Vila Olímpica do Parque Esplanada tem inscrições abertas em várias modalidades
31/08/2021 16:58 - Atualizado em 31/08/2021 18:14
Vila Olímpica do Parque Esplanada
Vila Olímpica do Parque Esplanada / Subcom
Reaberta no último dia 19, a Vila Olímpica João de Souza, do Parque Esplanada, em Campos, está com inscrições para aulas gratuitas de natação, futsal, jiu-jitsu, capoeira, ginástica laboral e hidroginástica, além das modalidades da Escolinha de Iniciação ao Desporto, como vôlei, handebol e basquete. O período de inscrições começou no dia 23, e estão sendo atendidos moradores do próprio bairro, como também de outros próximos, entre eles os parques Julião Nogueira, Nova Brasília, Corrientes, Pecuária, Leopoldina e Caju.
De acordo com Leonardo Mantena, um dos diretores da Fundação Municipal de Esportes (FME), há quatro horários previstos para aulas em cada modalidade, sendo dois pela manhã e dois à tarde, com 20 vagas em cada horário. Os interessados devem se inscrever de segunda a sexta-feira, na própria vila olímpica, portando documento de identidade e comprovante de residência. Caso o candidato tenha menos de 18 anos, também é necessário estar acompanhado do responsável e portar declaração escolar. Além da prática das modalidades, a Vila Olímpica do Parque Esplanada está apta a receber eventos na parte da noite, desde que pré-agendados por associações e projetos sociais.
Esta foi a segunda vila olímpica reaberta pelo prefeito Wladimir Garotinho, que em julho já havia retomado as atividades na unidade de Travessão. Ao todo, há outras cinco espalhadas pelo município, nos bairros Parque Guarus, Jardim Carioca, Jockey 2, Santa Clara e Alphaville. A previsão da Prefeitura é de que, ao todo, quatro sejam reformadas e reabertas neste ano.
Inauguradas em 2014, 2015 e 2017, as vilas olímpicas são importantes equipamentos públicos em Campos, não apenas na revelação de talentos para o esporte, como também na socialização e no enfrentamento a doenças. A professora Márcia Corrêa, de 50 anos, venceu a depressão a partir da prática do jiu-jitsu.
— Vim trazer meu filho para praticar esporte. Ele não seguiu, mas fui encorajada a dar início às aulas. Por estar com depressão, fiquei receosa. Que bom que continuei, pois vi que um leque se abriu e minha autoestima começou a melhorar. Nunca mais quis abandonar, porque o esporte fez minha vida mudar por inteiro, tanto no físico, como no emocional — conta Márcia. — Achava que estava velha para praticar um esporte como o jiu-jitsu, mas entendi que nunca é tarde para começar. Essa vila tem uma importância muito grande, pois nela é possível encontrar muitos atletas com competência para fazer o nome da cidade brilhar. Aqui se trabalha a saúde física e mental. Ver essa vila reabrindo, completamente reformada, é uma alegria muito grande. Tenho certeza que toda a comunidade está muito feliz — complementa.
O auxiliar de manutenção Lucas Virgílio da Penha, de 24 anos, é outro exemplo positivo oriundo dos projetos esportivos que acontecem nas Vilas Olímpicas. Praticante de jiu-jitsu desde os 14 anos e vinculado à Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, ele foi campeão estadual, sul-americano e mundial, entre outras conquistas.
— O esporte mudou a minha vida, abriu vários caminhos. Hoje, consigo espelhar outras pessoas a seguirem o caminho do esporte, a treinarem e a terem disciplina, correrem atrás dos objetivos. Estamos satisfeitos com a reabertura da Vila Olímpica, pois o fato de estar fechada devido à pandemia a gente até entendia, mas vê-la abandonada doía. E agora, é muito bom estar aqui com ela totalmente reformada, onde vai poder atender mais gente, de forma mais organizada e com mais conforto — afirma o atleta.
Yasmin Belmiro, de 21 anos, também despontou na Vila Olímpica do Esplanada e deu frutos positivos no jiu-jitsu, tendo no currículo títulos brasileiros e outros conquistados no exterior, como o do Aberto de Londres na categoria absoluto.
— Conheci o jiu-jitsu através do meu irmão. Tinha 13 anos a época, bem nova e tímida. Não gostava de educação física na escola, mas no jiu-jitsu me encontrei. O professor Polvão, mais que um professor, é um pai, ele acolhe a todos. Hoje estou morando em Portugal, graças ao esporte, já que por meio dele conheci pessoas e lugares. Conheci a disciplina, que me fez uma pessoa melhor, mudou minha vida — relata ela.
Elizabeth Castilho, de 54 anos, pratica jiu-jitsu há quatro deles.
— Estou muito feliz e radiante com a reinauguração da Vila Olímpica. Era um privilégio estar aqui. Com 54 anos, sou a mais velha da equipe, e estar aqui no meio da turma jovem me fez um bem imenso. Sou, inclusive, mais velha que o professor Polvão. Nunca tive nenhum problema, fui abraçada por todos — conta Elizabeth. — Só tenho a agradecer, não só por mim, mas pelos jovens. Aém de ser ótimo para a saúde, também evita que muitos caiam na marginalidade, mostrando um novo caminho para suas vidas. Eu honro meu quimono, estou muito feliz em ter a Vila Olímpica voltando a funcionar, pois pagar aula particular em uma academia se torna muitas vezes inviável para muitos — enfatiza.
Antes praticante de futebol e jiu-jitsu, Gabriel Sartiro de Carvalho, de 11 anos, também não esconde a satisfação pela reabertura da Vila Olímpica.
— Quando fechou, fiquei muito triste, pois não tinha onde ir e não podia brincar na rua. Tem uma quadra aqui perto, mas é muito ruim. Estou muito feliz. A quadra está linda, toda pintada. Agora que inaugurou, eu vou querer fazer futsal, natação e jiu-jtsu. A vila ficou muito bonita, está muito melhor — comenta ele.
A retomada das atividades também agradou à pequena Maria Júlia, de sete anos, irmã de Gabriel.
— Quero fazer natação e também vir aqui patinar. Está tudo lindo — diz ela.

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