Dora Paula Paes
28/10/2021 13:25 - Atualizado em 28/10/2021 15:44
Com o pagamento de setembro nas contas, os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarus, em Campos, colocaram fim à paralisação nos atendimentos, que durou cerca de cinco horas, nesta quinta-feira (28). Os profissionais retiraram as faixas de protesto e normalizaram o atendimento que estava restrito aos casos de emergência vermelha e amarela.
"Nós médicos do corpo clínico da UPA estamos cumprindo com a nossa palavra que assim que nós recebêssemos o salário de setembro iremos findar a manifestação. Então já retiramos as faixas e já voltamos ao atendimento. Nosso compromisso é trabalhar com amor e nosso direito é receber pontualmente ao final do mês", disse uma médica da unidade.
A categoria estava reclamando de atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de setembro. Segundo o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), os profissionais só fariam atendimentos dos casos de emergência amarela e vermelha e, inicialmente, o movimento seria por tempo indeterminado.
Mais cedo, na UPA, o setor administrativo da unidade chegou a informar à equipe da Folha que o pagamento estaria sendo feito nesta quinta-feira. No último sábado (23), os médicos da UPA também fizeram um protesto na frente da unidade de Saúde.
Ainda de acordo com o Simec, o Instituto Lagos Rio, organização social que administra a UPA de Guarus, teria marcado uma data de pagamento por três vezes e não teria cumprido. Diante disso, o corpo clínico, formado por 44 médicos, decidiu interromper novamente os atendimentos. A equipe de reportagem entrou em contato com a organização social e com a secretaria estadual de Saúde, mas até a publicação desta matéria nenhuma resposta foi enviada.
No último sábado, a paralisação durou apenas 24 horas. Na ocasião, os profissionais chegaram a fixar faixas no portão da unidade hospitalar para reivindicar seus direitos.
No mês passado, o Simec mobilizou a secretarias estaduais de Saúde e de Governo, o Instituto dos Lagos Rio, a seccional do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), dentre outros órgãos, solicitando a imediata regularização dos salários. Após cobrança, os médicos receberam os devidos pagamentos referentes ao mês de agosto.