Corpo do fotógrafo e colunista social Esdras Pereira é sepultado no Campo da Paz
23/11/2021 17:47 - Atualizado em 23/11/2021 17:51
Sepultamento de Esdras Pereira no Campo da Paz
Sepultamento de Esdras Pereira no Campo da Paz / Foto: Rodrigo Silveira
Foi sepultado na tarde desta terça-feira (23), no cemitério Campo da Paz, em Campos, o corpo do repórter fotográfico e colunista social da Folha da Manhã Esdras Pereira. Ele morreu pela manhã, aos 63 anos, no Hospital Dr. Beda, onde foi internado no último domingo (21). Amigos e familiares compareceram para prestar a última homenagem a Esdras, que tratava um linfoma descoberto há alguns meses. Muito homenageado nas redes sociais, ele eixa a esposa, Alba, três filhos e netos.
Prestes a completar 50 anos como fotógrafo, Esdras chegou a abrir, no início deste mês, a sua exposição “Flores & Papiros”, que segue em cartaz até sexta-feira (26), no Galpão da Arte da Femac, com fotos feitas no intervalo de um ano em Campos e Rio das Ostras. Em junho de 2020, ele foi diagnosticado com Covid-19 e chegou a ficar internado por quase um mês, e o trabalho fotográfico, que resultou na exposição, foi usado como auxiliar na sua recuperação.
— Nos últimos meses, ele estava pleno, muito feliz com a sua exposição e a vernissage, que foi um sucesso, onde ele conseguiu vender muitos quadros. Agora, Deus está trazendo consolo, e eu não vou deixar a memória dele morrer. Vamos ressignificar esse momento. Por isso, agradeço a todos aqui presentes — disse Marina, uma das filhas.
Esdras Pereira iniciou na fotografia aos 14 anos. Começou com uma câmera Beauty Flex que pertencia ao seu pai, por quem foi levado para trabalhar na loja do fotógrafo Dib Hauaji. Nesta época, teve uma imagem de sua autoria publicada no jornal “Monitor Campista”, inaugurando o que seria uma extensa relação com a imprensa. Indicado por Dib ao jornalista Aluysio Cardoso Barbosa, então editor-chefe de “A Notícia”, foi trabalhar como repórter fotográfico no veículo. De lá, seguiu para o “Jornal do Brasil”, do qual Aluysio era correspondente, e com ele dividiu um histórico furo de reportagem: o primeiro carregamento comercial de petróleo na Bacia de Campos, em 1977.
A parceria em “A Notícia” e no “Jornal do Brasil” fez com que Esdras fosse escolhido por Aluysio como um dos envolvidos no processo de criação da Folha da Manhã. Antes mesmo da fundação desta, em 1978, ele colaborou na formação do arquivo de fotos da editoria de Esporte. A atuação se estendeu para a própria existência do jornal, ilustrando com suas fotos inúmeras matérias que tiveram repercussão local e nacional.
Leia também:
Sepultamento de Esdras Pereira no Campo da Paz
Sepultamento de Esdras Pereira no Campo da Paz / Foto: Rodrigo Silveira

ÚLTIMAS NOTÍCIAS