Marília Mendonça morre após queda de avião em Minas Gerais
05/11/2021 17:49 - Atualizado em 05/11/2021 20:11
Morreu na tarde desta sexta-feira (5), aos 26 anos, a cantora e compositora Marília Mendonça, um dos maiores nomes da música brasileira na atualidade. Ela foi vítima de um acidente aéreo por volta das 15h30, perto de uma cachoeira em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais, município vizinho a Caratinga, onde Marília realizaria um show na própria sexta. Cerca de 11 mil pessoas haviam comprado ingresso para o evento, que aconteceria no parque de exposições da cidade. Além da artista, que deixa um filho, Léo, que completa dois anos em dezembro, todos os outros quatro ocupantes do voo também foram a óbito.
— Com imenso pesar, confirmamos a morte da cantora Marília Mendonça, seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto e copiloto do avião, os quais iremos preservar os nomes neste momento. O avião decolou de Goiânia com destino a Caratinga/MG, onde Marília teria uma apresentação esta noite. De momento, são estas as informações que temos — informou em nota a assessoria da cantora, que num primeiro momento chegou a divulgar que todas as pessoas haviam sido resgatadas e estavam bem, mas ratificou no final da tarde, comunicando as mortes.
foto do Twitter da cantora Marilia Mendonça
Antes da confirmação dos óbitos, milhões de mensagens comovidas de fãs de Marília Mendonça e outros artistas já tomavam as redes sociais, após imagens televisivas terem mostrado um corpo sendo retirado do avião por bombeiros, usando a mesma roupa com que a artista estava em publicações feitas nas redes sociais antes do embarque.
— Inacreditável. Sem palavras — publicou no Instagram a dupla sertaneja Matheus e Kauan.
— Você é única. Sua estrela brilhará para sempre. O Brasil perde uma grande artista e principalmente uma grande mulher. Meus sentimentos aos familiares e amigos de todos que estavam no avião, descansem em paz — postou na mesma rede social o cantor e compositor Wesley Safadão.
— Vai com Deus, eterna Rainha. O Brasil chora com a sua partida. Descanse em paz — escreveu o cantor e compositor Gusttavo Lima.
— Estou chorando. Acho que nem posso acreditar — afirmou o cantor e compositor Caetano Veloso, explicando que menciona Marília duas vezes em sua canção “Sem samba não dá” devido ao sucesso da artista. Em uma das menções, ela é adjetivada como “Mar(av)ília).
Gal Costa, Daniela Mercury, Anitta, Simone Mendes, Thiaguinho, Luisa Sonza, MC Kevinho, Zé Felipe, Lucas Silveira (da banda Fresno), Jão, Rubel, MC Hariel, Gabily, Orochi e muitos outros nomes da música também lamentaram o ocorrido, bem como famosos de outras áreas, entre eles o futebolista Neymar, os diretores Boninho e Kleber Mendonça Filho, a ex-BBBs Juliette e Rafa Kalimann, as atrizes Déborah Secco e Fabiula Nascimento, os humoristas Tatá Werneck e Marcelo Adnet, e os atores Lúcio Mauro Filho e Marcelo Medici.
O avião em que a cantora e as demais vítimas estavam é um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, de pequeno porte, com capacidade para seis passageiros. Ela havia sido fretada pela artista para uma série de shows em Minas Gerais.
Biografia — Nascida no dia 22 de julho de 1995, no município de Cristianópolis, em Goiás, Marília Dias Mendonça foi criada e iniciou carreira em Goiânia. Seu primeiro contato com a música aconteceu na igreja que frequentava, aos 12 anos, época em que iniciou a carreira como compositora, ganhando destaque no gênero sertanejo. São delas músicas como “Minha herança” (João Neto e Frederico), “Muito gelo, pouco whisky” (Wesley Safadão), “Até você voltar”, “Cuida bem dela”, “Flor e o beija-flor” (Henrique e Juliano), “Ser humano ou um anjo” (Matheus e Kauan), “Calma” (Jorge e Mateus) e “É com ela que eu estou” (Cristiano Araújo).
Em 2014, Marília Mendonça se lançou como cantora a nível nacional com um EP que leva o seu nome, contendo os sucessos “Alô porteiro” e “Sentimento louco”. Destaque maior veio com o álbum “Marília Mendonça”, de 2016, incluindo faixas viralizadas como “Infiel”, “Folgado”, “Saudade do meu ex” e “Eu sei de cor”.
Contemporânea de outras revelações femininas da música sertaneja, Marília ficou conhecida como “rainha da sofrência”. Em 2017, no DVD “Realidade”, com gravação ao vivo em Manaus, emplacou sucessos como “Amante não tem lar” e “De quem é a culpa”. No ano seguinte, lançou o álbum “Agora é que são elas”, primeira parceria com as amigas Maiara e Maraisa.
No projeto “Todos os cantos”, a goiana rodou o Brasil, gravando uma música em cada capital. São deste álbum sucessos como “Ciumeira”, “Todo mundo vai sofrer”, “Apaixonadinha”, “Supera” e “Graveto”. Novamente com Maiara e Maraisa, passou a realizar o projeto “Patroas”, que rendeu dois álbuns: um homônimo, em 2020, e o “Patroas 35%”, em setembro deste ano. Nos últimos anos, também passeou por outros gêneros musicais, tendo gravado com artistas como Gal Costa, Léo Santana, Luísa Sonza e o grupo Menos é Mais. No sertanejo, foi parceira de Tierry e Henrique e Juliano, entre outros nomes conhecidos nacional e internacionalmente.
 
 
 
 

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