Num país dividido politicamente nos últimos anos, especialmente durante a pandemia, o futebol voltou a ser tema de discussões desde que o Brasil foi anunciado como nova sede da Copa América. Em meio às críticas de parte da população, chegou a ser aventada a possibilidade de a Seleção Brasileira abrir mão de disputar tentar o bicampeonato consecutivo. Mas, apesar de algumas insatisfações, os jogadores decidiram participar do torneio, previsto para começar domingo (13). Antes, nesta quinta (10), haverá sessão de emergência no Supremo Tribunal Federal (STF) para a realização ser discutida.
Entre os temas que causaram incômodo nos atletas que estavam convocados para jogar as Eliminatórias da Copa do Mundo pela Seleção, um foi a falta de comunicação prévia sobre a realização da Copa América no Brasil por parte do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo. Ele esteve na Granja Comary no último dia 30, véspera do anúncio de que o Brasil substituiria a Argentina como país-sede, e não informou ao grupo. No último domingo (6), Rogério Caboclo foi afastado devido a uma denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da CBF. O afastamento vale por 30 dias e foi determinado pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro. Durante este período, quem fica no cargo é o vice-presidente mais velho da entidade, Antônio Carlos Nunes. Caboclo nega as acusações.
Na noite dessa terça (8), o Brasil enfrentou o Paraguai pelas Eliminatórias, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção. A partida não havia terminado até o fechamento desta edição. A estreia na Copa América está marcada para as 18h de domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, contra a Venezuela. (M.B.) (A.N.)