recebam o mesmo tratamento. O correto é que o retorno presencial se dê igualmente para todos no início do ano letivo de 2022, desde que haja condições concretas e objetivas para isso”, continua defendendo a diretora do Sepe-Campos, Graciete Santana.