A Secretaria Municipal de Saúde, através da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), vai seguir a recomendação do Ministério da Saúde, que decidiu acabar com a necessidade do intervalo de 14 dias entre a aplicação da vacina contra a Covid-19 e o imunizante da influenza (vírus causador da gripe). Segundo o ministério, um estudo da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) concluiu que não há nenhum risco em tomar as duas vacinas ao mesmo tempo.

O diretor de Atenção Básica, médico infectologista Rodrigo Carneiro, disse que a Subpav concorda com a nova estratégia adotada pelo Governo Federal e acredita em um aumento na aplicação não só da vacina contra a Covid-19, mas das vacinas de rotina do calendário básico de imunização. “Diante dessa mudança, teremos a oportunidade de vacinar um número bem maior de pessoas”, disse ele.

Segundo o médico, por causa da pandemia pelo coronavírus, a taxa de cobertura vacinal caiu em todo o país, aumentando o risco de novos surtos de doenças. “Como todos os esforços foram voltados para a vacina contra a Covid-19, outras vacinas, como as que protegem contra as hepatites, poliomielite, tuberculose, sarampo e a tríplice viral (difteria, tétano e coqueluche), por exemplo, registraram queda”, explicou.

Ele lembra que na segunda-feira (04), a secretaria vai iniciar a Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação das crianças e adolescentes com idade entre 2 meses a 14 anos, 11 meses e 29 dias.

Rodrigo Carneiro acredita que, no máximo em três semanas, o município atinja 70% da cobertura vacinal da população maior de 18 anos de idade com a aplicação da primeira e segunda dose da vacina contra a Covid-19. “A variante Delta se torna perigosa para quem deixou de tomar as duas doses da vacina”, ressaltou o médico.