Campos em alerta sobre aumento de casos da variante Delta no Estado do Rio
- Atualizado em 19/07/2021 19:42
A Secretaria Municipal de Saúde vem acompanhando o crescimento do número de casos da variante Delta no Estado do Rio de janeiro, através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/Campos) e do sequenciamento de amostras de pacientes graves para tentar identificar, de forma precoce, as novas variantes da Covid-19, realizado em parceira com Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) de Macaé. A variante Delta é 97% mais transmissível que as outras e preocupa especialistas, embora Campos esteja à frente das médias estadual e nacional, em termos de imunização.
No último sequenciamento realizado com amostras de pacientes do município não foi identificada a variante Delta, estudo feito pelo grupo técnico de vigilância, por meio do algoritmo de atraso, que tem por objetivo analisar o cenário para os próximos dias. No entanto, há preocupação, pois a circulação da variante Delta na cidade pode colocar Campos no mesmo cenário de março, com alta escalada de casos.
O subsecretário de Atenção Básica e Promoção da Saúde, Charbell Kury, ressalta que a vacinação é a melhor forma para se prevenir da chegada Delta e de outras variantes à cidade. Ele orienta à população a não recusar ou escolher vacina. “Tome a que tiver disponível no posto, pois podemos ter uma nova onda da doença. Estamos trabalhando para acelerar a vacinação, já que temos um grupo etário que ainda não foi vacinado e está sem proteção. Estamos aqui para proteger a sua saúde, isso é guerra”, disse Charbell. Na última semana, o município vacinou mais de 40 mil pessoas. Em alguns dias, o número de imunizados foi superior a quantidades de habitantes de várias cidades fluminenses.
Charbell explicou que Campos vive um momento de oscilação entre descidas e subidas nos casos de internações, cujos gráficos apontam para uma alça epidêmica, ou seja, uma discreta súbita de ocupação dos leitos de UTI na rede pública e privada na última semana. A alça epidêmica também é um pouco mais acentuada quando se observa nos leitos clínicos. “Os leitos clínicos são as enfermarias e é quando o paciente não está tão bom para ser tratado em casa, mas também não está ruim que precisa ir para a UTI. E porque não subiram mais? Por causa da vacinação que impede a gravidade da doença”, explicou o subsecretário.
A estratégia prioritária de vacinação segue sendo baixar idade, mas para isso o município precisar receber uma quantidade satisfatória das vacinas já que os grupos etários a serem vacinados a partir de agora são maiores. “Observamos que tivemos uma queda de 10% do número de mortes na faixa de 80 anos e de 32,04% nos imunizados na faixa etária de 70 anos, grupos que foram imunizados entre fevereiro e março”, disse o subsecretário, reforçando que a imunização é única forma de conter a pandemia do novo coronavírus.
Atualmente, o estudo de sequenciamento com amostras de pacientes aponta a circulação das variantes Amazônica (P.1) e Inglesa (B.1.1.7) na cidade. Charbell explicou que a guerra contra a Covid-19 não acabou. “Só vai terminar quando 70% da população estiver vacinada contra a Covid. Até lá, as pessoas devem continuar adotando as medidas de proteção, como o uso de máscara, distanciamento social e seguir os protocolos de saída e volta para a casa”, disse ele, ressaltando que a aparente tranquilidade pode ser quebrada a qualquer momento com a chegada da nova variante.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS