Morre o promotor e professor de Direito Marcelo Lessa
14/08/2021 14:33 - Atualizado em 15/08/2021 10:25
Folha da Manhã
Morreu no início da tarde deste sábado (14), aos 51 anos, o promotor de Justiça e professor de Direito Marcelo Lessa. Ele estava internado no Hospital Dr. Beda desde o último dia 5, em estado grave, e acabou não resistindo após complicações em razão de um choque séptico. Logo nos primeiros dias de internação, foi descartada a suspeita de Covid-19, e no sábado passado (7) o paciente passou por uma cirurgia de urgência para corrigir uma falha na válvula mitral, que estava jogando líquido para pulmão e causando uma embolia. Marcelo era articulista da Folha da Manhã há anos. Ele deixa dois filhos (Gabriel, ainda criança, e a adolescente Maria Fernanda), e a esposa, Viviane. O velório acontece no Centro Regional de Apoio Administrativo Institucional, na sede do Ministério Público de Campos. Às 13h deste dominigo (15), o corpo será trasladado até o cemitério Campo da Paz, onde acontecerá uma missa de corpo presente às 15h e o sepultamento às 17h. A Prefeitura do município decretará luto de três dias, e o Fórum Maria Tereza Gusmão está com bandeira a meio mastro em homenagem ao promotor. O Centro Universitário Fluminense (Uniflu), onde Marcelo lecionava, lamentou seu falecimento nas redes sociais.
Na noite do dia 4 de agosto, o promotor e professor de Direito começou a passar mal durante uma aula on-line, que insistiu em concluir. Ainda em casa, sua esposa, Viviane, fez a medição com oxímetro da saturação de oxigênio em seu sangue, que apontou 72%, enquanto internação para receber suporte de oxigenação é recomendada com 95%. Viviane, então, o levou para o Hospital Dr. Beda, onde deu entrada por volta da 0h do dia 5. Após uma tomografia constatar comprometimento dos seus pulmões entre 85% e 90%, passou à UTI Covid por volta das 3h e, às 4h, chegou a ter uma parada cardíaca, que foi revertida pela equipe médica.
No dia 6, entretanto, após quatro testes PCR negativos, foi descartado o diagnóstico de Covid-19, e Marcelo foi transferido para a UTI geral, como noticiou o blog Opiniões. Segundo informou ao blog a esposa do promotor, o mais provável é que ele tivesse uma doença pulmonar de base. Ainda sem diagnóstico fechado, houve suspeita de tromboembolia pulmonar. Lessa sofria também de arritmia cardíaca, doença que mantinha controlada. Ele tinha tomado a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e tomaria a segunda nesta semana.
Segundo boletins médicos, Marcelo Lessa esteve internado dependendo de drogas vasopressoras e cardiotônicas, ventilação mecânica e Oxigenação por Membrana Extracorpórea (Ecmo), com vazões e parâmetros ajustados conforme resultados de exames realizados. Ele também passou por hemodiálise diária, com sedação mantida, e fez uso de antimicrobianos, sem apresentar febre ou sinais atuais de infecção ativa. Ainda de acordo com boletins, tentativas foram implementadas para recuperar a ventilação pulmonar, bastante comprometida desde o início do quadro.
Perda familiar
No dia 27 de janeiro, Marcelo Lessa perdeu a mãe, Vera Lúcia Lessa de Lima, de 70 anos, por complicações da Covid-19. Ela morreu em um hospital do Rio de Janeiro, onde estava internada havia 40 dias.
Enfrentamento à pandemia
O promotor Marcelo Lessa atuou de forma decisiva no enfrentamento ao negacionismo e à pandemia da Covid-19 em Campos e outros municípios da região. Ele se revoltou pessoalmente com o descaso das pessoas com a pandemia e, em 20 de abril do ano passado, deu uma declaração polêmica à InterTV, quando sugeriu a adoção de critérios médicos que privilegiassem o tratamento dos doentes de Covid que cumpriam as regras de isolamento social, em detrimento de quem as quebrou e questionou. A grande repercussão, até nacional, acabaria lhe tirando da linha de frente do enfrentamento à doença.
Depoimentos
— Perdemos o professor e promotor de justiça Marcelo Lessa. Homem honrado e correto em sua trajetória. Que Deus, em sua infinita misericórdia, conforte o coração da família, dos seus filhos e da esposa, a minha amiga Viviane Lessa. Prefeitura irá decretar luto oficial de 3 dias — publicou nas redes sociais o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho.
— É com muito pesar que recebo a notícia do falecimento do promotor de Justiça Marcelo Lessa. O MPRJ rende todas as homenagens a esse profissional, que sempre exerceu suas funções com extrema dedicação e competência. Hoje é um dia triste para o MPRJ — pontuou o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.
— Recebemos com muita tristeza a notícia do falecimento do promotor Marcelo Lessa Bastos. O competente colega, dono de uma sólida formação jurídica, sempre teve uma atuação muito destacada nos quadros do Ministério Público, exercendo com muita dedicação e zelo suas atribuições. Tive a oportunidade de com ele trabalhar em Campos, podendo testemunhar seu empenho na defesa do interesse público. É uma grande perda para o Ministério Público — disse o procurador campista Cláudio Henrique da Cruz Viana, presidente Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj).
— É uma perda para o município de Campos e para a população, por seu papel atuante e intenso na defesa do bem estar coletivo. Era um agente público dedicado no enfrentamento à Covid. Sua morte, ainda que não tenha tido a Covid como causa, realça o quão frágil e sujeita a imprevistos é a vida, e o quanto devemos redobrar cuidados. Deus conforte sua família — disse o vice-prefeito de Campos Frederico Paes.
— O estado do Rio de Janeiro perde um dos seus principais defensores dos direitos coletivos. Marcelo era atuante como promotor de justiça e como cidadão. Com certeza, é uma grande perda para o povo campista — enfatizou o presidente da Câmara de Campos, Fábio Ribeiro.
— Na semana do advogado, recebemos essa triste notícia para a comunidade jurídica, especialmente a de nossa cidade. É uma grande perda, e desejo meus sinceros votos de pesar e conforto à família, a alunos e amigos — falou o deputado estadual licenciado e secretário estadual de Governo, Rodrigo Bacellar.
— A sociedade campista e o meio jurídico perdeu um ser humano do bem. Peço a Deus que conforte todos os familiares — disse o secretário de Ciência e Tecnologia de Niterói, Caio Vianna.
— Quero deixar meus mais profundos sentimentos e orações a todos os familiares e amigos, e peço que Deus, em sua infinita misericórdia, os conforte neste momento tão difícil. Esta é uma perda irreparável para toda a sociedade campista e para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Mais do que combativo, doutor Marcelo sempre foi norteado pelo espírito público, que guiou suas ações. Não por acaso, ele ministrava uma aula no curso de Direito do Uniflu, compartilhando seu imenso conhecimento, quando passou mal e só procurou o hospital após insistir e concluir a aula. Ele nunca se esquivou das responsabilidades da função e esteve à frente de ações e discussões das mais importantes para Campos, inclusive como integrante do Comitê de Crise para o enfrentamento à Covid-19. Ficará para sempre o exemplo de coragem, correição e dedicação ao que amava. Estamos todos de luto — enfatizou o deputado estadual Bruno Dauaire.
— Doutor Marcelo Lessa era uma das referências do Direito em nossa cidade. Uma figura carismática, com uma enorme cultura jurídica e que inspirou muitos estudantes que hoje se destacam na carreira jurídica. Uma perda irreparável. Que Deus o receba e conforte toda a família — declarou o procurador geral de Campos, Roberto Landes.
— Lamento profundamente o falecimento do Dr. Marcelo. Durante o período que estive como procurador geral do município, tive a oportunidade de conhecê-lo melhor. Sem deixar de fiscalizar, foi um promotor sempre disposto a auxiliar o município na resolução dos seus problemas. Por iniciativa dele, conseguimos celebrar o acordo que possibilitou concluir a reforma do Palácio da Cultura. Também foi decisivo no combate à Covid-19. Uma perda inestimável para a nossa cidade. Meus sentimentos à família — falou o ex-procurador geral de Campos José Paes Neto.
— Marcelo será sempre exemplo de destemor e intensidade na vida. Pude com ele aprender muito. Exemplo grandioso para os filhos (os quais podem e devem dele se orgulhar), esposa, amigos, colegas de trabalho. Tudo o que for dito será pouco diante da eterna enormidade do Marcelo. Muito tristeza — lamentou o promotor Victor Queiroz.
— Campos perde um importante defensor da sociedade. Sempre combativo e incansável na busca de seus ideais. É uma perda para todos. A justiça está de luto — afirmou o juiz Ralph Manhães.
— Doutor Marcelo Lessa era um pai presente e estava sempre feliz com a sua linda família. Estudioso do Direto, brilhante professor e corajoso promotor de Justiça. Sempre foi um prazer trabalhar e estar em sua companhia. Que Deus conforte sua família neste momento difícil — declarou o juiz Heitor Campinho.
— Conheci Marcelo Lessa por intermédio da minha esposa, Olivia, e convivi intensamente com esse promotor, que tinha uma personalidade tão peculiar e marcante. Tivemos longas, boas e recentes conversas. Parece que o ambiente pausou nessa espera tão árdua pela sua recuperação. Que Deus o receba e conforte o coração de seus familiares — falou o juiz de Italva e Cardoso Moreira, Rodrigo Rebouças.
— Marcelo Lessa Bastos foi um promotor de Justiça diferenciado. Inteligente demais, muito estudioso e grande conhecedor de direito penal. Ele iniciou sua carreira no Ministério Público quando eu era juiz de Direito na Comarca de Itaperuna. Desde então, ficamos muito amigos. Essa amizade continuou aqui em Campos, ele atuando como promotor e eu, agora, como advogado. Além disso, fomos também colegas como professores na Faculdade de Direito de Campos, do Uniflu. Grande perda para a comunidade jurídica de Campos. Descanse em paz, Marcelo — lamentou o juiz aposentado, advogado e professor de Direito Fernando Miller.
— Dizer que a comunidade jurídica carioca perdeu uma de suas referências é dizer o óbvio, fazendo um sobrevoo, pegando emprestado seu hobby, sobre o impacto da morte do doutor Marcelo Lessa. Passou para a eternidade e será sempre lembrado pela forma enérgica com que defendia os interesses públicos que estavam sob sua tutela, além da cordialidade com que tratava a todos. Marido presente, pai ávido por transmitir amor aos filhos, bom amigo e um professor magistral. Sentiremos saudade — afirmou o advogado João Paulo Granja.
— Ainda incrédula e com a emoção contida, tento processar os sentimentos atordoados no coração ainda estarrecido pela notícia da sua partida. Encontro nas memórias motivos para esboçar um sorriso, um adeus em pensamento, agora já entrecortado por um desejo de paz no novo plano. Mesmo com olhar ainda embaçado volto-me, então, para as obras; foram tantas construídas na luta pela fiel aplicação da lei. A herança do dever bem cumprido preenche, então, o vazio da ausência, e a justiça buscada, alcançada e praticada em cada ato eterniza a sua presença nas muitas vidas tocadas. Me lembro, finalmente, da irreverência brilhante que o tornava absolutamente único e concluo que jamais partirá de nossos corações. Troco, então, a despedida, bem ao estilo dele: te encontro no próximo amplexo, amigo — declarou a promotora Anik Machado.
— Conheço Marcelo Lessa há quase vinte anos, antes mesmo de ser sua aluna no último ano da Faculdade de Direito. Após, Marcelo foi meu examinador de concurso para o MPRJ (Banca de Direito Penal); supervisor de estágio confirmatório do XXX Concurso (2008), e, há dois anos, dividimos atribuição nas Promotorias de Tutela Coletiva. Dono de personalidade forte, acabamos por protagonizar, publicamente, embates jurídicos dos quais sentirei falta. Não menos falta sentirei dos seus conselhos e da sua saga quase obsessiva pelo Direito. A bandeira do Ministério Público, hoje, amanhece descolorida e a meio mastro. O timbre não será mais o mesmo. Os carimbos e rubricas perderam o seu habitual tom de azul celeste. A vida parece ter pausado à espera do seu retorno. À Viviane, Maria Fernanda e Gabriel, registro o meu testemunho do amor incondicional daquele que, agora, parte rumo à eternidade. Descanse, finalmente, meu caro Marcelo — disse a promotora Olivia Venancio Rebouças.
— Marcelo era uma referência, não somente pela genialidade, como pelo engajamento social e pelo seu lado humano. Vazio enorme — comentou o promotor Fabiano Moreira.
— Marcelo foi um amigo querido, um parceiro em projetos acadêmicos, um dos melhores professores que tive. Profissional dedicado e técnico, em sua vida particular foi marido e pai como poucos. Vai deixar muita saudade. Vá em paz, amigo — despediu-se o advogado Carlos Alexandre Azevedo Campos.
— Infelizmente, as comunidades jurídica e acadêmica perdem neste dia um grande nome. Um amigo e uma das pessoas mais competentes com quem tive o prazer de trabalhar — comentou o advogado Cristiano Miller.
— Todos nós perdemos muito. Um homem de bem, um promotor ativo e corajoso — destacou o advogado e professor Andral Tavares Filho.
— Neste momento de profunda dor e consternação, quero expressar meus pêsames e lamentar profundamente essa terrível perda. Externo também minha solidariedade a Viviane, seus filhos e demais familiares e amigos. Palavras não são capazes de expressar a relevância e o comprometimento de doutor Marcelo Lessa no exercício de seu munus em favor da sociedade fluminense . Que Jesus Cristo e Nossa Senhora lhe concedam o amparo espiritual — declarou o advogado Filipe Estefan.
— O momento que estamos vivendo é de muita tristeza e de muita dor para nós. Eu tive o privilégio de conviver com o Marcelo Lessa, amigo, sempre presente em nossos desafios acadêmicos. Tenho certeza de que a área jurídica de Campos dos Goytacazes e do norte fluminense está de luto pela perda de um grande representante do Direito e, também, um incentivador na formação dos futuros profissionais. Aqui, falo em nome do Uniflu e do seu Curso de Direito, que se solidarizam com a família, agradecendo ao professor-amigo, ao parceiro que sempre esteve ao lado de seus companheiros. Que Deus o abençoe onde estiver — disse a reitora do Uniflu, Inês Ururahy.
— Hoje, Campos perde um dos seus grandes referenciais, Marcelo Lessa Bastos. Conheci Marcelo Lessa há mais ou menos 15 anos, e durante este período pude testemunhar a sua grande dedicação, seu zelo e destemor no exercício de todas as suas funções, principalmente no magistério e no Ministério Público. Que Deus o receba na sua infinita misericórdia e acalente os corações daqueles que ficam, notadamente sua esposa, Viviane, seus filhos e nós também, seus amigos, ex-alunos, atuais alunos e colegas professores, que sentiremos muito a sua falta. Vá em paz, professor Marcelo — desejou o advogado e professor Rafael Crespo.
— Doutor Marcelo Lessa era um profissional comprometido e com amor a sua carreira, quer como promotor de Justiça, quer como professor. Sua prematura partida nos deixa órfãos de um ser humano ímpar, que tive o privilégio de conhecer como professor e trabalhar em conjunto no enfrentamento à Covid-19. Meus sinceros sentimentos a toda a família, amigos e alunos do nosso eterno professor Marcelo Lessa— declarou a advogada Pryscila Marins.
— Perde o mundo jurídico de Campos um de seus mais notáveis símbolos de qualificação e retidão — destacou o advogado Geraldo Machado.
— O doutor Marcelo Lessa, grande inspiração como professor, incrível na labuta do Direito e da Justiça, já deixa uma lacuna que jamais será preenchida no meio jurídico e na sociedade em geral — enfatizou a advogada Helen Carneiro Manhães Siqueira.
— Grande colega! Dignificou como poucos o nosso Ministério Público e nossa gloriosa Faculdade de Direito de Campos. Dia muito triste para toda a nossa comunidade de Campos dos Goytacazes. Um não campista (carioca) mais campista que muitos campistas. Nosso Altíssimo Onipotente está recebendo-o na glória, fazendo descer as consolações do Divino Espírito Santo para conforto da Viviane, Maria Fernanda e Gabriel — disse o procurador de Justiça e professor Levi Quaresma.
— Em nome da Diocese de Campos, queremos expressar os mais sentidos sentimentos e condolências à digníssima esposa do promotor Marcelo Lessa e aos seus familiares. Parte um homem público no verdadeiro sentido da palavra, jurista de altíssima qualidade e defensor do bem comum, além de ser um cristão de fé, identificado com a sua Igreja. Partiu uma pessoa que deixa um legado muito rico de como deve se comportar um homem público magistrado diante dos desafios de uma sociedade com tantas carências e necessidades. Foi o defensor da justiça, que é o que mais importa. Graças a ele, todo esse processo de luta contra a pandemia foi agilizado, direitos à vacina garantidos. Então, nossa gratidão eterna a ele também, porque deixa um testemunho muito claro de probidade, de defesa da lei e de valores que são tão caros para uma República. Deus o receba na glória eterna. E para nós que ficamos, que possamos resgatar todo esse legado vivenciado para edificar uma sociedade cada vez mais justa e mais fraterna  — disse o bispo titular da Diocese de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz.
— Lamentamos muitíssimo o falecimento do amigo Doutor Marcelo Lessa. Com ele trocamos ideias muitas vezes sobre vários assuntos de nossa cidade. Nossas orações em sufrágio de sua alma e nossos sentimentos à família enlutada. Rezamos muito pela sua cura. Mas Deus sabe o que seria melhor. Que Deus o acolha na sua infinita misericórdia — desejou o bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Dom Fernando Rifan.
— Muito triste! Que Deus possa consolar a todos os familiares e amigos. Uma enorme perda para o universo jurídico e para nosso município — afirmou o advogado e suplente de deputado federal Marcão Gomes.
— Homem justo, mente brilhante, doutor Marcelo Lessa deixa um grande legado para aqueles que lutam sem medo por uma Campos melhor. No ano passado, tive o privilégio de trabalhar ao seu lado no planejamento das ações de combate à Covid-19. Um dia muito triste para todos os que puderam conviver com ele ou aprender com seu exemplo. Com certeza já está nas graças do Pai, ao lado de sua mãe, dona Vera Lúcia, que nos deixou em janeiro. Meu abraço carinhoso à esposa, Viviane, e aos filhos neste momento de dor — disse o ex-prefeito de Campos Rafael Diniz.
— Meus sentimentos a sua esposa e toda a família. Uma perda irreparável não só para o Ministério Público, mas para toda a cidade. Tinha por ele grande apreço e admiração por sua conduta ética e firme na defesa do direito. Descanse em paz, meu amigo, nos braços de Jesus e Nossa Senhora — desejou o ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Campos Nelson Nahim.
— A sensibilidade diante dos problemas e a busca de soluções em conjunto foram sua marca. Sou muito grata por toda a parceria. São João da Barra foi muito apoiada nas questões de acessibilidade, meio ambiente e saúde. Além do apoio institucional de doutor Marcelo, tivemos sua presença física nas ações de combate à dengue e à Covid-19 — disse a prefeita de São João da Barra, Carla Machado.
— É uma notícia muito triste. Convivi, durante o meu mandato de prefeito de São João da Barra, próximo ao doutor Marcelo Lessa, e atuamos juntos nos problemas da coletividade. Intenso em tudo o que fazia, uma vez me fez um convite inesperado de sobrevoar Atafona de ultraleve, para descobrirmos focos da dengue. Lessa, infelizmente, partiu, mas deixa o legado de conexão com a sociedade nos momentos de dificuldades. Meus sentimentos a todos os familiares — expressou o ex-prefeito de São João da Barra Betinho Dauaire.
— Devastado por essa perda trágica. Marcelo foi um exemplo para todo servidor público. Um promotor extremamente competente e destemido, pronto para responder a qualquer desafio dessa difícil carreira. Formou gerações de operadores do Direito. Foi meu professor, amigo e, acima de tudo, uma grande inspiração. Sem dúvidas um dos grandes personagens do século na história da nossa cidade. Seguirá presente através dos seus ensinamentos, seu maior legado — ressaltou o advogado da 146ª Delegacia de Polícia, de Guarus, Pedro Emílio Braga.
— Marcelo é um profissional irreparável e obstinado, um pai e esposo presente e amoroso. Tivemos a honra dele fazer parte do nosso corpo docente. Fará uma grande falta para a nossa comunidade. Nossos sentimentos e orações para Viviane e filhos. Fará enorme falta — afirmou a vice-diretora dos Institutos Superiores de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (IseCensa), Beth Landim.
— Embora eu não tenha sido seu aluno, doutor Marcelo Lessa era considerado um excelente professor de processo penal e intelectual. Já foi, inclusive, examinador de concursos do Ministério Público, gozando de prestígio não só dentro da instituição, como também entre promotores, juízes e advogados. Perdeu a comunidade jurídica. Minhas condolências à família e aos amigos — afirmou o advogado e especialista em Direito Público Cléber Tinoco.
— Campos perde um grande promotor de Justiça, que elevou o nome do Ministério Público do Estado do Rio na comarca. De grande conhecimento jurídico, legalista, cidadão, altruísta, por vezes polêmico e sempre muito, muito corajoso. Carioca que encarnou como poucos campistas a bravura da nossa ancestralidade goitacá. Perco também um amigo estimado e leal, a quem muito admirava, no convívio de décadas entre repórter e fonte que extrapolou a relação profissional. Em meu nome, no de minha família e do Grupo Folha, nossa solidariedade irrestrita a Viviane, Maria Fernanda e Gabriel. Que Deus possa confortá-los. E que, sem padecer de vertigem, saibamos ser todos dignos do seu exemplo de defesa intransigente do coletivo. Vá em paz, Marcelo — enfatizou o diretor de redação do Grupo Folha, Aluysio Abreu Barbosa.
— A morte de Marcelo é uma grande perda para a comunidade jurídica, não apenas pelo seu trabalho no Ministério Público, voltado praticamente desde o seu ingresso na instituição para a atuação local, mas em especial pelo trabalho intelectual, desempenhado com excelência, e que não encontra limitações espaciais. Tive o prazer de ser sua colega na docência e vou sentir muita falta da fundamental parceria nos novos projetos acadêmicos e das nossas conversas sempre cordiais. Meus sentimentos à família a quem o colega sempre foi tão devotado — disse a advogada e socióloga Sana Gimenes, ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Campos.
— Um perda enorme para o estado e principalmente para a região. Foi uma honra ter trabalhado próximo a ele em algumas ações, pois sempre foi irretocável na sua função pública. Tenho certeza que será recebido em um bom lugar e continuará defendendo a todos nós. Meus sentimentos a família, e que Deus conforte e fortaleça os corações dos familiares e amigos — disse o tenente-coronel Luiz Henrique Barbosa, ex-comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Campos.
— Hoje perdemos um grande representante da promotoria de Campos, professor e defensor das pessoas carentes. Fará muito falta no meio jurídico — falou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) em Campos, José Francisco Rodrigues.
— A sociedade campista perde muito com a partida prematura do promotor de Justiça Marcelo Lessa. Ele sempre foi um grande defensor do bem coletivo. Uma das suas lutas começou em março de 2020, no início da pandemia da Covid-19. Ele foi incansável no combate desta pandemia, que já causou mais de mil mortes em Campos. É uma perda lastimável — destacou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu.
— Uma grande perda para o Judiciário, meio acadêmico e toda a sociedade. Muitas vezes com posições polêmicas e controvertidas, das quais por diversas vezes discordei, mas deixa um grande legado que será eternamente lembrado. Que Deus Pai conforte os familiares e amigos nesse difícil momento — disse o presidente da Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e Adjacências (Carjopa), Expedito Coleto.
— Tivemos um momento muito especial, em 2009, quando ele me chamou para ajudá-lo a detonar 4 diques na lagoa Feia. Foi um momento glorioso para mim, porque pensei que isso nunca ia acontecer. Quando houve a cheia do rio Ururaí, ele me chamou. Eu dei a ideia de detonar diques e ele aceitou, comandou isso e conseguiu a autorização junto à Justiça Federal. Graças a ele, a lagoa ganhou 30 quilômetros quadrados. Foi meu momento mais aventuroso com ele, parecíamos dois aventureiros — lembrou o historiador, ambientalista e escritor Aristides Arthur Soffiati.
— Infelizmente, perdemos o querido promotor doutor Marcelo Lessa. Muita luz e céu para ele. Meus sentimentos à família, em especial à querida Viviane Lessa, sua esposa. Grande defensor do bem coletivo e do nosso patrimônio histórico — comentou a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Auxiliadora Freitas.
— Lamento profundamente. Grande perda. Consolo a família e amigos! Que a bondade e misericórdia divinas o envolvam — desejou a professora Cristina Lima, ex-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.
Em nota, a Fundação Benedito Pereira Nunes expressou “solidariedade e as mais sinceras condolências aos familiares e amigos do nosso professor”. A nota abrange as entidades mantidas pela Fundação: Faculdade de Medicina de Campos, Hospital Escola Álvaro Alvim e Centro de Saúde Escola Custodópolis.
A Associação Campista de Letras (ACL) também se manifestou em nota: “É com profunda tristeza que registramos o falecimento do promotor de Justiça Marcelo Lessa Bastos, um grande amigo da ACL e defensor das causas culturais da nossa cidade”.
Marcelo Lessa também era piloto de ultraleve
Marcelo Lessa também era piloto de ultraleve / Foto: Reprodução

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