Acusados no caso Ana Paula vão a júri popular nesta segunda
10/07/2021 09:23 - Atualizado em 12/07/2021 11:27
Ana Paula Ramos
Ana Paula Ramos / Reprodução - Facebook
Está marcado para esta segunda-feira (12), às 10h, o julgamento do assassinato da universitária Ana Paula Ramos. A sessão plenária chegou a ser adiada várias vezes. Entre os réus, está a então cunhada e amiga de infância da vítima, Luana Barreto Sales, apontada como mandante do assassinato. Outras três pessoas também são acusadas de participação no crime.
Para o júri foram intimadas mais de 10 testemunhas. Os outros acusados de participação no assassinato são: Marcelo Henrique Damasceno, que teria intermediado a contratação de Wermison Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, que seriam os executores do crime.
A primeira sessão plenária havia sido marcada para o dia 12 de junho de 2020, mas foi adiada devido à pandemia da Covid-19. Então, foi remarcada para 3 de setembro do mesmo ano. Porém, com o remembramento de Luana ao processo, que seria julgada separadamente dos outros réus, o julgamento foi redesignado para o dia 19 de outubro de 2020. No entanto, diante da instauração de Incidente de Desaforamento de Julgamento pela Defensoria Pública, que consistia em um pedido para transferir o júri para outra comarca, o juiz Wycliffe de Melo Couto decidiu retirar o feito de pauta.
O crime aconteceu no dia 19 de agosto de 2017. Conforme investigações da Polícia Civil, Ana Paula foi vítima de uma emboscada, inicialmente disfarçada de um assalto. No dia do crime, segundo a Polícia Civil, Luana convidou Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco, em Guarus, visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que Luana usaria no casamento da vítima. No local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça, e este seria o sinal para a execução do plano do falso assalto.
Atingida por tiros na cabeça e no tórax, a universitária foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado na carroceria de uma caminhonete. Com morte cerebral constatada na semana seguinte, no dia 21 de setembro, a jovem teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos na noite do dia 23. Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula.
Na primeira audiência do crime, em 2018, o então delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia, Luís Maurício Armond, contou que, no caso, chamou sua atenção a quantidade de disparos efetuados para um crime patrimonial, um assalto. Na ocasião, Armond também destacou que Luana titubeou na hora de fazer o reconhecimento de um dos criminosos, tendo chegado a afirmar, durante as investigações, que ela teria contratado os homens para dar um susto em Ana Paula, e não para matar. Segundo o delegado, entretanto, o Igor foi categórico em dizer que o “susto” se tratava de assassinato. Os três acusados de serem os executores permaneceram com as cabeças abaixadas durante o procedimento.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS