Ícaro Abreu Barbosa
22/07/2021 07:11 - Atualizado em 22/07/2021 13:09
Um policial penal e mais duas mulheres foram presos na manhã desta quinta-feira (22), em operação realizada por policiais civis da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) para combater o tráfico de drogas dentro das unidades prisionais de Campos. Mais dois alvos — outras duas mulheres que participaram da ação investigada — estão sendo procuradas.
No total, oito pessoas agiram para a facilitação da entrada de 20kg de cocaína no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em junho deste ano.
As prisões ocorreram nos distritos de Tocos e Goitacazes, no Jockey e na comunidade Santa Helena, em Guarus. De acordo com o delegado titular, Dr. Pedro Emílio Braga, as investigações analisam apenas uma entrada de drogas — cerca de 20kg de cocaína. Os dois agentes penitenciários envolvidos agora já estão afastados e atrás das grades.
Um dos servidores, responsável pela vistoria da entrada de materiais no presídio, estava envolvido no esquema. “Muitas informações obtidas foram dadas por outros policiais penais que atuam na Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária). Eles forneceram imagens e dados que permitiram elucidar cabalmente a investigação. Todos irão responder pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas em presídio”, informou o delegado.
Os agentes penitenciários teriam recebido R$4 mil para facilitar a passagem do entorpecente, que seria comercializado entre os detentos dentro da unidade prisional campista. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, segundo o delegado, colaborou de todas as formas com a investigação e luta para acabar com corrupção existente nos presídios. Apenas neste ano, 2021, cinco agentes foram presos na circunscrição de Guarus.
O cerco está fechado: a entrada de drogas na unidade prisional Carlos Tinoco da Fonseca está cada vez mais difícil em Campos e só neste ano já foram cinco agentes penitenciários presos pela 146ª Delegacia de Polícia. A ausência de facilitadores tem levado os traficantes, inclusive, à usar meios menos ortodoxos — como o transporte aéreo dos entorpecentes utilizando pombos com as drogas amarradas no pescoço.
Um destes casos acabou sendo flagrado e registrado ainda neste mês e resultou no flagrante do animal morto carregando 200g de pasta base de cocaína para dentro da unidade.